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Campanha do Agasalho 2009

Sunday, January 31, 2016

Diário de um Cidadão:
(31 de Janeiro 2016: 12 horas)
Adorável Diário:
Hoje levantei-me já tarde. Perdi-me no sono. Eram já muitas noites brancas em que me havia entrincheirado. Que me haviam desgastado.
Não fui à Pastelaria. Já não via a menina dos “adoçantes” há dois dias. Não. Não tinha saudades. Apenas remorsos que não podia ignorar.
Acordei sobressaltado. Tinha que escrever. Que iria dizer ao médico que a “anestesia” existencial tinha falhado? Não fora efetuada?
Por certo, ficaria furioso. Ele que nunca se mostrara furioso. Ele que nunca o vira irritado.
Estava um Domingo nublado. Daqueles dias em que todas as pessoas escrevem sempre alguma coisa. Tinham que escrever. A mim, o diagnóstico médico era escrever. Não podia parar de escrever.
E, sonhei que era astronauta. Daqueles que conquistam o Universo celestial. Sim! Depois do “foguetão” partir. Sim! Com contagem decrescente e tudo. Estava afundado no banco. Vestido como eles. Possuía um receio natural. Próprio dos autênticos e verdadeiros astronautas. A partida causava um certo temor neles.
Que hei-de fazer? São apenas sonhos. Acordados ou adormecidos. Mas, que me invadem o pensamento.
Tenho muitos. Que me invadem o Ser. Que me perturbam. Que a “anestesia” afetiva e existencial receitada exige que o faça.
Concretizo sempre tudo o que posso e sei. Sim! A pensar nas pessoas. Nesses sentires maravilhosos e fascinantes que o são.
E, escrevo.
Com amor. Com dedicação. Mesmo com ternura. O melhor que posso- É para elas. Para as pessoas. Que adoro. Que retribuo sempre o que vai em mim. Sem obrigação nenhuma. Gosto delas. Imenso.
Vou terminar.
O Senhor Gonçalves chama-me. É urgente que lhe faça companhia. Que lhe dê compreensão- Carinho. Atenção.
Obrigado, adorado diário. Começou mais um dia.
Por hoje é isto. É maravilhoso ter um diário. Escrever ou pensar somente o que vai em mim. E, este é amigo. Sincero. Disponível sempre.
E, eu faço. Tudo “isto” nele.
Fico-lhe muito agradecido.
Sejam felizes.
António Pena Gil Janeiro 2016.

Friday, January 29, 2016

Diário de um Cidadão
(Sábado. 30 de Janeiro 2016 – 04 horas e 05 minutos)



Adorado Diário:

Hoje não me apetece ir à Pastelaria. Também é muito cedo.
A casa está emersa num profundo silêncio. Só se escuta a televisão. Numa atitude de preciosa companhia.
A menina dos “adoçantes” nunca mais a vi. Fugiu com os “adoçantes”. É a única hipótese que descortino. De mal com ela. De mal com eles. A única responsável do mal que faziam às pessoas.


Concentrei-me no imenso Universo. Sabia-o repleto de enxames de estrelas majestosas. Cobertas de poeiras vermelhas. O “nosso” Sol tem cem vezes o diâmetro da Terra. Parece que estou a ver estrelas da nossa Galáxia, entrando no Seu espaço lá no Alto.

Iluminando o céu com um prodigioso e avassalador conjunto de estrelas super-novas. Estrelas muito maiores que o Sol. Estas estrelas super-novas que constituem o enxame estão a 5 milhões anos-luz da Terra.

De nós.

No enxame de estrelas de Arcos constitui o centro da nossa Galáxia.

É possuidor de um cérebro precioso de estrelas. Tinham um “Túmulo” tão gigantesco lá em cima. Bem alto.

Num enxame de uma colecção de pouca massa que o constituíam.
Os enxames de estrelas no Firmamento doce, puro  e fabuloso põem em caso a idade da Galáxia. Os cientistas mais conceituosos não sabem como se formaram os enxames globulares da nossa Galáxia.

