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Campanha do Agasalho 2009

Friday, May 30, 2008

Sei Que Tenho Uma Alma Algures! Encontrem-ma, POR FAVOR!

Encontrem a minha Alma. Por favor!
Ontem foi um dia, dos muitos que se expandem nas semanas e nos anos da minha existência.
Aguardei por ontem. Não aconteceu nada, de que eu não consigo recordar.
Talvez e só, uma lembrança. Gestos. Sorrisos.
Saudade de um tempo que passou ao ritmo da vida.
Surgiu apenas o "concerto" da minha sede de viver.
Revi tudo. Mas, tudo mesmo.
A "música" nas palavras desses lindos Seres, que me fizeram renascer, por ser eternamente bela. Por ser uma deliciosa e terna sonata ao cair doce da noite. Sentida. De afável sentir. De explendoroso Estar. De sóbrio e sensato Ser.
Um "concerto" belo! Uma melodia doce e terna adornada de carácter sensível.
Não! Não fiz nada. Não contribuí com nada, por ser tudo do nada que expresso.
Sinto-me incómodo, mas feliz, só de me ter.
Sou uma preocupação de Felicidade que não explico. Nem o admitia, nunca!
Tento explicar a alegria em mim porque sou eu que desejo com fervor explicar-me. Sem dúvidas. Com sinceridade. Com modos amáveis. Com todo o fervor que deposito em mim.
Amo as pessoas que me querem bem. Inequívoco e autêntico, o meu sentimento sincero.
Creio que não posso com a maldade. Apetece-me responder-lhes, sem ser muito urgente ou necessário em mim fazê-lo de forma imediata. Sei aguardar. Esperar, pacientemente.
Batem na capa da minha indiferença, em tudo o que construi carinhosamente. Com força e querer.
Não consigo entender a maldade. Nunca pude com ela, quando surge.
Amo o Mundo por ser decorada por gente formidável. Gente incrédula para comigo. Para o que sou.
Que respeito sempre. De outro modo não o conseguiria admitir.
Tudo o mais esqueço embuído de incredulidade por não me lembrar.
Por ter de explicar o que não consigo. E, tenho tanta coisa.
Devo-a a mim. Aos outros. Ao Universo que faz parte do que sou.
À lembrança que possuo uma pequena Alma dentro de mim.
É ponto assente, não a desejo divulgar. Não o conseguiria, de certeza.
Tirando isso, sou a Alma.
Essa contorna obstáculos. Transpõe barreiras. Ultrapassa limites.
Faz sonhar!
Sabem, o sonho nunca me abandonou. E, eu tento preservá-lo.
Sem ele, sentir-me-ia ao acaso de mim. Desorientado.
Com a posse do desencanto. Sem a garra de existir.
E, a Alma?Sei lá o que é a minha Alma?
É minha, adoro-a.
Basta essa realidade, que não sei se é real.
Nunca a vi, porque não é visível, mas sei que a tenho.Sensível.
Encoberta por um rasgo de gente que sei que gosta de mim.
Sei que transporta sonhos fantásticos, emoções, pensamentos que vivem na sinceridade e na verdade porque habitam e vagueiam na alegria de existir.
Sou sincero: Nunca vi a Alma! A minha Alma!
Todos os dias sonho vê-la. Conhecê-la. Abraçá-la. Compreendê-la.
Será que me vai dar uma oportunidade?
De a sentir! De a tocar!
Duvido, sinceramente e peremptoriamente.
Se calhar, nunca a verei com a nitidez que ela me merece.
Que traduz uma vida.
É, por isso, que o diário optimista de mim ontem, foi tão significativo.
Aturo-me. E. há pessoas que me aturam. Aturam-me no valor com que me explicam.
Até nos devaneios. Nas palavras que escrevo.Nos eternos gestos do sentimento, das emoções.
Será que vão ter me aturar até Àquele Dia final?
Não sei.
A esses, um Bem-Hajam!
São tudo para mim.
Nesses, acredito fielmente, sem equívocos.
Ainda, há pessoas que sentem como eu.
Habitam a sua Alma que não é igual à minha. Assemelha-se. Muito!
As Almas das pessoas não devem ser todas iguais.
O Diário de Ontem ficou por escrever.
Ficou por escrever no nada, do tudo que julgo transportar com carinho e dedicação.
Afinal, são tudo palavras. Simples. Sinceras. Verdadeiras.
Penso que aqui ficou muito para explicar.
Amanhã ou nunca? Pode ser.
Até lá, encontrem-me a minha Alma. Por favor!
Ela existe!
É um favor que me fazem.
Pena. "Sexta-Feira que se seguiu a uma Quinta-Feira". Julho. 2007
(Dedico este texto com uma intencionalidade sincera e carinhosa, à minha amiga: "Sol da Meia Noite", pela sua enorme sensibilidade e extraordinário sentir. Um Bem-Haja por ser como é, amiga.)
A todos os que, fazem o favor de me visitar com delícia e encanto, o meu Sincero e Sentido MUITO OBRIGADO. Guardá-los-ei para sempre, acreditem? "Preenchem-me"! Por completo!

