Contribua para a Campanha do Agasalho 2009

Campanha do Agasalho 2009

Sunday, April 15, 2018


Uma Estrela Preciosa Que Sorri Para Mim!

Quando sonho, faço-o demoradamente.
Tenho a sensação perfeita da confusão instalada em mim, desconhecendo ou ignorando a realidade confusa e a irrealidade absorvida com intensidade e fascínio muito belo.

Talvez, Freud ou Ele me explicassem porque sou assim? Porque sou composto desta matéria em mim, sem me entender?
Ambos, sentiriam um certo incómodo percetível e inexplicável.
Às vezes, desejo-me transportar para Universos distantes, lindos, amigos, que moram na morada do encanto e pureza sentimentais e existenciais, mas que me provocam e me suscitam uma delícia e uma felicidade que me preenchem.

Tenho sonhos adormecidos no sonho de mim que nunca revelaria. São secretos. São pessoais. São intransmissíveis.
O seu valor sorri constantemente para mim.
Quando olho os céus de qualquer lugar paradisíaco, aproximo-me/distante que estou, do meu Planeta lindo, onde me encontro sempre uma estrela que sorri para o que sou. Tem um sorriso tão maravilhoso. Fascinante de pureza e beleza.

Sabem, conquistei essa estrela sem a comprar. Eu só sei que me pertence. É, inequivocamente, minha. Adoro-a, com todas as forças que possuo e faz de mim um sonhador de sonhos.

O meu sonho divaga, divaga, divaga, lentamente, sem pressas e apercebo-me que comporta uma ternura e carinho imensos.
A culpa é dela, da estrelinha e do seu poderoso poder.

Nunca consegui explicar o inexplicável.
O meu sentimento já há muito depositei-o nessa estrelinha que é minha.
Todas as pessoas deveriam ter uma estrela que lhes sorrisse.
Que as pudessem abraçar carinhosamente e ao seu extraordinário cintilar enorme e que faz bem.
Sentir paixão. “Enamorar-se por ela e pela sua inércia gigantesca.

Se eu pudesse explicar o Universo? Se eu me pudesse explicar a mim? Porque olho os céus com tanta dedicação e paixão?
Adoraria ser como as outras pessoas, mas aquela estrela ampara os meus atos, as minhas decisões, por mais controversas elas sejam. Comanda o meu Ser. Cintila e emana um brilho poderoso, franco, lindo, sincero. Amparador e afagante, sabem?

Se um dia ma roubassem, roubavam-me a mim.
Resistiria sem lutar.
Apenas, questionaria o furto. Porquê a mim?
Estes furtos são irreais, como os sonhos o são.
Não o conseguiriam. Só sei isto e, isto, comove-me imenso, acreditem?
É verdade.
É minha.

António Pena Gil