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Campanha do Agasalho 2009

Sunday, January 28, 2007

O Menino Sonhador


«O menino sonhador»


Era uma vez um menino que sonhava ir ao espaço.
Esse menino chamava-se Gaspar.
No quarto dele encontravam-se desenhos do espaço: foguetões, planetas, astronautas…
Chegou a véspera de Natal, e Gaspar queria enfeitar a árvore de Natal.
Enfeitou a árvore de estrelas, Pais Natal, bolas que fingiu serem planetas.
Chegou o dia de Natal, estava ansioso por saber quais eram as prendas que ia receber.
-Tlum, tlum!
Gaspar foi abrir as suas prendes: meias, luvas, lençóis, cobertas.
Mas nada lhe agradava!
Ainda havia uma prenda enorme, então foi abri-la.
Eram caixas, caixas e caixas e os embrulhos foram diminuindo.
Já estava cansado de tantas caixas abrir.
Finalmente chegou a ultima caixa, e abriu-a e tinha lá dois bilhetes, para ir visitar as bases espaciais.
Já era dia 1 de Janeiro e o Gaspar, e a sua mãe, foram, às bases espaciais.
Quando chegou lá, Gaspar ficou surpreendido, de ver Armstrong.
Pediu-lhe um autógrafo, e Gaspar entrou pela sua primeira vez num foguetão.
Armstrong acompanhou Gaspar pela viagem.
Descolagem!!!
by Mini-Poliedro com o grupo de trabalho na Escola

Saturday, January 27, 2007

Um Arranjo de Flores Arrebatador e de Encanto que nenhuma Poesia do Mundo consegue Agradecer


Um Arranjo de Flores Arrebatador e de Encanto que nenhuma Poesia do Mundo consegue Agradecer...

Friday, January 26, 2007

A Irradiante e Esplendorosa Magia de Um Pequeno Autista

A Irradiante e Esplendorosa Magia de Um Pequeno Autista


“… Num repente, o Xico elevou as mãos ao ar, como se fosse um maestro pronto a começar o concerto da sua vida; deteve-se por breves segundos nessa posição e logo começou um movimento estereotipado com as mãos, que me fez lembrar um pequeno querubim tocando uma harpa celestial num dedilhar imaginário.”…

In “ Autista, quem…? Eu?”. Martins, Ana. pág. 18, Novembro 2006 LIVROSeLIVROS

Thursday, January 25, 2007

Oh! Que mal fiz eu a Deus?

Oh! Que mal fiz eu a Deus?

Sou um Professor ignorado do Mundo!
A vida não sabe ainda porque sou ignorado. Não tem conhecimento. Não se apercebeu, ainda. É por isso que sinto uma sobriedade e uma pacatez, pela sorte que sinto.
Os meus filhos têm conhecimento porque lhes contei, senão procurariam sabê-lo.
A todo o custo!
Porquê?
Talvez, pelo amor que vai neles e, pelo desencadear de questões que me colocam diariamente, e me apercebo que não sei responder. Nessas alturas, atiro-lhes com a minha sinceridade. Serei sempre sincero com eles. Nunca lhes mentiria!
Caio em mim. Olho à minha volta inseguro.
Há tanto a explicar-lhes. Há tanto que eles querem e desejam saber.
- Pai, o que é a existência? – Pai, o que é o amor? – E, a maldade? - Conheces a morte? Já alguma vez morreste? - Vá, explica-nos!
- Pai! Queremos saber. Ajuda-nos.
Sinto o Mundo a fugir-me a meus dos pés. Sinto uma náusea incómoda pelo amor que lhes tenho. E, esse amor está bem presente e vivo em mim e neles.
E, eu, há muito que descobri que vivo entrincheirado em mim e no que sou.
Não sei satisfazer-lhes a curiosidade, avivar-lhes o pensamento, amá-los ternamente, esclarecendo-os para que se descubram e descubram a vida.
Oh! Que mal fiz eu a Deus?
Sou apenas um Professor ignorado do Mundo que está de passagem.
Não digam nada a ninguém porque ninguém me conhece!
Uma vez, sentei-os no meu colo. Conversamos. Conversamos, numa conversa sem fim. Senti-lhes o calor. Senti-lhes um afago. Uma imensa ternura.
Não lhes contei uma história. Não tive coragem.
Contei-lhes a sua história. E, quando parei, senti absorverem-me, sorrindo.
Havia entendido. Haviam entendido a beleza e o encanto de serem.
Porque foi uma história de amor!
Não me questionaram mais sobre coisas difíceis. Não saberia responder!
Então, compreendi que foi Ele que me ajudou. Alguém me ajudou!
Sozinho não era capaz!
E, compreendi também, porque sou um Professor ignorado do Mundo!
Talvez, por não compreender a vida e a imensa riqueza que ela possui.
A imensa riqueza que vai no pensamento dos mais pequenos.
A imensa riqueza da vida dos alunos com que lido.
Com que lido com amor! E, talvez, eles não compreendam. Porque haviam de compreender?
Oh! Que mal fiz eu a Deus?