Monday, May 26, 2008

Conheço-me. Sou Apenas Uma Pessoa Bem Real!

Sou uma Pessoa.
Tenho pretensões a Educador.Porquê?
Não sei explicar e, por isso, prefiro silenciar-me.
Não! Não sou psicólogo. Nem sei se a maravilhosa Psicologia existe!
Sim! Confesso, mesmo na dúvida, era um sonho meu.
Sempre o foi, mesmo sabendo-a inexistente ao meu olhar.
Não sei ler nos olhos as crianças que me ouvem. Sei que as respeito imenso.
É tudo!
Talvez, isto seja pura Psicologia que não existe, mas Psicologia.
Perturbam-me se lhes descortino algum sofrimento. Alguma dor.
Quando as olho, sorrio por não as entender e respeitar tanto.
Como dádivas. Como preciosidades valiosas. Como tesouros em que não se podem tocar.
Têm o seu maravilhoso e peculiar geito de Ser.
São frágeis. Muito! Podem "quebrar-se". É preciso ser cuidadoso porque vivem dentro de um sonho. O sonho como todos os sonhos pode "quebrar-se".
"Desmoronar-se". E, depois, como poderemos encontrar o futuro?
Apetece-me apenas dizer que o Mundo, o Mundo delas, foi construído para ser bom e belo.
Lido com ele, com o seu Mundo encantado, no meu dia-a-dia.
Apetece-me dizer somente, que a vida, a vida delas, merece uma vénia sentida.
Profunda! De imensa significação pelo que são.
Apetece-me que me expliquem porque não compreendo porque, às vezes, choram e fazem chorar.
De Alegria? De tristeza? De felicidade? De desencanto?
Não sei. Não entendo e, creio, que nunca entenderei?
Apenas gostava de saber. Apenas saber o que a minha interioridade sentimental me pergunta.
Nunca teria inquirido se não fosse o meu eu a questionar-me. Respeito-o. Não por ser "propriedade" só minha e, não é, exclusividade só minha, mas exclusividade do Mundo inteiro.
O Mundo que Deus criou e, não sei se acredito em Deus, foi construído para ser deslumbrante e acolhedor para as crianças.
Será assim o "Mundo" delas?"Inquebrável", por ser puro e belo. Não sei inventar! Nunca pude com injustiças.
São puras, transparentes e sinceras no que pensam, no que dizem, no que ouviram dizer e contar.
O mundo não pára. Avança no tempo.
E, eu não compreendo.
Não compreendo porque não sei nada. Nada mesmo.
Escuto-as apenas. Tento entendê-las apenas.
Entender o que sou.
Nunca esqueci um aluno na minha vida. Isso, é uma realidade.
Perguntem-lhes?
Guardo-os "inquebráveis".
Ai, de quem os "partam" e ao sonho em que "moram" e "habitam" felizes?
Não acredito na insensibilidade. Na brutalidade. Na violência contra os seus "vidros" frágeis e inseguros.
Sim! Podem "partirem-se".Porquê?
Não sei. Apenas vejo as "coisas" assim. Deste modo.
Estão sempre presentes. Apenas sei isso.
Não sei "comandar" vidas!
Não me peçam para explicar porque sou assim?
Não saberia responder.Não sei nada.Mesmo nada!
Sei apenas que há atitudes, gestos, momentos dedicados que me tornam dedicado.
Respeitador. Sincero.
E, se se "partem"? E se se "quebram?"
Elas "pertencem-me", sem me "pertencerem".
Talvez, sejam "pertença" do Mundo. De ninguém ou só delas.
Sou apenas uma pessoa!
Respeitadora. Simples. Sincera, no que quero, ambiciono e desejo.
Conheço-me. Mas, POR FAVOR, não me perguntem porque me conheço ou quem sou?
Sou apenas uma pessoa bem real que se conhece.
Apenas...!!!
Pena. Maio. 2008 "Conheço-me!"
Este texto é dedicado a todos os meus alunos. "Inquebráveis"! Sim! Do início ao fim.
Dedico-o também a todos as pessoas que sentem algo pela Educação e Formação dos jovens de hoje.
E, por fim, a todos os que com carinho e dedicação me visitam e deixam uma preciosa apreciação ao que faço e sinto. A todos, um enorme Bem-Haja de gratidão sincera e sentida.
MUITO OBRIGADO!