Os enxames de estrelas da nossa Galáxia “Via Láctea” foram engolidos pela Galáxia de enxames globulares. Estas estrelas colidem a 100 000 anos-luz com a nossa Galáxia. Os cientistas não concebem entender como se formaram enxames globulares.

Surgiu um pequeno interesse e empenho pela “luta” desconhecida interestelar, a que adorava estar presente. Assistir.
Como se poderá conceber tanta maravilha e encanto nos domínios de Deus?

Este “meu” Universo maravilhoso, de fascínio. Sublime e metafórico indescritível de beleza imensa. Basta um olhar do Firmamento nas noites estrelares de Verão imensamente maravilhoso. Encantado de surpresa e majestoso. Pensando e   desenhando em plena pertença, em pleno divinal aconselho, num afável gesto e atitude da magia de Deus. Estive perto Dele. Sim! Lá bem em cima. Na Sua suave e sossegada postura de fascínio.

Como é lindo olhar o Céu de nós. Encontrar um futuro próximo com maior lucidez e ternura de vida interplanetária.

Está bem, assim, magistrais amigos e companheiros de uma vida.

Sejam felizes, amigos.

Obrigado extraordinário Diário de sonhos inapagáveis.


António Pena Gil Junho 2016 
Diário de um Cidadão:

Hoje não fui à Pastelaria.
O sono foi maior e descansado de mim.
Não tenho saudades da menina do “adoçante”.
Creio que fugiu com os “”adoçantes” todos ritmada em não prejudicar mais ninguém. Nem mais um Ser. Nem mais uma pessoa.
O prezado Sr. Gonçalves continua entrincheirado nele. Na sua imponência majestosa. Sabe tudo. E, eu, não sei nada de nada.
Somos amigos. Isso basta.

A minha princesinha continua de uma beleza e ternura grandiosas. Gosto muito dela.
Eu procuro evoluir e soltar-me do que sou. Luto em vão. Apenas sacudo o meu ser. Uma brisa bate-me na cara escapando-se e fustigando-me à mercê da janela aberta do pensamento. Do que faço.
Penso que possuo um coração que progride ao ritmo do mundo. “Empurrado”, a muito custo, por Deus. Com o meu afeto por todas. Sempre me vi assim. Desta maneira. Deste jeito.

Passou mais um dia.

Revejo-me. Nunca revejo mais ninguém. Preocupo-me, somente.
Sou o único que me pode rever. Ninguém mais.
Nunca lhe perdoaria. Por educação. Por civismo incompreendido de “morar” assim.
De “habitar” todo o Planeta desta forma.

No que “construo” com amor.
Verdadeiro. Simples. Inócuo. Sincero.
Vive de harmonia doce e perfeita. As pessoas merecem-no. Agarram-me e sacodem-me. Sim! Todo o meu Ser. Tudo o que possuo em mim.

A brisa entrou em mim. Com fulgor. Fez-me uma festa no rosto e fugiu. Aconteceu. Aconteceu vida no que sou.

Basta por hoje, amado diário.
Como gosto de ti.
Senti que aqui terminaria mais um excerto afável e carinhoso de mim todo.

Sejam felizes.


António Pena Gil   Janeiro 2016 

Thursday, January 28, 2016

Mais Um Dia da Minha Vida!