By Poliedro, Numa pacata manhã de Dezembro de 2006

Tuesday, January 23, 2007

O Silêncio

O Silêncio



Gosto de ouvir o silêncio. Sim! Atentamente! Escuto-o!
Os outros? As pessoas? Não sei. Sinceramente, não sei. É fascinante porque parece brincar comigo. Gosto de o manusear, escutá-lo, senti-lo quando entra em mim e me absorve intencionalmente com fascínio.
Não! Não me atemoriza. Não estou só. Tenho-o a ele, só para mim.
Olho à minha volta e tudo é feito de silêncio. Até a casa está a pactuar com ele e comigo, ajuda-o, ajuda-me. Consigo pensar nas coisas mais incríveis e fantasmagóricas feitas de silêncio porque, lado a lado, vou com ele para onde ele me leva. Todos estão mudos, menos ele, que se expressa em mim e comigo na avalanche de sonhos e encantos da vida. É por isso que o escuto em tudo o que me rodeia, em tudo que vejo e faz parte carinhosamente e amigavelmente da minha existência.
Sei que me compreende, porque eu compreendo -o. Não sei se o compreendo, mas ele, tenho a certeza inequívoca que me compreende. Respeito-o! A telefonia calou-se.
As pessoas que amo deitaram-se.
Resta-me escutá-lo e cavalgar na ilusão de que, de tempos em tempos, só eu e ele, o silêncio e eu, unidos, podemos magicamente sonhar na quietude dos instantes, das horas, do descanso dos relógios que pararam para nos dar um espaço de dignidade. O silêncio tem dignidade! Acredito na dignidade e na majestosa importância dele, do silêncio.
Podia-se estudar. Aparecer nos manuais escolares e nos manuais da vida, mas, penso eu, que iriam maltratá-lo, ignorá-lo, não o compreender. Quem é que compreende o silêncio? Só o compreende quem consegue escutá-lo, amá-lo, estudá-lo, enfim, vivê-lo!
Vivê-lo, plenamente.
Não! Acreditem que não tenho nenhum medo de insanidade mental em mim, só por adorar, compreender, estudar e amar o silêncio. Se a tivesse, diria. Mas, primeiro dir-lhe-ia a ele. Ele estava em primeiro lugar, podem crer. Como ele gosta, não lhe digo. Absorvo-o. Delicio-me com ele e com a tranquilidade que me envolve e que ele me dá. Faz-me pensar em coisas incríveis, boas, sinceras, únicas, verdadeiras.
Entro num mundo que me faz sentido. Um mundo de canteiros de flores, jardins, aventura, música, poesia, imensamente bela e resplandecente aos meus olhos. Depois, foi feito para amar sem ruído, numa atitude única de bem-estar e conforto todos os que o escutam, sem protestos, sem exigências.
Deixem-no levá-los, porque estão bem entregues, acreditem!
Não! Ele não faz mal. Faz pensar. Só pensar! E pensar é bom. Pensar, faz acreditar que estamos vivos e compreendemos os mistérios da vida. Os mistérios do amor. Da intransigência violenta. Da hipocrisia egoísta. De quem, por não compreender, nos quer perturbar, sem ouvir, uma única vez, o silêncio.
Ouvir, uma vez só!
Depois, tudo poderá acontecer, porque podem gostar dele, da sua calma, do seu afago, do seu discernimento de poderem livremente pensar.
Eu adoro escutar o silêncio!
Sinto-o! Compreendo-o! Faz parte de mim!
É como um afago sincero! Uma carinhosa melodia escutada, dificilmente transmissível. Só para mim!
Acreditem, porque é!