Thursday, May 22, 2008

Visto Heterónimos Sobre Heterónimos De Mim!!!

Toco com leveza as ideias. Toco o pensamento. Sim! O meu, que outro poderia ser?
Só estou aqui eu. Carregado de pessoas. Imensas!
Ocorre-me muita coisa. Abro o meu Mundo ao Mundo.
Feito e composto por pessoas.
A noite invadiu o meu Ser.
Olho à minha volta. Tudo vive
a pacatez do momento.
O meu filho mais novo chama-me. Isto é muito importante.
Acorro. Penso. Sinto.
Uma infindável de sensações ocorre-me.
O que irá no meu pensamento? Na pacatez do momento? O que irá no pensamento das pessoas no instante feito de instantes?
Ainda dormem. Descansam o seu lindo sentir. Adormecem-no. Embalam-no!
Ele, o meu filho mais novo representa um Universo que possuo no coração.
O mais velho também, embora sinta o seu mundo à parte, metido na juventude do que é e sente.
Ambos, conquistaram o meu Eu, há muito.
Presentei-os sempre com um afago, como afago tudo. Não costumam ter insónias.
Ele chamou-me, apenas por chamar. Para me ter presente, lado a lado com ele. Caiu no seu sono de pureza outra vez.
É dele, o sono. Onde o aprendeu? Perguntem ao Mundo?
A sua gratificante meiguice?
Não! Não tenho a meiguice deles. Lindas. Puras. Perfeitas.
Tenho a minha meiguice.
Quando os vejo sorrir, sorrio-o também. São lindos.
As suas ímpares significações representam e comportam Seres humanos imprescindíveis na minha visão do Mundo inteiro.
Figuras reais e vivas de uma enorme significação.
Tenho-os em mim e no que sou.
Olho à minha volta.
Livros. Estantes repletas deles. A sabedoria. Os títulos destacados dos assuntos que com tranquilidade escolhi. Sem fraquejar. Verdadeiros "fosséis" do estar cá.
Porque gosto das pessoas?
São gente.
Gente que possui a garra. A força. A atitude. O Ser.
Que têm todo o meu respeito e admiração. Vivem as suas vidas. São muito importantes.
Merecem tudo. O meu amor. A minha sincera solidariedade. A pessoa que sou.
Intransmissível por gostar deles. Muito? Imenso.
Abarco o significado deste instante. Único. Universal.
Tudo vive de acalmia e silêncio à minha volta.
Olho. Volto a olhar.
A profundidade do meu sentir, consegue traduzir nitidamente o que me ocorre.
Por que és assim? Sim!, eu?
Não consigo discernir a razão. Dissecá-la. Abri-la. Mostrar o meu interior que vale o que vale.
As pessoas. A gente. O meu eu. O mundo das pessoas que possuo na cabeça. Tantas!
Abarca-me, faz sentir-me real. Possuir uma existência.
Digna para comigo, digna para com eles.
Uma existência que agarro com ímpeto para não me fugir por aí aos beijos a todas as pessoas.
As pessoas? Adoro-as!
Um Bem-Haja ao que fizeram comigo, ao meu simples eu.
Vivo uma plenitude de deslumbre por amar, assim, a vida.
A minha vida de amor para dar. Signicativa. Abrangente.
Uma vida das pessoas que nutrem algo pelo que sou.
Tenho uma imensa significação em mim, pelo "Universo" das Pessoas.
Merecem-se essa significação.
Adoro pessoas!
Não sei por quê?
Talvez, por serem pessoas. Pessoas repletas de encanto!
Entrego-me ao Mundo. Aos meus. Com intensidade e fervor. Com toda a dedicação que me vai na Alma.
Sim! Com a pureza e a ingenuidade de uma criança.
Do seu primeiro grito ao nascer!
Quem sou eu?
Sei lá quem sou.
Só sei que visto heterónimos sobre heterónimos de mim.
Nunca explicaria isto sem silêncio. Sem brandura. Sem quietude.
Observo-me e observo o que me faz feliz.
Está bem. Está tudo bem como o simples desejado.
Ansiado.
Repleto de tranquilidade. Bem-estar.
Sou feliz!
Pena. Maio. 2008