Hoje, levantei-me muito cedo. Por volta das seis horas da manhã.
Levantei-me por sugestão da minha doce cara-metade.
Levei-lhe o “Leite”. Agraciou-me. Como sempre.
Constatei como ela era especial na minha vida.
Fui à Pastelaria. Como era meu hábito.
A menina do “adoçante” estava muito simpática comigo. Mais que o normal.
“Largou” os clientes habituais daquele lugar e foi ter comigo, ligeirinha.
Depois de me atender sorriu e perguntou-me se desejava alguma coisa mais?
Retorqui-lhe que não. Estava tudo bem. “Disparei”, simpática e amavelmente como até agora o adoçante preenchera a minha vida. Não o devendo fazer. Foi o que lhe disse.
Metido “comigo” pensei e “arrastei-me” para casa. Para onde a minha vida fazia sentido.
As letras “fugiam” pelo confuso teclado da minha vida. Tentei “agarrá-las”. Sem sucesso. Sem êxito conseguidos.
Passei por todas as fases perante a situação que vivia. Com desespero. Com tristeza. Com desalento.
Estive todo o tempo tentando “agarrá-las”. Quando consegui, rapidamente, metia-as num singelo “cantinho” do meu cérebro.
Afinal nunca me tinha acontecido isto?
 “Abri” docemente, o pensamento. E, meti-as lá. Todas as que “fugiram” de mim. Eram minhas. Tinham-se perdido. Porquê? Não sei. Sei que as contei e estavam certas. Todas.
Tenho que estar mais atento, proferi de maneira a que elas ouvissem.
Acendi a Lareira. Aquele afagante “dispositivo”. Repleto de encanto que “fortaleceu-me”. Na luta incessante e incansável porque já faltam muitas.
Foi então que entendi. Ao longo da minha Vida “desgastei-as” imenso. E, não podia. Sabia que elas partiriam, um dia.
Cansadas. Usadas. Gastas. Sempre presentes em todo o lago. Para onde eu ia levava-as comigo. Sim. Comigo. Falando. Conversando. Dialogando.
Pensei: Já devia ter constatado há muito que um dia iria “perdê-las”. Ficar sem elas. Ficar sem mim.
Não ficariam sós. Há por aí muitos cérebros cansados que as iriam recuperar, sem muita fadiga. Dar-lhes-iam vida outra vez.
E, eu ficaria ao acaso sem elas. Ficaria inerte no chão. Ficaria um “vagabundo” do pensamento sem nada de nada.
Havia alguém sempre pronto a dar-lhes vida com convicção forte. Incisiva. Forte. Com um sentido necessário ao mundo. Abrir-se-iam de novo a ele. Sim! Ao mundo.
Eu? Perderia tudo, mas tudo mesmo. Ficaria vazio. No vácuo. No chão do empedrado da vida.

Foi mais um dia da minha vida!


António Pena Gil   Janeiro 2016 




      1. Diário de Um Cidadão:
        Não desejava transformar este diário como o Diário de Anne Frank.
        Também não estamos em tempo de guerra. E, ela estava.
        Não deu conta, mas essa dependência, se calhar, era visível e manifesta.Resolvo tudo de forma radical. Não! Não consigo abandonar certas coisas que me preenchem.Das pessoas. Do observar o Céu. Do sentir alguma coisa pelo que faço. Sim! Adorava que me dessem crédito. Só algum.Talvez o consiga. Iria surpreendê-los. Arrasá-los. Mostrar as minhas ideias imensas sem explicar nada de nada a ninguém.Sejam felizes, sim?


