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Campanha do Agasalho 2009

Saturday, December 26, 2009

Recordações de Infância. Ri-me a valer...É tão bom recordar...!



O choro áspero e irritante da bebé vinha do quarto escuro, onde eu costumava estar a meditar, entregue às delícias da pacatez e do silêncio.
A bebé era minha prima.
Chamavam-lhe Pilha nunca soube por quê?
Eu teria 5 ou 6 anos, não me recordo bem?

A ajuda provocada por aquele chamamento incomodativo tardava. Ninguém parecia incomodar-se ou preocupar-se.


Decidi que tinha de ser eu a agir de imediato.
Ela invadira o meu território e ainda barafustava.
Primeiro, pensei em cometer um crime, mas depois apostei, somente, em silenciá-la, mas eficazmente.

Saí da cozinha com duas rolhas na mão e dirigi-me para o meu refúgio, onde ela se encontrava, usufruindo do meu recanto exclusivo para pensar. Não hesitei. Acerquei-me dela e do seu protesto e, sem sequer pestanejar, meti-lhe com perícia e destreza, uma rolha na cavidade anal e outra na cavidade bocal.

Aquele gesto surtiu efeito.

A Pilha calou-se!
Quando pensava que o barulho havia terminado, constatei que toda a minha família corria desenfreadamente à minha procura. Pensei que, como era habitual, o silêncio jamais seria reposto sem a minha prestação.
Enganei-me, por completo.

Após ter deixado o quarto, a minha Tia Lena não gostou nada da minha intervenção e avisou a família do meu acto. Incrédulos, correram todos no meu encalço, prontos a fazer justiça.

Queriam matar-me! Encetaram a perseguição.

Minha mãe blasfemava contra a vida.

Meu pai resmungava com todos, porque queria sossego. Minha Tia gritava: - Onde está o Peninha? Só poderia ter sido ele! Agarrem-no!
A princípio, consegui esquivar-me do castigo, mas quando minha mãe me encontrou e eu confessei o crime, bateu-me onde eu tinha enfiado a primeira rolha na minha prima, com quanta força e genica tinha.

Aprendi a lição, embora pensasse sempre que praticara um gesto de solidariedade, com direito a recompensa, perante uma família que não zelava pelo silêncio e meditação necessários ao seu bem-estar, nem compreendera o acto destemido e útil que eu praticara para pacificar toda aquela gente do barulho incessante que se fazia ouvir. Eu não era mauzinho como todos diziam.

Só queria um pouco de paz pensei, comigo próprio, indefeso e inconformado.

Lembrem-se, POR FAVOR, eu teria 5 ou 6 anos. Não existia o intuito de fazer mal.
Só mora a maldade em quem a vê como tal. Com aquela idade...?
OBRIGADO! Pensem...!
E Riam imenso, se o desejarem...!
Pena

(“Isto” estava perdido. Encontrei-o por acaso.)
Pena.26 de Dezembro.2009.12 horas.

MUITO OBRIGADO PELO VOSSO ENCANTO.
ESTOU-LHES ETERNAMENTE GRATO, AMIGOS (AS) PELO CONSTANTE CARINHO.
BEM-HAJAM!

UM EXCELENTE FIM DE ANO DE FELICIDADE PARA TODOS!
QUE O ANO NOVO DE 2010 SURJA REPLETO DE BEM-ESTAR E AGRADABILIDADE IMENSA PARA TODOS (AS).
OBRIGADO.

Tuesday, December 22, 2009

Um Santo Natal!


Neste Natal desejo-te uma imensidão de desejos concretizados e felizes.
Para os corações desencantados que Deus lhes dê força para conseguirem alcançar o bem-estar e harmonia que desejam.
Para ti que me lês, um carinho, uma dedicação, um afago. São sinceros e autênticos, acredita?

Que a bonomia das pessoas compreenda e acredite nos teus maravilhosos sonhos. Mesmo aqueles sonhos que a vida “destroçou”. "Apagou" dos seus corações extraordinários.

Mesmo sonhos irreais teus que eles sejam.

Sonhos de Paz. Solidariedade. Ternura. Amor. Profundos. De significação imensa. Plena.

Que abarque a tua Felicidade. A tua tranquilidade interior e exterior.

FELIZ NATAL e um ANO NOVO DE 2010 diferente. Melhor.

Mais acolhedor e dialogante. Na busca incessante da harmonia repleta de beleza, encanto e pureza que sei existirem em ti.

Um Bem-Hajas pelo teu encanto.