Monday, May 19, 2008

O Lugar Onde Nasci!!! Jamais O Esqueci!!!

No alcatrão da estrada fazia-se calor. Ludibriei-o com coragem, mas sem excentricidades ao volante.


O "desenho" da paisagem era significativo do poder Divino. Só podia.
Acelarei um pouco o veículo, dando-lhe a energia necessária para o fazer, que me conduziu sem fim até ir parar a um lugar não ignorado por mim, mas, de certo modo, esquecido da memória da maioria das pessoas. Aquele pequeno lugarejo, que parecia desabafar, sempre me trouxera boas recordações e encantos.

Sobranceiro ao Douro, situado numa das suas inúmeras encostas que pareciam amparadas pelo rio afamado e fruto de delícias infantis, de adultos de igual maneira, resultado de trabalheiras incansáveis, suadas por gente que é gente. Eu sempre o "senti" e o "pensei" assim.

Lugar ímpar de beleza situado nas encostas do afamado rio Douro sonhado e idolatrado por
muitos e ignorado por poucos dada a sua imensa ternura fantástica e capacidade de "entrada" soalheira de um Sol maravilhoso. De deslumbrar, graças a Deus.

A local amado e estimado de sempre!

O lugar de ontem. De hoje. De amanhã. De sempre.
A vida deu voltas e voltas, mas aquele lugar permaneceu. A vida? Fora-se, mas ficou o espaço. As casas. Os campos. As vicissitudes do seu povo e das suas gentes afáveis. O amor que não tem preço, por ser incomportável! Desmedido. Grandioso.

O seu nome repousa em mim secretamente, por amor ao lugar.
Os campos, outrora trabalhados com ardor, asseados, cultivados e resplandecentes, estavam agora desertos. Abandonados. Ao triste acaso.

Um acto que entendo tão bem. Demasiado bem, por entender a atitude!
Os seus habitantes haviam-se "levado" para o estrangeiro na busca de melhor qualidade de vida. Entendo esta atitude na perfeição e, compreendo a ansiedade do gesto daquelas suas gentes sofridas, pondo-o em prática, em evidência visível, tentando levar a cabo um acto concretizado numa profunda dor. Destaco: Numa profunda dor!

Só eles a saberâo, mais ninguém. Confidências silenciosas e preciosas de um valor intenso e imenso guardadas para si.
Guardados com chave de ouro na lembraça de um dia poderem regressar.
Disso, não tenho a mínima dúvida. A mais breve hesitação
, sequer.
Não me poderia passar pela cabeça outra coisa senão esta.
Senti um aperto no peito. Que saudades do tempo do passado! Como tudo estava agora diferente!

O empedrado da estrada era mais um caminho acidentado repleto de buracos e fissuras perpétuas no asfalto agora deixado ao triste e desamparado acaso.
Tanto havia sido prometido àquelas gentes, um "tapete acolhedor" que lhe desse a vida merecida. Condigna. São assim as eleições para a liderança da autarquia: tudo prometem, nada concretizam.

Promessas. Só promessas! Que enganam um povo sincero, humilde, trabalhador e honesto.
A casa, a casa que fora de sonho em tempos idos, não aparentava nem por sombras, o que viveu, as conversas que escutou, as confidências que as suas paredes sigilosamente guardam e continuarão a guardar para si. Só para si. Só para o seu interior. Necessita com urgência de arranjo. Está quase a desmoronar-se sem o merecer. Sem o desejar.
Nunca!

Dei a volta com o automóvel no chamado Largo do Relógio, cujo relógio de Sol oferece a designação e dá o nome ao Largo, sem o ver, o ancestral relógio.

Havia desaparecido.