        Não fui à Pastelaria. Não tive que enfrentar a menina simpática do “adoçante”. Ouvir os seus comentários e ideias sobre ele. Constatei que não poderia passar sem o “adoçante”. Não era pessoa também que, para ela ter algum protagonismo na sua vida, implicasse sobre “aquilo”.
        Se calhar, ela punha “adoçante” no seu café.
        Debrucei-me sobre mim. O que penso. O que sou. Já sei que sou ideias. Sou sentimentos. Sou pensamentos. Sou palavras.
        Estou só. Olho tudo à minha volta. As paredes. As moscas sem aviso coerente. Lúcido. Tranquilo. Em Paz que desejo tanto. Incomodam muito. E, eu suporto. A mim. A todos. É como uma caixa “pesada” que transporto comigo. Sim! Para todo o lado.
        Para onde quero respirar a paz. Ambiciono tanto tê-la. Ser. Abarcar um mundo que é meu. Em que depositei tudo. Tudo o que sempre sou. Ou fui.
        Deambulo ao acaso. Se tivesse uma bússola, ao menos? Talvez, desse os mesmos passos magnificentes de mim. Do Universo. Do Firmamento. De Deus.
        A tristeza ainda não chegou. Faz-se passar por importante. Fazer-se esperar. E, eu espero. Já a tinha percebido. Bem no fundo da sua Alma. Se a possui. Existe bem no fundo de mim.
        Para quê sonhar com “coisas” irrelevantes? Distantes? Que ninguém deseja. Ou quer. Eu preocupo-me com essas “coisas” do Planeta inteiro.
        Bastava.
        Eu também sou gente. Também tenho ideais de vida que quero viver. Amar também. E, evoluir sem ter de escrever o que escrevo.
        Todos fazem Diários. Sim! Rapazes. Raparigas.
        Eu, faço-o sem ser eles e elas. Talvezzz, assim, consiga ser eu. Inteiro. Rebuscando algo para mim. Encontrar-me no desencontro da vida. Que é minha.
        Ser alguma coisa útil. Participativa. Cheia. Plena.
        Já dei provas suficientes do que sou. Sou a seriedade. Sempre fui. Se calhar ingénua. Pouco vivida, mas séria, sabem?
        E, tenho as ideias no coração majestoso que me faz. Sim! De encontra ao meu peito. No coração.
        É tudo.
        António Pena Gil Janeiro 2016

      Wednesday, January 27, 2016

      Mais Um Dia da Minha Vida!
      Hoje, levantei-me muito cedo. Por volta das seis horas da manhã.
      Levantei-me por sugestão da minha doce cara-metade.
      Levei-lhe o “Leite”. Agraciou-me. Como sempre.
      Constatei como ela era especial na minha vida.
      Fui à Pastelaria. Como era meu hábito.
      A menina do “adoçante” estava muito simpática comigo. Mais que o normal.
      “Largou” os clientes habituais daquele lugar e foi ter comigo, ligeirinha.
      Depois de me atender sorriu e perguntou-me se desejava alguma coisa mais?
      Retorqui-lhe que não. Estava tudo bem. “Disparei”, simpática e amavelmente como até agora o adoçante preenchera a minha vida. Não o devendo fazer. Foi o que lhe disse.
      Metido “comigo” pensei e “arrastei-me” para casa. Para onde a minha vida fazia sentido.
      As letras “fugiam” pelo confuso teclado da minha vida. Tentei “agarrá-las”. Sem sucesso. Sem êxito conseguidos.
      Passei por todas as fases perante a situação que vivia. Com desespero. Com tristeza. Com desalento.
      Estive todo o tempo tentando “agarrá-las”. Quando consegui, rapidamente, metia-as num singelo “cantinho” do meu cérebro.
      Afinal nunca me tinha acontecido isto?
      “Abri” docemente, o pensamento. E, meti-as lá. Todas as que “fugiram” de mim. Eram minhas. Tinham-se perdido. Porquê? Não sei. Sei que as contei e estavam certas. Todas.
      Tenho que estar mais atento, proferi de maneira a que elas ouvissem.
      Acendi a Lareira. Aquele afagante “dispositivo”. Repleto de encanto que “fortaleceu-me”. Na luta incessante e incansável porque já faltam muitas.
      Foi então que entendi. Ao longo da minha Vida “desgastei-as” imenso. E, não podia. Sabia que elas partiriam, um dia.
      Cansadas. Usadas. Gastas. Sempre presentes em todo o lago. Para onde eu ia levava-as comigo. Sim. Comigo. Falando. Conversando. Dialogando.
      Pensei: Já devia ter constatado há muito que um dia iria “perdê-las”. Ficar sem elas. Ficar sem mim.
      Não ficariam sós. Há por aí muitos cérebros cansados que as iriam recuperar, sem muita fadiga. Dar-lhes-iam vida outra vez.
      E, eu ficaria ao acaso sem elas. Ficaria inerte no chão. Ficaria um “vagabundo” do pensamento sem nada de nada.
      Havia alguém sempre pronto a dar-lhes vida com convicção forte. Incisiva. Forte. Com um sentido necessário ao mundo. Abrir-se-iam de novo a ele. Sim! Ao mundo.
      Eu? Perderia tudo, mas tudo mesmo. Ficaria vazio. No vácuo. No chão do empedrado da vida.
      Foi mais um dia da minha vida!
      Sejam felizes, está bem?

