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Campanha do Agasalho 2009

Wednesday, July 25, 2018

És E Serás Sempre A Sombra Do Meu Eterno Amor!

A tua ausência…Faz-me sentir vulnerável.
Omisso do mundo. De um mundo que adoro, mas não entendo.
Fazes-me contar as estrelas lá no Alto. Uma a uma. Como são belas.
Observo-as de forma intensa. Apurada.
Assusta-me percorrer a vida sozinho. Podes estar certa.
Sem estar sozinho. Custa tanto. Tanto.
De um aprazível sonho maravilhoso De um sonho fabuloso repleto da tua magia e ternura. Imensa. Que me cobre. Que me acolhe. Que me delícia.
Que sei que nunca soçobrará. Quanta doçura plena me torna irreal
Se eu me pudesse explicar? Se eu pudesse explicar a vida? Se eu pudesse explicar o planeta onde existo e em que habito? Na paixão doce de um afago.
Sinto-o em mim. Na profundidade da minha escrita de Alma sentida e presente. Com um carinho grandioso. Com uma sensatez sublime. Só para o teu encanto florido e manifesto de uma beleza e pureza gigantesca.
És E Serás Sempre A Sombra Do Meu Eterno Amor!

António Pena Gil
Obrigado, amigos.

Tentaram roubar-me a Alma. Ainda bem que já a “encontrei”. Como sempre foi.
Nunca fiz mal a ninguém. Vivo o meu quotidiano. Como posso. Sei e consigo.
Ajo sempre fiel ao que sou. “Discuto” muito com o meu eu. É meu. Sim? Têm razão. Também sou capaz de não me perceber a mim mesmo?
Que hei-de fazer, sugiram-me?
Nunca me vi de outra forma. Como poderia ser de outro modo?
Mais “real”? “Concreto”? Despindo os sonhos e a irrealidade de que me componho?
Sei que sou complexo. Difícil. Controverso, mas afável. Tento…tento na minha identidade assumida “encontrar-me” a cada crepúsculo que busco e rebusco, a cada instante, a cada momento, do meu sonhar. Habito sonhos que contemplam um Firmamento doce. Perfeito. Definido de simplicidade que me encanta. As estrelas. As inúmeras Constelações. Os Astros todos lá no Alto enternecem-me. Fascinam-me. Adoro o “Céu”. Adoro “roubá-lo” ao Criador. Às vezes só para mim. Fujo agarrado a ele. Bem apertado a mim. Ao que consigo ser. Sentir. Estar.
Quase sempre nunca me arrependo de ser simples. Discreto. Despercebido por ausência de entendimento.
Mas, Por Favor, nunca tentem “levar-me” a Alma? É pura. Não ofende.
Não fere ou magoa ninguém. Nunca o faria.
Prefiro ver-me sofrer do que ver os outros na dor. Na imensidão do seu normal existir de sofrimento. Do que sentem, pensam, são e amam.
Possuo dois filhos que sorriem, terna e constantemente para mim.
Adoro que me sorriam, como o fazem. Meigamente. Com beleza e pureza do seu Ser. Franco. Aberto. Livre. Delicioso. Feliz. Repleto de bem-estar. Bonomia.
Eu retribuo sempre. Isso nunca o esqueço, podem ter a certeza.
Mas, POR FAVOR, nunca tentem “roubar-me” a Alma. Nunca!
Nem por brincadeira!
É que sou demasiado sério.
Ainda bem que já a “encontrei”.
MUITO OBRIGADO!

Pena
Dia 08.12.2009. 01horas.

Tuesday, July 24, 2018


E, Eu, Abro O Pensamento Ao Planeta.

Nunca rezei. Creio nunca ter rezado. Falo à vida com ternura e encanto vosso. Que de certeza Ele concorda e aceita. Na sua Dádiva ímpar e de excelência enternecedora e de deslumbrar.
Sussurro-Lhe  tanto, tanto…
Falo-Lhe com sentimento e bem-estar. Só eu e Ele e Ela.
Sinto-me bem  com  o existir da vida. Da minha vida.
Será que poderei?
Não! Ninguém se importa que eu fale com Ele.
São extraordinários. São majestosos e perfeitos perante uma conduta de sonho e de fascínio secreto e magnificente que me comove e sensibiliza.
Eu, apenas escolho um lugar onde viver. Em paz comigo e em paz com os outros.
E, este sentir, encanta-me e maravilha-me. É lindo e puro. Que ninguém pode saber?
E, eu agradeço. Não necessito de saber as horas exatas. Vejo-as. Sinto-as por um doce estar. Existo numa necessidade concreta e preciosa. De uma harmonia e sossegada e de estarrecer.
E, Eu, Abro O Pensamento Ao Planeta.

Ainda estou vivo e existo, sim, amigos fantásticos?
António Pena Gil
Obrigado.

Monday, July 23, 2018


Um Tiro de que fui o alvo


Nisto um silvo furou o ar. Olhei para baixo e vi uma mancha de sangue mesmo abaixo do meu joelho do formato de uma bala.