A Alegria também existe em todos. Em ti. Cativa, sabes?

Está bem?

Um Santo Natal!

Pena

Pena.Natal.2009

OBRIGADO por todo o carinho, dedicados visitantes.
Bem-Hajam! Adoro-Vos!

Monday, December 14, 2009

Natal: O Espírito da Amizade


Natal: O Espírito da Amizade



Acordei com um espírito da amizade grandioso e arrebatador. Eram os termos correctos. Encontravam-se vivos e presentes em mim. Conquistavam-me!

Eram bem visíveis.

Eu, que nesta quadra, regresso sempre à infância. Sei lá se nunca sai dela!

Eram dez horas e sete minutos da manhã. Fazia frio. Só assim explico o ambiente de Natal.
Sim, o frio é importante. Só assim se consegue explicá-lo, senti-lo!

Pensei como era feliz. Feliz porque na época de Natal, todos transportam sorrisos.

As pessoas transportam sorrisos e alegria neles, porque é Natal. Explicam-se assim. De forma jovial e amiga. Necessitam de instantes alegres, mesmo aqueles, mesmo aquelas pessoas, que ao longo do ano nunca emitem um sorriso como o fazem agora.

A magia do Natal, dos seus preliminares, agarra os corações de todos, mesmo daqueles que o perderam há muito. Mesmo daqueles que procuram descobri-lo e encontrá-lo, apalpando-o no vazio. Onde devia estar e não está. No vazio do olhar e do infortúnio que os assola pelo desencanto existencial e pleno de nada. Mesmo esses! Penso, que o encontrarão. Tenho esperança.

Não consigo entender a razão da minha euforia e felicidade nesta época festiva muito antecipada deste Dia Especial.

Só sei que é Natal e eu gosto dele! Porquê?

É Natal. Está tudo dito! Paira no ar, algo que me comove e me faz viver com emoção! Com encanto. É diferente. O cheiro é diferente. As sensações são diferentes. Boas! Excelentes.

O meu Natal está com todos. Pobres e ricos. Bons e maus. Com saúde e sem saúde. Amigos e sem serem amigos.

Todos, sem excepção.

É Natal!
Sinto-me feliz porque sou verdadeiramente feliz e é quase Natal!

E, particularmente, embora seja incorrecto porque devia ser todos os dias, preocupo-me, de forma mais intensa pelas pessoas.

É esse dia MUITO ESPECIAL...
Está prestes a ser Natal!

Um Natal que para mim, só tem sentido e significado, se for de TODOS!
TODOS, mesmo.

FELIZ NATAL!


Pena

Pena.Natal.2006.Reposição em 14.12.2009. 12h30m


MUITO OBRIGADO PELO VOSSO ENCANTO.
ESTOU-LHES ETERNAMENTE GRATO, AMIGOS (AS) PELO CONSTANTE CARINHO.
BEM-HAJAM!

UM EXCELENTE NATAL DE FELICIDADE PARA TODOS!

Monday, December 07, 2009

Tentaram roubar-me a Alma. Ainda bem que já a “encontrei”. Como sempre foi.


Tentaram roubar-me a Alma. Ainda bem que já a “encontrei”. Como sempre foi.

Nunca fiz mal a ninguém. Vivo o meu quotidiano. Como posso. Sei e consigo.

Ajo sempre fiel ao que sou. “Discuto” muito com o meu eu. É meu. Sim? Têm razão. Também sou capaz de não me perceber a mim mesmo?

Que hei-de fazer, sugiram-me?

Nunca me vi de outra forma. Como poderia ser de outro modo?

Mais “real”? “Concreto”? Despindo os sonhos e a irrealidade de que me componho?

Sei que sou complexo. Difícil. Controverso, mas afável. Tento…tento na minha identidade assumida “encontrar-me” a cada crepúsculo que busco e rebusco, a cada instante, a cada momento, do meu sonhar. Habito sonhos que contemplam um Firmamento doce. Perfeito. Definido de simplicidade que me encanta. As estrelas. As inúmeras Constelações. Os Astros todos lá no Alto enternecem-me. Fascinam-me. Adoro o “Céu”. Adoro “roubá-lo” ao Criador. Às vezes só para mim. Fujo agarrado a ele. Bem apertado a mim. Ao que consigo ser. Sentir. Estar.

Quase sempre nunca me arrependo de ser simples. Discreto. Despercebido por ausência de entendimento.

Mas, Por Favor, nunca tentem “levar-me” a Alma? É pura. Não ofende.