      António Pena Gil Janeiro 2016

      Sunday, January 24, 2016

      O Lobo Sob O Penedo do Loba


      O Presidente da Junta do local denominado Monte da Forca em Vila Real andava inquieto e exasperado por uma Tradição que nunca fora interrompida sobre a lenda do lobo sob o Penedo da Loba.
      Fazia, hoje, o dia em que a Lenda ficara para ser contada por outra pessoa dando seguimento ao já contado havia treze anos rigorosos passados por outra pessoa.

      Fui chamado, de urgência, ao escritório da Junta.
      O Presidente olhou-me dos pés à cabeça, pormenorizadamente, e disse-me: É sua a Lenda. Prossiga-a. Já não temos muito tempo.
      Integrando um grupo de destemidos anciãos do local, armados até aos dentes, levaram-me até ao sítio, onde, supostamente, um lobo que nunca mais tinha sido visto, o Lobo sob o Penedo da Loba. O guardava. Destemidamente.

      Fez-se silêncio. Os paus que levavam consigo tomavam-nas como “armas de Guerra”. Esconderam-se atrás de umas fragas mais seguras e aguardaram. Assim, todos os sons ali podiam ser mais facilmente escutados. Ouviram uns passos de presa forte e imponente aqui e ali pisar as folhas que rangiam sob o peso de quem passava por cima. Tremeram todos. Eles que nunca tremiam. Olharam o Penedo e nada viram. Olharam os flancos laterais e tudo estava deserto.
      Foi então que surgiu um uivo grandioso que fez estremecer o povoado como há muito não se ouvira. Encolheram-se uns contra os outros. Estavam temerosos e brancos do susto. Juraram nunca sair para ir a locais assombrados como este era.

      Depois, daquele uivar de um Lobo grandioso e enorme saíram e não ouviram mais nada. Não havia sequer pegadas de ninguém, muito mais de um Lobo como rezava a tradição.
      Regressaram ao Povoado. Contavam os anciães do lugar que, de vez em conta, ouvia-se o uivar de um lobo nas cercanias daquele sítio ou quando se aproximavam do Penedo do lobo sob a loba. Todos afirmavam que ouviam um uivo imponente e, grandioso, de Lobo ao pé do Penedo e, depois mais longe dali, mas que nunca encontraram ou viram nada.
      Resolvi ir sozinho. Não por heroísmo, mas por discrição e por ter sido eu o indicado para contar a lenda. Segui o caminho habitual que fizera com os Ansiães daquele local até ao Penedo da Lobo sob o Penedo do Loba. Subi ao Penedo e gritei muito alto e, em voz bem timbrada, para que o Lobo ouvisse. A resposta soou e fez-se ouvir. Um trovão saído de um animal gigantesco uivou e, cujo uivo, todos ouviram a muito longa distância. Foi dali que partiu este uivar grandioso que desfez todas as opiniões sobre o Penedo do Lobo sob o Penedo da Loba. Mas, nada se viu.