Fora atingido!
Eu brincava com o meu irmão nos descampados térreos, anexos ao bairro de habitação económica de Alves Roçadas, onde habitávamos com os meus pais.

Recordo-me perfeitamente que há quarenta anos atrás, a minha querida cidade de Vila Real que foi o meu berço e, perpetuou a minha existência, espraiava-se num imenso descampado aos meus olhos, abdicando do fator civilizacional, longe das suas intempéries desumanas e do falso torpor de progresso a que assisto nos dias de hoje.

A minha cidade cresceu e transformou todos os atos e condutas, impondo uma outra forma de vida e uma outra maneira de abraçar o quotidiano das suas simpáticas pessoas. Sei que foi inevitável, mas a pacatez, a calma e o silêncio das suas ruas, a aguerrida forma de luta dos seus habitantes não se dissolveu, mas teve que adaptar-se à cidade que era a sua. Se nascesse nos dias de hoje, teria forçosamente uma infância totalmente diferente da de outrora.

E, se vivo nesta encantadora cidade, é porque lhe tenho um imenso amor, a ela, e às suas ancestrais tradições que coabitam comigo orgulhosamente, ostentando uma força avassaladora, inesquecível, como num sonho muito belo e real. Adoro a minha cidade pelo que foi e pelo que aprendi com ela. Ela constitui um reduto escondido na minha memória e uma paixão que abraço afetuosamente quando falo com ela, quando falo dela.

É a minha doce e terna cidade que admiro e em quem inspiro todos os meus sentimentos e emoções, pois, tenho a certeza absoluta que os preservará no maior segredo, lacrados e selados de suor e de sangue e misteriosamente conservados no seu seio mais íntimo e secreto.

Quando olho para trás e vejo que vivi sempre aqui, entrincheirado no cheiro das suas inúmeras vielas e absorvendo a sua plena hospitalidade, a hospitalidade do seu povo, sinto raiar nos meus olhos uma alegria e um contentamento desmedidos que vale a pena contar aos meus filhos, aos meus netos e a todos os que agem com verdade e sinceridade, solidários e, prontos a entregar-se de braços abertos a esta gente trabalhadora, sofrida, mas sempre lutadora e honesta.

Como assumido transmontano e, que dizer da Serra do Marão, sobranceira à cidade? Para mim definem-na as palavras: Imponente! Magnificente! Protetora! Vigilante! Bela!
A Serra do Marão parece abraçar e defender com carinho e com a sua imensa beleza a cidade que tanto ama, que lhe dá razão para existir, sentir, tocar e apaixonadamente viver. Sem palavras!

Mas, regressemos à minha infância, à minha infância passada nesta cidade.
Lembro-me que eu e o meu irmão espreitávamos pela janela de casa, esperando ansiosamente que não houvesse vivalma para descermos à rua com o intuito de brincar. Nunca compreendi muito bem porque não alinhávamos com os rapazes dali, mas sinto e estou persuadido a afirmar que não gostávamos lá muito deles. Também não tínhamos nada contra, mas era assim que agíamos!

Ao aperceber-me que levara um tiro, ainda vislumbrei ao longe um rapaz alto, esguio, armado com uma arma de pressão de ar. - Andaria à caça em plena cidade? Mas eu não era nenhuma presa animal? - Pensei para comigo, confuso e com dores no lugar onde fora surpreendido daquela maneira. - Assim como me atingiu no joelho, poderia ter-me acertado num olho ou até na cabeça! – Pensei, ainda incrédulo pela situação algo invulgar de que fora alvo.

Quando olhei de novo para o sítio onde o rapaz se encontrava ainda há pouco, pois, parece-me que o estou a ver, que estou a ver a sua silhueta não identificada, constatei que tinha desaparecido. Ainda hoje, desconheço essa figura que me alvejara e por pouco não havia terminado com a minha existência. Eu, que não fazia mal nem a uma mosca e que tentava sempre agir com sobriedade e bom senso, a muito custo diga-se em verdade, numa atitude esforçada para o conseguir! Arranjei sangue frio, não sei como, para rastejar até casa.

Quando a minha mãe se apercebeu do meu mal, entrou em pânico. Não pediu explicações e não fez nada, aterrada que se encontrava. Pensou baixo: - Tudo acontece a este rapaz! Um tiro, não lembraria a ninguém! Um tiro, parece de loucos! Que irá ser no futuro este homenzinho!

Aconchegada na sua inação e nos seus pensamentos esperou pelo meu pai e pela serenidade que este demonstrava sempre que me acontecia alguma coisa. Lá pensaria para ele que éramos jovens traquinas, em idade para o sermos. O meu pai compreendia as nossas diabruras e, quando chegou, não se preocupou com o acontecido para nossa surpresa. Um tiro é um tiro! Mas ele reagiu bem e levou-me, imbuído da maior calma, à casa de Saúde, mesmo ao pé de nossa casa.