Não fere ou magoa ninguém. Nunca o faria.

Prefiro ver-me sofrer do que ver os outros na dor. Na imensidão do seu normal existir de sofrimento. Do que sentem, pensam, são e amam.

Possuo dois filhos que sorriem, terna e constantemente para mim.

Adoro que me sorriam, como o fazem. Meigamente. Com beleza e pureza do seu Ser. Franco. Aberto. Livre. Delicioso. Feliz. Repleto de bem-estar. Bonomia.

Eu retribuo sempre. Isso nunca o esqueço, podem ter a certeza.

Mas, POR FAVOR, nunca tentem “roubar-me” a Alma. Nunca!

Nem por brincadeira!

É que sou demasiado sério.

Ainda bem que já a “encontrei”.

MUITO OBRIGADO!

FELIZ NATAL!

Pena

Dia 08.12.2009. 01horas.


Ainda bem que tudo terminou bem. MUITO OBRIGADO!

A Todos os Amigos(as) o meu agradecimento por me apoiarem sempre.

Espero que gostem.

Bem-Hajam!


CONSEGUI. ESTÃO AQUI OS VOSSOS DELICIOSOS COMENTÁRIOS.

ESTIVE SEM DORMIR TRÊS DIAS SEGUIDOS.

APETECE-ME CHORAR.

IREI RESPONDER, UM A UM, MAS AGORA VOU DESCANSAR.

POSSO CHORAR?

DESCULPEM. AGORA PENSO QUE ESTÁ TUDO BEM!

AtÉ AMANHÃ, ESTÁ BEM...?


Saturday, December 05, 2009

Sinceramente, não me apetece continuar...DESCULPEM...! Assim, Não...!

ESTÃO A DESAPARECEREM COMENTÁRIOS PRECIOSOS E SALUTARES EM QUASE TODOS OS POSTS NESTE CONVÍVIO ENTRE AS PESSOAS.
JÁ ALERTEI AS AUTORIDADES COMPETENTES NO GOOGLE. SE FOR NECESSÁRIO ALERTAR A POLÍCIA, FÁ-LO-EI.
É TÃO TRISTE HAVER PESSOAS ASSIM...
IRÃO SER CHAMADAS A RESPONDER POR ACTOS INDEVIDOS.
EM TRIBUNAL OU DESMASCARADOS PERANTE A SUA MALVADEZ.
ESTOU MUITO TRISTE, ACREDITEM...?
ISSO NÃO SE FAZ A NINGUÉM...!
NÃO TERÃO MAIS NADA A FAZER, SENÃO DESTRUIR O QUE OS OUTROS FAZEM, EMPENHADA E CARINHOSAMENTE...???????
POBRES DE ESPÍRITO. POBRES EM TUDO.
TUDO MESMO! ATÉ EM "ESPÍRITO"...
UM CONSELHO A ESSES ENERGÚMENOS: É MELHOR POREM-NOS LÁ...SENÃO...VOU-ME EMBORA.
CONVERSAREI SÓ COMIGO, SÓ COM O MEU EU, ENTENDEM...?
SERES COBARDES E QUE NÃO PODEM DISCERNIR EM PENSAMENTO O QUE VAI NELES: ATÉ A MISERÁVEL ATITUDE.
A VER VAMOS...
QUANTA MALDADE, MEU DEUS...



Que salvaguarda poderão ter os meus encantadores (as) amigos lindos(as) nos comentários que , deliciosamente, efectuam? Não estão seguros.
Tanto carinho para chegar ao ponto de um "Alucinado(a)" qualquer eliminar um, dois, três, quatro, cinco comentários por Post, é lamentável, muito grave.
Sei, mais ou menos, quem poderá ser:
Mas, agora vou ponderar...

Sempre no vosso coração de forma GIGANTESCA.
Ele ou Ela conseguiram o que pretendiam...
Até um dia...
Agora, podem sorrir, execráveis Seres Humanos sem carácter, desprovidos de tudo.



pena

Dia 05 de Dezembro. 2009. 16h45m

AMIGOS(AS):

JÁ REPARARAM QUE A MALVADEZ DESTE AUTÊNTICO MENTECAPTO CONTINUA MESMO NOS POSTS MAIS RECENTES.
É MELHOR ESQUECEREM-ME.
SEJAM FELIZES; POR FAVOR!
ATÉ UM DIA...MARAVILHOSOS (AS) AMIGOS(OS)...
ASSIM, É QUE NÂO.
SEI QUE ME ENTENDEM...
EM QUE SEGURANÇA, A VOSSA SINCERA E AMÁVEL PRESENÇA FICARIA...?
NÂO PASSA DE UM EXECRÁVEL MENTECAPTO, CUIDADO...