      Estremeci. O lancinante uivo trepou-me pela espinha adentro e jamais teria outro incurso àquele local. Temia sob o que viria a encontrar? O que poderia acontecer?
      Contou várias vezes a quem o quis ouvir no Povoado, a lenda da Lobo sob o Penedo do Loba e os anciães mantiveram-se calados enquanto os jovens permaneciam calados e assustados perante tal mistério ali ao pé mesmo deles.
      Como era uma aldeia comunitária comiam todos e todas numa mesa comprida onda coubessem todos e todas num alegre festejo anunciador de que os terrenos precisavam de uma mãozinha aqui e ali.
      A dada altura fez-se silêncio para digerir melhor a comida. Nesse instante ouviu-se por todo o Povoado e a longa distância o uivo de um Lobo gigantesco. Todos pararam. Por instantes aquele uivo sofrido manteve-se. Enquanto perdurou ninguém emitiu um movimento que fosse. Por fim, sorriram discretamente para dentro deles com uma cumplicidade plena e continuaram a comer.

      Nada acrescentaria à escrita que se fazia de treze em treze anos.
      Apenas sorri. Apenas assinei.
      A lenda do Lobo sob o Penedo da Loba!

      Deixei um espaço em branco com a ideia de outra pessoa continuar a Lenda, ao que o Presidente trancou e arquivou sem nada a fazer. Apenas me cumprimentou e me disse: Terminou a lenda! O lobo está vivo.
      E, proferiu, disfarçando um sorriso cúmplice, direccionado à Lenda daquele Lobo.
      Gerações de pessoas ficarão assustadas com o uivar imponente deste Lobo, mas ele está aqui. Vivo ou morto. Ninguém sabe?
      E, muitos anos volvidos reunidos na mesma mesa ancestral de muitos séculos passados, uivava o lobo a quem já ninguém parecia dar importância, mas sorriam, depois de um prolongado silêncio repleto de cumplicidade e, cuja lenda, pensava ele, era digna de ser contada aos mais novos.

      E, sucessivamente gerações e gerações de pessoas contavam-na sempre naquela altura que os mais jovens escutavam com cumplicidade e um certo temor.

      António Pena Gil 

      Friday, January 22, 2016

      O Universo Majestoso:


      De início era a escuridão. Depois, o Sol deu-lhe luz.
      É noite.
      Olho o écran da TV. Agradou-me o assunto em causa.
      O super aquecimento do Sol/Terra e suas consequências.

      Grandiosos meteoros que colidem uns com os outros vão explodindo-se em pontos do nosso Planeta com estrondo. Asteróides a vertiginosa velocidade no tempo podem colocar-nos em pânico total.
      Quando colidem com a Terra fazem uma cratera gigantesca. Que desfez a vida em Marte por ser grandioso.

      O que caiu possui uma energia fabulosa e enorme. Um asteróide colidiu com a Terra há muitos milhões de anos. Apelidava-se de grandioso pela sua energia mais energética, pois, tinha mais do triplo da dimensão da Terra, muitos anos atrás. A energia da coligação dispendida do asteróide era semelhante à da terra daí formando a Lua.
      A esfera da Terra sujeita a um choque com um gigantesco asteróide desfazer-se-iam em pó.

      As explosões de planetas são muito mais leves do que as explosão das estrelas.

      O material solar é muito denso. Um magnatar forte à volta dos planetas é tão forte que se soltam tanta energia e fica da Terra a 50 milhões de anos/ luz. Os cientistas estudaram os raios/gamas sabendo que as explosões dos raios/gamas serviam para acabar com a terra em segundos.

      As explosões de energia do choques das estrelas entre si vão para o buraco negro do Universo. As explosões das estrelas ao eclodirem podem ser enviadas não, para o buraco negro, mas podem ir para as suas redondezas.

      As explosões dos raios /gamas deslocam-se a grande velocidades e em décimas de segundo e podem perigar a vida na terra. São estrelas atómicas que colidem entre si.
      Os raios/Gamas demoram uma fração de segundos, mas as estrelas massivas algo menos.
      Quando duas estrelas de neutrões explodem entre si e criam um buraco negro para nosso descanso.
      No interior do Universo existem o Hélio e o Hidrogénio. São altamente perigososas. Sobre grandiosa energia.