Pena, Setembro de 2005

Fazes me falta e estás sempre Presente!

Fazes-me falta e estás sempre Presente!


Quando olho à minha volta encontro o teu sorriso. Belo e sempre presente. Sinto que me olhas de um modo muito especial como só tudo sabes. Existe imensa ternura neles, no belo olhar e no deslumbrante sorriso, num mundo que te pertence só a ti.
Se quiseres, algo misterioso, mas carinhoso e profundo. Um sorriso e um olhar arrebatadores que exprimem quem tu és, quem eu sou. Sempre os entendi à minha maneira, mas eles permanecem em mim, disso podes estar certa.
Revejo-te em sonhos, que são sonhos felizes. São sonhos bons, como os teus sentimentos o são. Por vezes, interrogo-me, se os merecerei. Se os compreenderei, eu e, a melancolia que me habita, que faz parte de mim, que trepa por tudo o que é corpo e alma. A tua presença é um milagre da vida. Ele, o Divino, decidiu ajudar-me, contemplar-me com a tua presença ao meu lado.
Penso que essa dádiva Dele, só eu e tu a compreenderam verdadeiramente. Em perfeita sintonia, comungando dos mesmos ideais. Da mesma forma de vida. Da mesma magia da vida. Compreendes? Por vezes, sinto uma sensação nauseabunda e silenciosa arrebatar-me quando não estás ao pé de mim. Não é um gesto de possessão, nem sequer de dependência. Quando não estás presente crio fantasmas.
Dói-me a cabeça! Dói-me as ideias.
Dói-me o corpo todo, parecendo ir-se desfazendo aos bocados, tornando-se irrecuperável, sem cura.
Divago em pensamentos intemporais, longe de uma lucidez coerente e lógica. Enfim, penso demais! Desejo sentir-me, mas não consigo. Fico sem discernimento para o fazer. Desejo rever-me, mas é impossível. As emoções parecem conquistar-me. Assaltarem-me! Fico no vazio de mim.
Nada me importa!
Fazes-me falta!
As tuas forças, são as minhas forças! A tua vida é a minha vida! Sinto as tuas forças estimularem-me o pensamento. Estimularem a convicção das palavras que profiro, expressarem-se mais facilmente. Mais naturalmente! Tornarem-se mais arrojadas. Mais aventureiras. Mais determinadas. A vida tem algum sentido. Os gestos e as ideias fortalecem-se e não se desmoronam. Não caiem por terra, gastos, indecorosos, desprotegidos.
Fazes-me falta!
É pieguice e é lamechice! Mas, é o que sinto. O que penso. O que me dá força. Me faz viver. Me faz existir! Dá nexo à minha existência. Dá valor ao meu entendimento. Dá carácter ao que sou e ao que penso. Quando não estás, torno-me indefinível. Inquieto! Desassossegado! Momentaneamente desconexo e confuso! A tua alegria. O teu sorriso. A avalanche de ideias e de ideais, que são meus também, concretizam-se na tua doce presença. Só assim, compreendo o Mundo, mesquinho, ininteligível e turbulento que ele seja.
E, então, consegues que eu possa amar as coisas e as pessoas. Compreendê-las! Entendê-las! Ver mais clara e nitidamente o que me rodeia e interessa!
Fazes-me falta!
Existe em mim a sublime magia do teu encantamento! Não esqueças nunca que o vazio sente-se. Está presente na ausência.
Fazes-me falta!
Sempre! Acredita que vives em mim! Dás sentido ao que eu sou.
Plenamente!
Pena, 2006