O médico que estava de serviço examinou-me, cuidadosamente. De pronto fez o diagnóstico. Levaria uma injeção anti tétano como precaução e a bala conservar-se-ia no seu lugar. Diagnosticou mais, que não seria operado e que o projétil acabaria por se desfazer no meu joelho com o passar do tempo. Suspirei de alívio e o meu pai penso que também, embora não o demonstrasse.


No dia seguinte, levei a injeção recomendada, das mais dolorosas que até agora me foram administradas e, fiquei pronto para continuar a assustar os meus pais, com o meu permanente comportamento irreverente, próprio da infância turbulenta que eu vivia e que fazia questão de se instalar em mim sem hesitação ou dúvida porque eu era assim. Nascera já assim!

Não havia solução para o meu caso, nem remédios que me curassem!
Por coincidência ou ironia do destino, mais tarde sopraram-me ao ouvido que o meu médico salvador era, nem mais nem menos, que o pai do atirador. O atirador furtivo desta cidade, agindo em plena cidade, nunca o vi, mas vozes afirmaram que se tratava de um adolescente e, um adolescente enfrenta o perigo, enfrenta situações inesperadas, vive problemas de identificação com alguém ou consigo próprio, em resumo: faz asneiras e comete erros! Eu compreendia os erros dos outros que eram os meus erros. Nunca lhe levei a mal o seu ato.

Compreendi-o! Respeitei-o porque se calhar não morri ou não fiquei atrofiado de algum mal.
Por outro lado, que contas prestaria à sociedade aquele progenitor, ilustre figura da cidade de Vila Real, pelo ato violento, grave e impensado do seu filho e educando? E a sua educação estaria a ser correta?

Um sem número de questões se levantaria por certo, que serviriam somente para o atormentar e desacreditar. E isso, eu não desejava a ninguém! Eu era dotado de escrúpulos morais suficientes para entender o que um escândalo deste género poderia desencadear. Nunca soube se este segredo, dito em surdina, correspondia à verdade, mas também não fiz nada para o clarear ou desvendar.


Não sei se agora, tão distante daquele momento, para mim inquietante e insólito, o chumbo ainda se encontra instalado abaixo do meu joelho, mas permanece a lembrança desta situação que sinto vivida por mim e pela sua controversa expressão de incredulidade, acontecida naquele instante, na plena cidade de Vila Real e que não se dissipou da minha memória.

Até um tiro levei! É o que eu designo como uma infância verdadeiramente atribulada de que não tinha culpa! Nenhuma culpa, apesar de só fazer asneiras que o meu adorável pai compreendia e resolvia de imediato, com uma calma ímpar e sempre sorrindo de uma forma cúmplice, sincera e amiga! Nunca entendi o porquê, mas também nunca pensei nisso. O seu sorriso salvador e bem-disposto bastava para eu o adorar! E adorar mesmo! Como reagiria um pai, vendo um filho atingido por um tiro? Desculpem, mas só o meu pai! O meu terno e adorável pai!
António Pena Gil , Fevereiro de 2005

Sunday, July 22, 2018


Como Te Adoro, Meu Amor! Carta ao teu Ser.

Amor: Sussurras-me e murmuras-me confidências só tuas. Só minhas. Só nossas. Posicionas-te sempre a meu lado nas adversidades e contratempos. Como és tão linda e tão maravilhosa. Abarcas-me com a tua pureza e encanto. Não só deslumbras-me como me conquistas com a tua pureza e belezas imensas.
Amor: És deliciosa e isenta de maldade ou iniquidade. Vives como uma magia e um apreço desejados de compreensão e fascínio que me faz agradecer-te por seres ímpar e majestosa.
Só tu consegues entender-me. “Recolher-me” na tua sinceridade e notoriamente em ti. Como te adoro e amo. O teu significado existencial vive em mim. Com paixão. Com a tua principesca forma de ser muito bela que “exige” uma vénia sentida e manifesta de todo o meu carinho que é para ti.
O Amor fala. Comove. Sensibiliza.
O meu amor por ti reside na tua ternura. Como te oiço e sou. Como meigamente te escuto atenta e eficazmente do teu harmonioso e sensato ser e sentir lindos e “entrincheirados” na tua proteção mítica e sublime. De pura ingenuidade  doce e magnificente.
Nunca me deixarias ao acaso da vida. Nunca me deixarias só. Nunca “existirias” sem mim. Sei “isto” pelo amor que nos une há muito.
Os nossos filhos sabem-no. Talvez, quisessem que o amor fosse assim. Irrevelável. Só teu e meu. Oriundo de duas Almas de enanto e magia pura e terna. Tranquila. Afável. Doce.
Numa paz duradoura. Sensível. Perfeita. Eterna. Sem ti o sossego e bem-estar de excelência se dissipariam e desapareceriam de imediato.
Como te adoro, meu Amor. Carta ao Teu Ser.
Obrigado, amor. Fascinas, sabes?
António Pena Gil