      A explosão  de raios/Gama são prova de um buraco negro e da explosão da estrelas.
      Uma explosão de raios/gama não se estende. É concentrada e específica num só local. Os jactos das estrelas são saltadores para frente mais intensamente e desfazem o que encontram na sua frente.
      O “Big-Bang” foi a mãe de todas as explosões.

      Foi o Universo que explodiu e criou a Terra. São unidades de guerra. Duplicou a terra em milésimo de segundo formando todo o nosso Planeta. As explosões das energias fazem melhor à Terra do que as mais fracas.

      Bem-Vindos à Terra.

      Sejam felizes.

      Pesquisa: Canal televisivo História.



      António Pena Gil
      Estimados Amigos e menos Amigos:
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      Qualquer plágio ou danos causados serão punidos por Lei.
      Com respeito e estima.
      Pensem...é tão feio e lamentável copiar.
      Sempre a admirá-los.
      António Pena Gil
      OBRIGADO sincero e verdadeiro..

      de António Pena Gil.

      Tuesday, January 19, 2016

      Vivo uma “Anestesia” Existencial!

      Sou ideias. Sou sentimentos. Sou pensamentos. Sou sonhos.
      A cabeça. Sim! A minha cabeça. Comporta inúmeros Mundos. De fascínio. Afagantes. Deliciosos. Doces.
      Sei que há certas atitudes ou gestos pessoais que jazem nelas inertes. Mudos. Infrutíferos. Descabidos. Nada significativos. À solta de mim.
      Nutro pela vida um desejo majestoso e agradável.
      As pessoas vão, sem o saber, dando-lhe um significado bem visível. Vão construindo o meu eu imensamente planetário. De bem comigo. Vão sonhando os meus sonhos imensos. Muitos.
      Sou tão pouco inexplicável. Tão pouco inerte. Vejo as pessoas rirem. Dar-lhe um significado extraordinário. Eu não consigo. Há momentos que “expludo” de alegria e felicidade para dentro do que sou. Não exteriorizo o que me vai na Alma com facilidade. Temo certas atitudes. Certas situações. Certas condutas que me abarcam e me fazem rumarem até junto da segurança e proteção Dele. Sim! De Deus. Ele gosta. Eu gosto.

      Sou transcendente nos gestos. Nas atitudes. Nas posturas razoáveis e que vivem dessa razoabilidade.
      Que possuem uma fabulosa atitude de vida. E, vivem-na. Rindo. Chorando. Alegre. Triste. Emocional. Sem emoção.

      Vi a ciência e o seu valor num simples Cidadão/ médico. Curava pessoas. Vivia a vida para isso. Com preocupação ou satisfação. Afinal, “remendava” seres humanos como ele. Protegia-os. Com coragem contei-lhe um pouco de mim. Do receio da vida. Da inexactidão de Ser. Da insegurança do mundo. Do meu mundo. Só meu.
      Ouviu, atentamente. Não franziu o sobrolho. Sorrio. Apenas e só.
      Depois de saber ouvir. Fez aquilo a que se chama o diagnóstico.

      Para ele foi simples. Depois de apurar o que lhe contei. Deixei para mim muito que não lhe contei. Olhou-me e falou. Para ele eu precisava de uma “anestesia” existencial. Uma “anestesia” da vida.

      Decidido. Virou-se para mim e contou. Não pare de escrever. Não para de ler. Nunca. Em circunstâncias adversas ou outras melhores. Está proibido de parar. Faz-lhe mal, entende? Leia. Escreva.