(Dedicado à minha doce esposa)

Friday, January 19, 2007

A Questão arrebatadora e mágica do Autismo

Livro arrebatador: “Autista, quem…? Eu?” de Ana Martins

A meu Avô


" Para mim, o mundo que me rodeia é um desconcertante e incompreensível labirinto que me aterroriza. É um emaranhado de imagens e sons, barulhos e movimentos vindo do nada, caminhando para o nada."

ROS BLACKBURN
( Jovem autista com 37 anos)

Thursday, January 18, 2007

O Árduo Processo Educativo


O Árduo Processo Educativo


Sempre nutri pela Educação, de
crianças e de jovens, uma apaixonante sensação de dar um sentido ao vazio vivificado no quotidiano da minha vida que só eu sei. Preencher as lacunas existenciais que frequentemente me assolam sem pedir explicações ou pedir razões mais que válidas.
Só optei. Só senti que queria aquilo. E, foi aquilo que escolhi.
Hoje, perdi os sentidos na desilusão da minha escolha.
Falam-me em Educação.
Retenções sucessivas…Abandono escolar…Falta de maneiras…
É um constante desabafo! Sentido! Profundo! De pessoas que vendem e apregoam o significado deste pensamento. Destes pensamentos que suporto até me cansarem.
Tenho a consciência tranquila e as ideias no lugar, onde elas devem estar. Estou certo disso.
Porquê? Porquê tudo isto?
- Não respeitam regras! Não se comportam como deve ser! Não conseguem aprender! – Ouço os comentários desesperados de vozes, como a minha.
- É árduo. É difícil! – Digo, contemporizador.
- Assumi um pacto de tolerância que não se compadece com os tempos de hoje. – Vou pensando. Paciente. Amigo.
Sofro, mas não desisto desta empreitada da vida com facilidade.
Não esqueço. Fiz um pacto! É para ser cumprido. Integralmente!
Sofro. Mas, …
Jurei-lhe fidelidade, à Educação. Prometi quando contrai matrimónio com a Educação.
É para cumprir.
Às vezes, faço-me surdo. Faço-me mudo. Não escuto. Não falo.
Sofro.
Também desabafo. Arrelio-me. Dou berros. Manifesto o meu desagrado.
Mas, tudo acaba rapidamente. Passa.
Recomponho-me e vou à luta pela Educação. De novo. Recomeço tudo, novamente! Recomeço onde foi interrompido o sonho. O meu sonho. O sonho deles. O sonho de todos. O sonho que para alguns se tornou num imenso pesadelo. Um imenso pesadelo de desilusão.
Sofro. Sim! Como eles. Não sou diferente em nada.
Sinceramente, em que isto se tornou? Tão diferente dos meus tempos? Tão distante do que eu fui? Tudo tão diferente? Aconteceu num ápice.
Porquê? Porquê? Porquê?
Só sei uma coisa: Agora não vou desistir! Tenho força, podem crer! Tenho esperança!
Amanhã, quando o sol raiar, bem cedinho, vou de novo à luta! Eles vão aparecer de novo.
Porquê? Align Left
Porque acredito neles. No futuro deles. Nos meus e nos sonhos deles.
Sofro.
Mas, …
Não desisto facilmente!
Se hoje estou mal, amanhã tudo voltará à normalidade e acredito que estarei bem.

Vale a Pena!