COM RESPEITO POR TODOS VÓS.



Pena


Sunday, November 29, 2009

Como Ainda De Tenra Infância Soube Lidar Com A Vida E A Morte!

Sempre sorri ao Mundo quando ainda de tenra idade!
Sempre o afaguei num abraço. Num gesto simples! Num sentimento profundo!
Chorei. Sorri. Amei. Desanimei-me. Alegrei-me.

Tudo isto, pela complexidade da incompreensão. Pela pureza que ia em mim.


Pelos sonhos belos soçobrados e inacabados.

Compreendi que nunca o iria compreender. O Mundo!

A minha irmã, companheira inseparável de uma vida, era de uma ternura e pureza deslumbrantes.

Chamava-se Paula, mas todos lhe chamávamos de a Nossa Menina. Para mim, a Minha Menina. A sua idade distanciava muito da minha. Quando fez a sua aparição ao Mundo, parece-me que ainda a vejo no berço, aquela encomendinha intocável, frágil.


Possuía uns olhos muito belos e cintilantes, faiscando de curiosidade.

O seu nascimento mudara completamente a minha existência.
Relembro a sua infância. A minha infância. Incontornáveis no tempo.
Lado a lado.



Recordo um boneco que era dela. Só dela! Que amava.


Eu olhava-os aos dois. Sim! Eu observava-os! Extasiado com a minha seriedade infantil. Com uma inocência desmedida. Atenta! Que parecia compreender. Entender!

E, a minha vida e a vida dela mereciam que eu entendesse. Que compreendesse!

Existia em nós uma cumplicidade que ninguém entenderia. Só quem a vivesse, como nós a vivíamos.

Recordo o boneco. Ela pusera-lhe o nome de Joni.
Para ela o Joni tornara-se um filho. Entrara na sua vida.
Um anjo que nascera para viver sempre com ela.
Embalava-o quando tinha sono. Alimentava-o quando tinha fome. Importava-se com ele quando necessitava do seu carinho. Do seu amor. Da sua protecção.



O Joni não tinha olhos. Não tinha braços. Não tinha pernas. Não tinha cabelo. Nem pés. Nem mãos.


Só uma cabeça metida num tronco, não descortinava como!

Não estranhei nada. Se ela o amava era porque devia ser bom. De certeza! Eu tinha a certeza que ele era bom! A minha irmã tornara-se para ele uma mãe. Eu achava aquela mãe, uma mãe dedicada. Uma mãe maravilhosa. Insubstituível! Única, pelo fervor das atenções para com ele.



Se ela gostava dele. Eu gostaria dele!


Aconteceu um dia.

Falaram-lhe de uma pequena cirurgia num hospital famoso de bonecas, na distante capital. O joni iria ser operado! Ele que não estava doente!
A minha doce irmã não disse que sim, nem que não. Não fez objecções a nada. Se era para o bem dele havia que fazer tudo.



O Joni foi operado.


A intervenção cirúrgica correu mal, ele não resistiu e acabou por sucumbir.

A minha irmã não chorou uma lágrima, mas sentiu um aperto interior que era só dela, do seu íntimo mais profundo.
Tudo tem o seu fim! Aquele marcou um capítulo importante na sua vida infantil.



Na minha vida infantil!




A partir daí, a minha irmã recusou todos os bonecos. Lindos! Esplendorosos! Bonitos! Normais! O seu que era tudo isto para ela e muito mais.




Afinal, algo perdurou em mim: a magia do seu encanto, o encanto da minha irmã e dos seus belos pensamentos e sentimentos em relação a tudo isto.


Em relação à vida e à morte.

A minha amizade por ela na sofrida luta pela vida, com Joni ou sem Joni.



Esta sensação de perda com um valor e uma importância afectiva desmedida, perdurou muito tempo na sua memória. Na minha memória transparente, pura e sem iniquidade, como deve ser a memória infantil!



Pena.


2009. 18 horas.Dia 28 de Novembro.


MUITO OBRIGADO PELO VOSSO ENCANTO.
ESTOU-LHES ETERNAMENTE GRATO, AMIGOS(AS) PELO CONSTANTE CARINHO.
BEM-HAJAM!