Teria "sido levado" também? Como era ancestralmente, exemplo de orgulho das suas pessoas. Acolhiam-no pelo fulgor das horas solares precisas. Exactas. Belo e propriedade dos seus habitantes, que falava pelo sol a hora do dia, pude constatar algo perturbado e intrigado, pela sua ausência soprada e constatada em mim. O Largo perdera um amigo do peito, a sua maior significação e, companhia inseparável, de um tempo infinito que não pára.

Eu, parei.

Para meu espanto, vieram três pessoas, silhuetas humildes e olhares de espanto, ao meu encontro.
Eram as "três" uma família enorme. Para mim, eram!

Saudaram-me. Verifiquei com admiração que me olhavam, olhar bem direito e "levantado". Adorei!

De imediato, sem dar tempo a que pudesse esboçar qualquer gesto, conduziram-me a uma casa em construção. A casa sonhada. A casa ambicionada. A casa que sempre ambicionaram na sua rica imaginação de pobres economicamente, mas ricos e gigantes nos sentimentos e formas de ser.
Deixei-me levar. O que me estava a acontecer era enternecedor, mágico de encanto que causava um imenso bem-estar e alegria, que não lhes ocultei. Nunca o faria, por amor a tanta bravura, a tanta luta, a tanta felicidade.

Notei o jovem. Não teria mais de treze anos e frequentava a escola, sem nunca esquecer as lides do campo e a ajuda à família em tudo.

Tinha um computador! Um computador onde escrevia. Disse-me que a sua vida também morava e passava por aquele aparelho. Pago a prestações com suor e trabalho fora do tempo passado na escola.
Escrevia.
Escrevia nele. Escrevia sonhos. Escrevia histórias.

Na casa, que crescia aos poucos, lentamente, tinha os seus livros e os seus sonhos.
Requisitava-os na escola e lia, sôfregamente, à luz de uma lâmpada difusa e pouco clara, à noite, para os entregar de novo dentro do prazo estabelecido, sem pagar quaisquer multas.

Revi-me naquele jovem sonhador e fiquei extasiado de encanto. Se se regressasse
no tempo:
Era o modesto eu!
Notei naquele pequeno Ser algo imperturbável, algo inteligente, muita vivacidade, muito amor aos seus e amor aos sonhos, que passavam por aquele computador. Por aqueles livros. Pelos rascunhos da sua escrita.
Sim! Fiquei deslumbrado parecendo ir desmaiar de alegria e arrebatamento.
Falou...Falou...Falou...Encantou o que dizia.


E, quando me despedi cordialmente para regressar à pacatez do que sou, sim!, notei-lhe um "Brilhozinho" nos olhos. Aquele cintilar puro e sentido era Diferente. Diferente, porque era Especial. Havia neles vida. Inteligência. Alegria. Magia. Sonhos puros. Ideias.
Agradeci a Deus e ao que Ele fez. Agradeci tê-lo conhecido! Agradeci por presenciar um Ser Humano Feliz. Eternamente Feliz! Humilde, mas eternamente feliz.


E, eu adoro ver pessoas felizes. Fico também feliz.
Não sei se por contagio ou outra coisa qualquer que não consigo definir por se torna difícil de definir.


Quanta Felicidade ia no rosto daquele jovem. No seu olhar destemido e erguido aos céus com valentia, auto-estima poderosa e amor à existência dele e dos outros.
Regressei a casa, sem olhar para trás agradecido a Ele e, pensando:
Jovem, mereces tudo. Mas, tudo!

E, fiquei prostrado com este episódio real de eterno deslumbre de uma vida!

Valeu a pena recordá-lo para sempre.
pena. Junho. 2007 "Viajando por Trás-os-Montes-O Lugar Onde Nasci"!!!

Friday, May 16, 2008

A "Minha" Escola Que Não É Só Minha...!!!