Fui eu que escolhi! Fui eu que optei! Ninguém me mandou.

E vou conseguir! Tornou-se um desafio pessoal que deverei resolver, equacionar e encontrar a solução.

Sem equívocos! Irei para vencer e, depois, ficar de bem comigo próprio e com a consciência que me habita. Ficarei mais tranquilo, podem crer!


By Poliedro, num dia sofrido na escola por ter sido mau, 2007, Janeiro.

Um Animal com Amor





Um Animal com Amor






Aquele pai era tudo para os filhos. Pensava constantemente neles. Era um forte leão!
Dava-lhes tudo o que podia e, conseguia com ternura e amor, fazer com que as suas preocupações fossem sempre com eles. Sincero. Verdadeiro. Amava-os como ninguém!
Ajudava-os a darem os primeiros passos, acompanhando-os e alertando-os para os perigos que havia na selva onde moravam.
Lambia-os e, eles compreendiam o seu significado, com satisfação e agrado.
Penso, que aquele imponente leão, estava a prepará-los para a vida que iriam ter naquele lugar, nem sempre seguro.
Era um pai, como todos deviam ser. As suas festas enchiam-nos de segurança e conforto. As suas atenções recebiam-nas e tornava-os felizes. Muito felizes.
Aquele leão acompanhava os filhos enquanto eles cresciam e se iam tornando maiores.
Mais tarde, chegou a hora da partida deles.
Aquele leão sentiu pena, mas sabia que a vida era assim. Ficou com a ideia que se defenderiam e que a sua ajuda fora muito importante.
Despediu-se sem uma lágrima e aninhou-se no seu covil com a esposa, que tudo vira.
Posso dizer: Fora um bom pai. Com coração.
Como todos os pais o deverão ser!
Como o meu pai que gosta de mim, o é!
By Mini - Poliedro( filho mais novo do Poliedro)
Idade: 10 anos, mas com algo mais que isso...

Thursday, January 11, 2007

Conceito: Família (Abordagem 2)

Conceito: Família (Abordagem 2)


O meu pai possui netos. A minha doce mãe é a minha doce mãe. Para mim, são representativos, inigualáveis. Constituem uma presença importante aos meus olhos, aos olhos da nossa vasta família, que os tornam imprescindíveis, imortais.
Só por pensar neles, adquiro a magia do sonho que se impõe à realidade e me alimenta o pensamento. Consolida-me as ideias. Consolida-me a aprazível sensação de viver e existir. Ela faz parte de mim e do que sou.
Assim, tudo está bem. Assim tudo está certinho. Maravilhosamente certinho!
O meu pai ama a vida, com um fulgor de um adolescente irrequieto, inconformado, rebelde. Tem constantemente inúmeras coisas para fazer, mesmo que não as tenha para fazer. Penso que perdurará para lá do infinito, entrincheirado nele e na sua saúde de ferro.
O meu pai não nasceu para morrer. Não aceitaria. Ninguém o aceitaria. Nasceu para viver e amar a vida.
E, assim, é que deve ser. Assim, é que é: um exemplo de pertinácia e querer, para todos nós!
A minha mãe é a minha doce mãe. Governa carinhosamente as nossas ideias. Todas as ideias da família.
Fomenta-nos os conselhos, a ternura, o amor! É uma excelente mãe! Anda sempre por perto de nós, por nos amar! E, fá-lo por amor! Por amor à família que somos nós e que somos muitos! E, por pensar que somos muitos, governa-nos e tem-nos amor.
Quando olho para os dois, acalenta-me o ardor de os abraçar. Mas, abraçar muito. Aconchegar-me de encontro aos seus peitos e permanecer ali toda a vida.
Toda a minha vida! Fá-lo-ia, sem hesitar. Sem pedir licença a ninguém, porque comandam o amor que há neles, o amor que têm em mim, o amor que têm em nós! Não! Não pediria licença a quem quer que fosse.
Penso que todos nós ficaríamos bem naqueles doces colinhos. Ficaríamos todos assim durante muito tempo, apesar de sermos muitos!
Penso que eles, estes colos afáveis, nos dariam uma outra perspectiva de vida, de amor, de aconchego.
E, caberíamos todos, tenho a certeza! Para sairmos seria mais difícil, mas eu seria o último a sair. Ficaria só mais um bocadinho. Só mesmo mais um bocadinho.
Depois, julgo que encararia melhor a vida. Compreenderia melhor as pessoas.
Compreenderia melhor o Mundo!
Compreenderia melhor a minha vasta família que, às vezes, não entendo lá muito bem! Porquê?
Não sei! Só sei que não sei!


