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Campanha do Agasalho 2009

Saturday, January 03, 2015

SUNDAY, JUNE 08, 2014


Hoje, não tenho uma necessidade imediata de dormir.
Gostaria de falar sobre Educação e Ensino.

A escola, para mim, devia ser um lugar de felicidade absoluta.

Quando se abrissem os portões dos estabelecimentos escolares, todos os alunos entrassem com alegria, efusão, tranquilidade e o imprescindível sossego. 
Que não o fizessem como obrigação, mas com a ânsia de viverem plenos de contentamento.

Quando entram na minha sala fazem-no sorrindo. Eu olho-os e eles observam-me também. Existem uma troca de olhares respeitadores.
Como a minha disciplina não é formar alunos a serem génios ou talentos, perguntam-me se podem ouvir música? Claro que “disparo” com sensatez que sim. Ficam a olhar uns para os outros e “agiganta-se” a amizade e a cumplicidade mútua, entre mim e eles. E, isso, é bom.
Creio que ao vê-los existindo ali em felicidade, contagiam-me e fico também feliz.

Os alunos vêm de locais e aldeias circunvizinhas e das redondezas da escola com valores e atitudes variados. Creio que com valores e atitudes onde não se deve “mexer” ou “tocar.” 
São eles a serem.

Não sei se possuem autoestima?
Não sei se provêm de famílias desprotegidas?
Se possuem carências económicas?
Se são famílias felizes?
Se têm expectativas neles?

Se se interessam pelo sucesso ou insucesso na escola que, no caso destes mais “pequeninos”, não vem resolver nada, mas sim piorar tudo já de si difícil e complexo de estar e de ser. Em que os torna descrentes e sem interesse no que fazem ou aprendem outra vez no mesmo ano.
É isto.

Oxalá tudo lhes corra bem na vida. É o meu desejo. Não os esqueço facilmente, acreditem?
Felizes. Com família. Com poder económico que poderão dispor porque é deles e delas. Fruto do seu trabalho cansativo, mas que lhes dá uma razão séria e responsável de viverem participativos e valiosos na nossa sociedade tão exigente dos dias de hoje.

As regras? Está bem. Só assim se pode apostar forte no respeito e na Cidadania entre todos.

Ambiciono isto para eles há muito.

Bem-Haja, Seres Humanos enormes da vida. 

Que sejam felizes. Muito felizes! TODOS (AS).

O Delicioso Baile Das Palavras!

Ficaria feliz com a vossa presença. No maior respeito. PENA

Necessito de me expressar.
Refugio-me nas palavras com fervor. Dedicação.
Converso sobre a solidariedade com elas.
Sobre a vida porque lhe dou vida. Sempre!
São doces. Lindas. Tão simpáticas e aprazíveis.
Sabem, reconhecem-me. Sabem quem sou?
Sou eu que lhes peço, com amabilidade, que me falem. Elas conversam, conversam.


Contam-me como vivem. Contam-me como respiram.
Enfim, as palavras são mesmo assim.
Vivem e respiram. Sentem.
E, eu sinto-as. Dou-lhes um valor precioso. Dou-lhes e concretizo os seus apelos.
Não podem estar quietas. Não querem. Não admitem ou consentem.
Mexem-se. Agitam-se.
Bailam com amor, em mim.
Uso-as com frequência quando sonho.
Agarram-se a mim, as palavras, e pedem-me atenção. Pedem-me que eu sonhe. Sonhe com elas. E, eu sonho.
Dou-lhes toda a minha atenção como num sonho belo. Puro. Quando eu sonho.
Com uma paixão. Indescritível!


E, eu sonho muito. Até exageradamente.
As palavras sabem preencher as pessoas. Preenchem-nas quando sentem. Quando vivem. Quando amam.
E, amam também.
Moram alojadas lá nos seus corações doces.
Habitam as emocionais habitações dos Seres Humanos.
Metem-se nas suas cabeças quando contam histórias belas.
Histórias alucinantes de ternura.
De um paradisíaco sentir. Fascinante.


Conto sempre com elas. Não! Não as conto. São imensas!
Deslumbram-me. Acariciam-me. Afagam-me.
Vou-lhes contar um segredo que lhes segredei: Elas fazem parte do que sou.
Porque razão não lhes daria a  atenção que elas merecem?
São demasiado importantes para mim.
Preenchem o meu inconstante Ser. O meu inconstante pensar. O meu inconstante sentir.
Talvez, me compreendam em absoluto. Talvez, elas compreendam o que vai em mim.
Quando as uso, nunca sinto fadiga ou cansaço.
Convidam-me sempre para o "baile" delicioso que encetam no meu olhar. O "baile" delicioso do meu sentir.


As palavras "bailam" como princesinhas no melodioso compasso da minha vida.
Sim!
Sem elas, sem a sua imensa doçura, não sobreviveria.
Vou sempre ao "baile" lindo que encetam no meu olhar.
Maravilham-me. Encantam-me.
Como?
Por simples magia arrebatadora de carícia que vai nelas e eu gosto. Tanto? Imenso!
São imprescindíveis.
Escuto-as. Mesmo quando estão silenciosas. Mesmo na alegria como as vejo.
Vou sempre com elas para todo o lado.


Como nunca visto vivem e sentem.
Habitam o sonho irreal que não prescindo.
Amo-as, as palavras!
Tenho-as sempre bem presentes no meu coração, as palavras com que falo docemente às pessoas.

PENA 

Pena. "As Palavras". 2008. Abril.