A "minha" escola que não é minha, tem adolescentes formidáveis. Não é minha, porque não a comprei. As escolas não se compram. Só tento lá fazer, o que tenho obrigação de fazer. É um dever meu. Somente.
Eles acarretam um pouco de tudo o que é maravilhoso. Fantástico!
Não são Alunos de um, qualquer um. Têm brio. Para mim, têm o poder de surpreender. Têm uma Alma.
Estes Alunos, que não são só meus, mas de outras pessoas também, "respiram", vivem na imensidão de deslumbre que os faz "respirar". Estão bem vivos. Alertas. Sóbrios. E, são dotados de uma ímpar sensação de viver. Sentir e Amar também.
Por que serão assim?
Porque os defino e sinto-os em mim assim.
Só lhes vejo qualidades, aptidões, capacidades. "Transportam-se" sem defeitos assinaláveis ou muito significativos de críticas negativas. Não têm defeitos que se vejam, só para ver e encontrar. Não!
A minha escola que não é de um, qualquer um, Ensina. Ensina, a Vida. O Viver. E, eles sabem isso. E, Aprendem. Entregam-se. Suam lágrimas esforçadas, mas simples e plenas de alegria de viver. De existir porque existem. Vão à "luta", numa "luta" sem fim.
Ninguém pode dizer mal daqueles Alunos. Ninguém pode dizer mal, dos "meus" alunos que não são "meus".
Sei que não são só meus. Mas, também são meus. Ai, disso estou certo. Não! Não tenho dúvidas.
A "minha" escola que não é minha, tem alunos com valor. Quase todos. Ou melhor, todos. Sim! Sem excepção.
A minha escola que não é de um, qualquer um, Educa. Faz "apregoar" a Educação.
Vê-se nos seus sorrisos. Vê-se nos seus olhares. Vê-se nas suas expressões faciais. Vê-se "dentro" deles.
Quando entro na minha escola fico alegre só de os ver. Lindos! Sim! Já disse, Todos eles!
Como amo a "minha" escola. Não! Não vou comprá-la. Vou amá-la. Com tudo o que possuo. Com Amor.
Os "meus" alunos, que não são meus, expressam o que de melhor possuem em si. O que de mais belo lhes vai no coração doce e terno. Fazem que páre para ouvir e compreender o que lhes lá vai.
Defino assim, a "minha" escola, que não é de um, qualquer um.
Se tivesse dinheiro, comprava-a.
Sim! Seria só para mim.
Porque a compreendo. E, compreendo os meus alunos.
Pena.Junho.2007" A Escola que não é de um, qualquer um".

Monday, May 12, 2008

Como A Percebo, À Noite!!!

Um crepúsculo de deslumbre, já há muito se dissipou no horizonte.
Imponente. Majestoso. Belo!
Ganho tempo. Muito tempo. A observar a noite.
As suas sombras inconfundíveis.
Fantasmagóricas, na maioria das vezes, mas que me preenchem por completo.
Hoje, neste preciso instante seguido de outros instantes habito a noite.
Moro nela. A noite alberga-me. Acolhe-me. Abraça-me com a sua bela cumplicidade.
Os ponteiros dos relógios pararam há muito, para mim. Mesmo há muito.
É tarde, eu não vejo como.
É leal. Nunca contei as horas.É afagante. Provoca-me uma sensação doce. Linda. A noite é linda.
Sinto que vai ser mais uma noite branca. Exalto de emoção pela sua amabilidade. Sentida. Vivida. Existente em mim.
A escuridão acolhe-me no seu seio de ternura. Alegre. Bem disposta que até me faz sorrir.
A noite faz-me sorrir poque a vejo sorrir com o seu inconfundível trejeito de sorrir.
Aberto. Amigo. Bem perto do que sou.
Essa escuridão de que falo e sinto, provoca-me um bem-estar enternecedor que acolho aprazivelmente.
Conquistou-me. Enlaçou-me.
Absorveu-me. Fez dar vida às palavras. Aos actos. Ao ritmo cardíaco de existir.
Faz pulsar forte o meu coração. O meu pensamento. O que vai em mim com beleza.
Uma pacatez bela!
Não admite, não consente, a fadiga, eterna e doce companheira de que não prescindo.
Jamais!
A eterna felicidade do Ser. Do eterno Sentir. Do deslumbrante Estar!
Olho à minha volta. Discreto. Posso agir incorrectamente sem o desejar.
A escuridão alumia-se por entre uma melodia e uma lâmpada acesa de escuridão.
Olho, de novo.
A minha visão abarca bem o que sinto. O que penso. O que faço.
Sinto necessidade de dar vida ao sonho.
Um sonho belo. Incontestavelmente, belo! Entrincheirado na noite há muito ansiada.
De forma Sentida. Vivida agora.
Costumo mimar a noite.
Falar-lhe ao ouvido carinhosamente.
Costumo nunca faltar à noite.
Delicia-me.
Não! Nunca lhe faltei. E, ela a mim! Nunca!
É ponto assente. Indiscutivel.
Angustia-me pensar, sentir, um dia fazer-lhe algum mal.
Porque o faria? Nunca, à Noite! À noite nunca!
A noite reflecte o que sou!
Partilho com ela, com a sua imensa escuridão, o silêncio, Sinto-me bem no silêncio dela, da noite.
Sopra-me sussurrando, só para o meu eu, uma melodia encantada da vida.
De viver.
De viver dentro do sonho!
Sem a noite, morreria!
Morreríamos todos, creio.
Mas, eu principalmente!
Morreria por não suportar a dor da sua ausência. Intensa.
Sofreria, até sucumbir nos seus braços de acolhimento e amparo estendidos maravilhosamente para mim.
Braços doces. De magia.Que enfeitiçam. Que nos fazem sonhar.
Sonhar o possível. Sonhar o impossível.
A noite fala-me. Diz tudo. Tudo o que lhe vai. Tudo o que me vai.
A noite dá vida à vida! Com a sua presença e com o seu doce afago.
E, eu não prescindo dela.
Quatro paredes. Uma melodia terna. Uma porta. Uma janela aberta ao Mundo. Um lápis. Um papel. Uma lâmpada difusa cintilante.
A escuridão arrebatadora que se exprime e que nos presenteia.
Cúmplice do sonho. Da vida.
Amo a noite!
Obrigado noite!
E, obrigado pelo que és, pelo que sou!
Obrigado!Fico-te eternamente grato, noite!
Porquê?
Simplesmente, por seres noite!