ESTÃO A DESAPARECEM COMENTÁRIOS PRECIOSOS E SALUTARES EM QUASE TODOS OS POSTS NESTE CONVÍVIO ENTRE AS PESSOAS.
JÁ ALERTEI AS AUTORIDADES COMPETENTES NO GOOGLE. SE FOR NECESSÁRIO ALERTAR A POLÍCIA, FÁ-LO-EI.
É TÃO TRISTE HAVER PESSOAS ASSIM...
IRÃO SER CHAMADAS A RESPONDER POR ACTOS INDEVIDOS.
EM TRIBUNAL OU DESMASCARADOS PERANTE A SUA MALVADEZ.
ESTOU MUITO TRISTE, ACREDITEM...?
ISSO NÃO SE FAZ A NINGUÉM...!
NÃO TERÃO MAIS NADA A FAZER, SENÃO DESTRUIR O QUE OS OUTROS FAZEM, EMPENHADA E CARINHOSAMENTE...???????
POBRES DE ESPÍRITO. POBRES EM TUDO.
TUDO MESMO! ATÉ EM "ESPÍRITO"...
UM CONSELHO A ESSES ENERGÚMENOS: É MELHOR POREM-NOS LÁ...SENÃO...VOU-ME EMBORA.
CONVERSAREI SÓ COMIGO, SÓ COM O MEU EU, ENTENDEM...?
SERES COBARDES E QUE NÃO PODEM DISCERNIR EM PENSAMENTO O QUE VAI NELES: ATÉ A MISERÁVEL ATITUDE.
A VER VAMOS...QUANTA MALDADE, MEU DEUS...


Pena

Saturday, November 21, 2009

Diário de um Professor: Habito. Moro. Sonho. Num Mundo Mais Justo e Melhor. Com toda a minha sinceridade, acreditem…!



Sinto uma inércia avassaladora pela necessidade de escrever, mesmo não sendo escutado.
Levantei-me cedo. Muito cedo. Pus-me a accionar o meu sentir que me pertence. Pertence-me por inteiro. Digam o que disserem. Foi “construído” a muito custo. Sofrido e dificilmente.


A urgência em escrever assola-me. Dissertar o que o meu pensamento descortina. Com uma certa sensatez, creio eu. Embora, repleta de incertezas. Parece-me esta razoabilidade imensamente sólida. Abrangente. Precisa. Visível no que sou.


Na minha escola que não é minha porque não a comprei, assumi um papel de Tutor. Conselheiro. Amigo. Sincero e sempre presente.


O Manuel era uma preciosidade inigualável. Revelava-se à vontade comigo.


Existia só no Planeta. Não tinha horas para comer. Não tinha tempo para “pensar-se” e "sentir-se" nele próprio. "Sentir" e "Pensar" nos outros.

“Chegou-me” por artes que nem eu sei. Mas, gostei.
A sua ânsia em entender os estudos era visível. Manifesta. A que urge estar atento.
Um “cordelinho” vestido numa pessoalidade inconveniente aos rostos de todos.


Reparei que trazia a mochila pesadíssima. Tomei-lhe o peso. Aos meus olhos de Educador aquilo pesava toneladas e era-me destinado.
Olhou-me com confiança. Discreta por ser respeitadora. Ele, Manuel, fazia parte do Mundo complexo. Que” assimilava” só para mim com os seus sonhos preciosos que sonhava. Como todas as crianças sonham. Apesar de serem sublimes de pureza e beleza, ele nunca os olhava com o coração. Não tinha tempo, nem magia, para os sentir. Tinha o seu próprio coração.
Tinha a sua Alma ENORME que se misturava com o Firmamento perfeito.

Diziam todos: Porta-se mal nas aulas. Tem atitudes inconvenientes. Disparatadas!”

Para mim, o Manuel triunfará SEMPRE!
Aliás, já triunfou pela vida. Pela sua própria vida. Incontestavelmente!

Notei-lhe um olhar ansioso. Uma presença inquietante de falta de amor e entendimento.
Olhei, de novo. Ele mostrou-me tudo o que era, quando lhe fiz a leitura do olhar. Doce. Inconformado. Injustiçado. Rebelde. Controverso.


Todo o conhecimento escolar, “passava” por aquela “cheíssima” mochila. Ele que ambicionava perguntar. Um ombro amigo que queria desfrutar. Sonhos preciosos na vida injusta para com ele.

- “Professor, vamos estudar Inglês? Vamos estudar Português? E, Ciências e História e Matemática?" – Dirigindo-se-me, com amabilidade, doçura e ternura.