(Dedico um beijo enorme aos meus pais)

( Continua )

By Poliedro, Janeiro de 2007, numa agradável manhã de descanso.

Wednesday, January 03, 2007

Conceito: Família ( Abordagem 1 )

Conceito: Família ( Abordagem 1 )

A minha família é algo de precioso que tenho guardado ternamente em mim.
Ela fala e conta uma história. A sua História. A minha História.
Quando falo dela, falo de mim. Sim! Faço parte dela com orgulho.
Não tenho que dizer que a estimo e considero, como um valor incalculável fora dos limites do ininteligível. Todos sabem isso!
Muitos já partiram, mas eu nunca os esqueci. No recôndito escondido da minha memória tenho-os sempre presentes. Sempre ao meu lado, comungando da mesma união e do mesmo encanto, no cantinho aconchegado que Ele lhes reservou no céu.
Esse céu, posso vê-lo sempre, em sonhos maravilhosos, intermináveis.
Quando olho as estrelas nas noites quentes de Verão, eles acenam-me lá do alto, sorrindo e mostrando-me o que vai neles, no amor que me acompanha, me orienta e me desvenda o caminho indefinível que sigo. É lá do alto o amor a pensar!
Quando olho esse céu, sigo o trajecto da existência sem tropeçar, pois, um simples relance do meu olhar, descobre nesse céu, um brilho tão intenso de amor e carinho que me alumia a mente e me orienta os passos que percorro, deixando as peugadas visíveis por onde vou, rumo ao infinito de mim e do que sou.
Percorro-me assim!
Apetece-me dizer: Amo-vos a Todos!
Se tivesse um bolso, pequeno que fosse, metia nele toda a minha família e, calcorrearia em direcção ao incerto, porque vos tinha comigo. Bem agarradinhos ao que faço e ao que penso!
Estaria permanentemente protegido. Se me perdesse, bastava meter a mão ao bolso e seguir os vossos conselhos vividos em ancestrais vidas.
Em vidas repletas de vidas. E, assim, sentir-me-ia mais calmo e sossegado, porque vos tinha bem perto de mim, do que penso e do que sou!
Penso que sou um herói da vida, pela pronta manifestação e orgulho em vos tentar definir, vós que se definem por si sós!

( Continua )



By Poliedro, uma manhã fria de Janeiro de 2007

Tuesday, January 02, 2007

O Meu Natal


O Meu Natal

(Escrito pelo meu filho Pedro, onde já lhe reconheço queda literária)