      Chamou-lhe “anestesia” existencial. Fixei isto e disse a toda a minha família. Ao princípio não acreditaram. Pensaram. Se isto der… está cá “baixo” depressa. Num instante. Larga olhar as nuvens, por instantes, e torna-se bom. Fica curado.
      Pensei como fora sensato aquele “especial” “cidadão”.
      Se fosse essa a solução, tudo seria extraordinário para mim.
      Recordei os remédios dele. Daquiele esecial cidadão: Ler e Escrever. É o que tenho feito.
      Fiquei imensamente em bem-estar e alegria.
      Ele chamou-lhe: “anestesia” existencial.
      Entendem? Sei que sim.
      Sejam felizes.


      António Pena Gil Janeiro 2016 

      Monday, January 18, 2016

      Quando Penso Gosto que eu próprio Me Ouça!

      Torna-se difícil escrever alguma coisa dentro da “anestesia” de mim.
      O Senhor Gonçalves ri-se. De tudo. Até quando respiro ele ouve e ri-se.
      Não! Não é agradável. Olha-me. De alto a baixo e ri-se.

      Já lhe disse que não era Palhaço nenhum num Circo. Insiste nesse propósito sem me ligar. Sem dar sentido ao que faço aqui. Não lhe ausculto nenhuma reação de respeito por mim. Ou uma atenção de desculpa para mim. Ri-se e pronto.
      Esta situação desconfortável é ímpar, para mim.

      Eu não me riu de ninguém. Só por rir. Por mais cómica que a situação seja.

      Olho. Ao meu redor. A casa está silenciosa. Só a televisão alta do Senhor Gonçalves se ouve. Será que não se apercebe que me incomoda? Que me suscita revolta? Indignação? Pouco conforto nas palavras que expresso? Não abandona a TV nem por nada. Espeta a sua visão nela e não os tira fora do écran. Depois adormece com as cuecas azuis e sem respeitar ninguém. Nem a mim, ali mesmo ao lado. Quando lhe digo para a por mais baixo diz-me que eu tenha juízo. E, acrescenta: - A TV é para por alta. Para se ouvir bem. Ele está em minha casa e quem dá as ordens é ele. Penso. Não é justo. Sensato. Amigo. E, ri-se. E ri-se.

      Assim não consigo “agarrar” o meu pensamento que é meu. Será que ele terá alguma coisa que lhe interesse? Sim! Sem respeitar nada nem ninguém. Penso que ele não tem sentimentos ou pensamentos para escrever nas traseiras de algum envelope aberto. Dos folhetos da publicidade doméstica que todos recebemos na caixa do correio e ele guarda. Ele guarda e lê. Ou faz um ar interessado e faz que lê.

      Uma luz difusa abrange todo o local onde estou. Pelo menos tenta ser cuidadoso e apaga sempre as luzes. Todas as luzes de uma casa que é minha.

      Pego num livro. Folheio até compreender o estilo literário do seu autor. Depois folheio o conteúdo por alto. Só leio livros de pessoas desconhecidas. Ver neles a sua grandiosidade das ideias. Da magia que faz voar. Conquistar o Universo celestial tão belo e lindo que nos parece uma visão de sonho.

      Extraordinário. Sempre que tenho disponibilidade olho o alto. Hoje, está a chover e está uma nublagem que não me deixa observá-lo. Nada se vê. Posso imaginar as estrelas de encanto. As Constelações. Os astros majestosos.

      Crio, à minha volta; uma emoção perpassável completa de silhuetas/Planetas que nunca esquecerei de mim.

      Não consigo escrever nada de jeito porque o Senhor Gonçalves metido nas suas cuecas azuis sigilosas está a ressonar mais alto que a TV.

      Impossível. Inacreditável. Frustrante.
      Tenho receio de conceber regras nos pensamentos. Conceber regras nos imensos sentimentos. 

      Nas minhas Emoções. Nas minhas ideias. Gostam de mim. Estão ao meu lado em sinal de concordância. Em sentido de amabilidade, elevando a minha pouca auto-estima sempre e mais ainda com a situação criada.

      Sejam felizes, sim?

      Existo, sabem?


      António Pena Gil  Janeiro 2016