Pena, Uma Noite Branca de Encanto. Março.2007

Thursday, May 08, 2008

A Expressividade Do Sorriso de "La Gioconda"...!!!

Quando no final do ano de 2007 visitei Paris ia com um brilhozinho no olhar.
Havia lido o controverso e discutível livro"O Código Da Vinci" do afamado escritor Dan Brown. Queria conhecer o Museu do Louvre. Descobrir a atenticidade do surpreendente sorriso da"Mona Lisa" de Leonardo Da Vinci.
Quando entrei no Louvre não a vi de imediato.
Também não podia surgir ali ao acaso, só para preencher a minha ânsia.
Eu evidenciava algum nervosismo. Era um sonho que se sonha só de vez em quando.
Especial mesmo, acreditem?
Daqueles que não se sonham, realizam-se com prontidão e querer.
Segui "placards" atrás de "placards" indicativos por temáticas e artistas famosos, mas eu sabia o meu desejo. Sou persistente naquilo que quero e ambiciono concretizar.
Empenhado e obcecado mesmo. Irreflectido e com o olhar fixo no meio da cabeça que possuo, direccionado para o que desejo. Talvez, alguma doença "viva" em mim e no que sou, sem eu saber ou conhecer.
Vou pensar nisso, a sério.
De súbito, sem placas, vi um ajuntamento de turistas disparando através de sofisticadas máquinas digitais fotográficas "flashes" sobre " flashes" em frente a um quadro consideravelmente distante deles.
Aproximei-me, interessado.
Era um quadro barrado por uma segurança enorme. Aparatosa e com uma corrente que parecia não ter fim que lhes impedia a apoximação exagerada.
"La Gioconda"! Ei-la, surgiu-me ao olhar incrédulo.
Olhei e olhei.
Era um quadro de dimensões reduzidas. Pequeno e inofensivo, creiam.
Tão insignificante, mas plenamente expressivo.
Um sorriso comedido, mas que cintilava de pureza bela, mesmo na sua insignificância de deslumbre. Uma expressividade doce.
Passei ali a manhã. Olhando. Observando. Vendo.
Que sensação inacreditável. Simples, até.
Como um quadro deve ser ao olhar que percepciona a singeleza. Naturalidade. Beleza.
Emitia um sorriso convidativo tão expressivo. Pareceu-me triste/alegre. Apelativo/sereno.
Presente/distante. Emotivo/sem emotividade.
Especial. Sim! Especial. Digno na sua dignidade. Puro na sua imensa pureza.
Precisamente como eu estava, contagiado.
Quando decidi sair dali, dei dois passos, mas regressei logo, outra vez.
Tentei ir-me embora, mas voltava sempre bem perto dele, do quadro famoso.
Havia algo.
Desenvolvi aquele procedimento pelo menos quatro vezes. Não as contei.
Quatro. Cinco vezes. Não consigo precisar.
Nunca mais esqueci este instante.
Tiveram que "puxar-me".
Fui então embora, contrariado, mas feliz.
Viveria eternamente ali.
Um dia depois, regressei ao meu belo País, embevido em fascínio e encanto.
Agradado e satisfeito.
Surpreso pela simplicidade da teia complexa/simples da bela "La Gioconda" dos meus sonhos.
Quando o avião aterrou, perpassou por mim uma acalmia imensa.
Como a do quadro transmite.
Adorei!
Como instante ímpar e único, penso não voltar a vê-lo.
Fiquei estarrecido, uma vez, posso contar aos que me irão suceder na minha hierarquia familiar.
Aconselhá-los-ei a visitá-la.
Sem dúvidas. Eu,não!
É demasiado bela!