Faltavam só escassos instantes para a Meia-Noite! A hora de sonho para pequenos e grandes. O momento tão ansiado por todos os que ali estavam. O momento desejado desta noite mágica!
Havíamos ceado. A nossa ceia constara, como é ritual todos os anos e, é tradição, de batatas cozidas com bacalhau e couve. Tudo regado com azeite.
Em animada conversa esperávamos pelo Pai Natal. Sabem, eu acredito no Pai Natal! Nunca O vi, mas acredito. É bom acreditar no Pai Natal! Torna os rostos mais alegres e as pessoas mais bem dispostas!
No sino da Igreja, mesmo ao pé de minha casa, soara a meia-noite!
Tinha chegado a altura!
Agora era a vez do Pai Natal aparecer. A Árvore continha vários presentes, embrulhados em papel colorido que lhes davam enorme beleza.
Abrimo-los!
À minha volta a animação crescia. Ecoaram alguns gritos de alegria e satisfação.
Os meus olhos brilharam também. Havia recebido tudo o que pedira!
Nesse instante, lembrei-me de todos aqueles que não têm Natal. Os sem-abrigo, os que não têm família, os que vaguem pelas ruas fruto do acaso da vida, de todos aqueles os que não têm o conforto de um lar ou de uma lareira acesa para os aquecer. Sim! Lembrei-me também deles!
Senti uma grande tristeza em mim!
Eu gosto de ver as pessoas felizes e, embora seja ainda pequeno, o meu coração é grande e pensa neles também.
O Mundo deveria ser bom também para eles! Eu penso assim. Sempre o pensei!
O sino tocava outra vez. Desta vez era a chamada para a Missa do Galo.
A minha terna avó, em silêncio meteu-me o braço no seu e contentes, dirigimo-nos à Igreja.
Acontecera mais um Natal de sonho!

By Pedro Pena Gil, 10 anos de idade, mas com a ternura e a meiguice de alguns mais, bastante mais).

Monday, January 01, 2007

Sim! Há sempre um Lugar para a Felicidade

Sim! Há sempre um Lugar para a Felicidade
Sim! Há sempre Lugar à Felicidade!


Sinto perplexidade e espanto quando me assolam pensamentos que advêm de seres infelizes, descrentes de uma felicidade que tarda a chegar, não sei por que razão.

Nem que seja por instantes. Presentes. Pausadamente respirados. Ou sôfregos. Emotivos. Ou frios. Doces. Ou distantes. Ternos. Ou sem ternura. Alegres. Ou tristes.
Mas, intensamente vividos. Plenamente! Repletos de autenticidade. Verdadeiros. Sentidos. Únicos.
A Felicidade também pode ser sofrida. Angustiada porque não surge camuflada, escondida. É real ou sonhada em sonhos bons.

A Felicidade não tem preço! Não se regateia em qualquer hipermercado da moda. Nem se disputa num leilão de despacho desesperado de coisas inúteis. Nem se publicita em anúncios arranjados de canais televisivos, a horas de maior audiência.

A Pérola preciosa que é a Felicidade quando surge e nos abarca com encanto e magia, não se consegue descrever. Está assente num cantinho precioso de nós!

É intransmissível! É nossa! Faz parte do que nós somos!

Basta um só gesto. Basta um só sorriso! Um só acto. Um semblante emanando simpatia. Muita simpatia!

Porque não havemos de ser simpáticos para com todos?

Porque não haveremos de transmitir atitudes agradáveis na empatia com as pessoas, sem pensar na retribuição? Não se preocupem! Verão que é imediata. Mais imediata que um computador preciso, rápido e infalível a pesquisar informação.
É como a visão bela de um crepúsculo ofuscando-nos de deslumbre e encanto, inesquecíveis para sempre da memória pelo imenso bem-estar provocado.
Ou como o choro de um recém-nascido que dá início à sua vida sem o saber, desconhecendo o seu eu, a sua presença, por ser pura e majestosa no seu olhar com que brilha e saúda a vida, no seu modo peculiar assustado que se compreende. Intensamente! Surgiu sem equívocos! Foi feito de felicidade. Foi feito de indiscutível felicidade!

E, o seu choro, faz chorar!
Chorar de felicidade!

A pérola preciosa da vida e da felicidade surge connosco. Conquista-se com ardor. Todos os dias! Só que temos de entregar à vida o melhor que possuímos cá dentro. Mesmo que entreguemos o vazio e o nada! A Felicidade também existe neles.

Há sempre um lugar para a Felicidade!

By Poliedro, Janeiro de 2007