"Lillian Schwartz, cientista dos Laboratórios Bell, sugere que a Mona Lisa é na verdade um auto-retrato de Leonardo, porém, vestido de mulher. Esta teoria baseia-se no estudo da análise digital das características faciais do rosto de Leonardo e os traços do modelo. Comparando um auto retrato de Leonardo com a mulher do quadro, verifica-se que as características dos rostos alinham perfeitamente. Os críticos desta teoria sugerem que as similaridades são devidas ao facto de ambos os retratos terem sido pintados pela mesma pessoa usando o mesmo estilo."
Pena. Dezembro de 2007. "Quando visitei Paris". 21horas25m e cinquenta segundos de uma vulgar Quinta-Feira.

Saturday, May 03, 2008

Dedicatória Aos Alunos (Uma Despedida Que Me Sensibilizou)!

Diário de um Professor (Dedicatória aos Alunos)
Chegou a hora da despedida!
Levo no meu coração os vossos sonhos de crianças puras, sinceras, transparentes.
Vejo-vos como flores a desabrochar num jardim muito belo que jamais sairá da minha memória.
Sei que barafustei, berrei, zanguei-me.
Sei que não tinha esse direito, mas os adultos são assim!
Permanecerá a lembrança dos vossos rostos sempre sorridentes e felizes que compreendiam tudo silenciosamente que acalmavam a minha injusta conduta de "adulto" para convosco.
Acima de tudo vejo a amizade, o carinho, a enorme ternura que sempre senti por vós.
Por todos vós!
Não esquecerei nem um de vocês, podem estar certos disso.
O eterno rosto pessoal, um a um.
Estou plenamente convicto que nesta hora do adeus apetece-me levar-vos para sempre comigo, prender a vossa atenção a tudo o que aconteceu e, acima de tudo, pedir-vos DESCULPA.
O meu pedido de desculpa prima por ser autêntico, verdadeiro, sincero e, sei que todos vós, sem esquecer um, me perdoará, com um abraço sem mágoa, sensíveis como sóis não só nas tristezas, como nas alegrias da vida.
Fostes traquinas, irrequietos, mas isso só vos dá um valor incalculável por amardes e nutrirdes pela existência uma riqueza desmedida.
As vossas brincadeiras são fruto da vossa tenra e doce altura para o fazer.
O vosso irreverente comportamento foi alvo de comentários em todos os pontos da escola. Talvez, não tivessem outro assunto para conversar.
Para mim, como educador, felicito-vos pela compreensão, resignação e alegria com que aceitastes as minhas censuras aos vossos actos, talvez menos correctos, que assumi para convosco para melhorar a situação, embora, por vezes, a dureza das palavras exigisse outra solução mais entendedora e calma.
Cada gesto, cada palavra, cada som, cada atitude vossa, serão preservadas como um tesouro imenso, uma riqueza incalculável, no meu colo e no meu coração.
Nesta hora da despedida, só me ocorre uma frase:OBRIGADO E ATÉ SEMPRE!
Tenho um olhar fixo perante o Vosso encanto.
De cada um.
Um a Um.
(Dedicatória aos Alunos do 6º Ano - Turma H da Escola onde trabalho e era Director de Turma).
Ano Lectivo de 2005/2006
Pena. Junho.2006
Sensibilizei-me, acreditem? Abracei-vos individualmente, comovido e emerso em emoção.
A minha emoção sentida.
Profunda! Jamais ignorada.
Esta dedicatória é direccionada a todos os Alunos/Pessoas do Mundo.
Uma "relíquia" que preservo no que sou e sou assim.