Queria a “Sabedoria” de imediato. Com sofreguidão. Com ansiedade.
Vimos “aquilo” tudo, numa hora.
Era o tempo que estas actividades comportam. Depois, eu teria aulas “ditas” curriculares.


Quando me abandonei em mim, no final desta Actividade que assumi, senti algo inexplicável que constatara preocupado: Um imenso cansaço nos pensamentos e sentimentos dele.
Lembrei-me de lhe perguntar, perante a sua exaustão:


- Manuel, Já comeu? – Atirei-lhe, preocupado e apreensivo.
- Não como nada desde as 8 da manhã. – Retorquiu, aflito por eu constatar.
- Não foi almoçar…? – Disse, com a compreensão plena do meu Ser e Sentir.
- Não tive tempo. Já não aguento as “filas” intermináveis de alunos agressivos e que passam à nossa frente por serem maiores do que nós e para chegarem primeiro à cantina. E, eu, tinha esta Tutoria com o Sr. Professor a que nunca faltaria". – Concluiu, peremptório e imerso, na sua tristeza. Inconfundível. Aflito com a reacção que eu pudesse vir a assumir.


Olhei-o, de novo. Olhou-me ternamente, aquele Gigantesco Ser Humano de bem. Como a pedir, humildemente, desculpa. Ele que não tinha culpa nenhuma. NENHUMA, mesmo.


- Desculpa de quê?
– Pensei, abandonado ao meu eu.
Saltei da cadeia onde estava sentado, num salto que me pareceu estranhamente acrobático, decidido e, só lhe disse, com convicção:
- Acabou a aula de Tutoria. Vamos comer".
Senti-lhe uma satisfação inexplicável de beleza. Agradecimento.
Desta vez, “abriu-se” a Cantina pela terna magia de três diligentes funcionárias e o Manuel devorou o prato satisfeito e eu fiquei com a sua alegria. Fiquei com a sua felicidade. Fiquei com a sua presença, mesmo, somente, pensada.


Quantos mais viverão assim, inquiro-me, somente…? Somente…?


Por certo, teríamos que substituir este Mundo por um Mundo mais perfeito.
Já pensei tanto nisto, acreditem…?



Nesta “Mudança Radical” do nosso Mundo para um PERFEITO, sem dor, sem sofrimento, sem abandonos…
Só.
Pensei…

Deus, poderia fazer-nos esse “Jeitinho”, sabem…?

A franqueza. A singeleza. A ternura no olhar do Manuel, comoveram-me.

Perguntei-me, intrigado, para mim:

"Será a escola como a sinto e como a penso…?"
"Teria feito um gesto correcto, justo, defensor da sua harmonia e bem-estar?"

"Uma Tutoria também servirá para “isto”…?"

"Fico a pensar…está bem…?"

"Indeciso e Desconcertado."

Sentido a vida fluir nestes rostos tão puros e belos que tudo merecem.

Por que razão sou assim…?

Porquê…?

Será que uma “Tutoria” também passa pela Cantina dos alunos…?

Pena

Pena. Dia 20/11/2009. À noite.
OBRIGADO por todo o carinho, dedicados visitantes.
Bem-Hajam! Adoro-Vos!

Saturday, November 14, 2009

Que Saudades, querido e maravilhoso Avô…!


O Meu Querido Avô João!

Parece que o estou a ver, o meu avô. Chamava-se João Pena.

Movimentava-se pela casa como uma sombra importante, imprescindível. Era respeitado por todos, familiares e amigos.


Professor idolatrado, competente e atento à plena educação e formação dos seus alunos, nunca agia manifestando as suas mais íntimas efusões de afecto, mas elas estavam lá. Sempre presentes. Uma constante doce “invisível”.


Mostrava segurança nos seus gestos, mas era doce e terno, camuflando uma imensa simpatia e preocupação nas emoções e nos sentimentos, para com todos. Era raro vê-lo a sorrir ou em situações de grande tumulto ou hilaridade, comedido e sério que era.



Abraçara o seu mister de professor, para dedicar-se inteiramente a ele, de Alma e Coração Enormes.



Relembro-o, agora, fugazmente. Prendera-se a sua fugidia imagem a mim, com contornos de perpétua adoração e veneração.


Vejo-o sempre de cigarro na boca, expelindo densas fumaças com regozijo e satisfação. O seu cinzeiro de prata, que era só seu, repleto de beatas apagadas.


Parecia que as coleccionava ali na sua bonomia serena. Talvez, o acalmassem do reboliço da sua própria e preciosa existência pessoal.


Agora, guardo-o carinhosamente comigo por oferta da minha mãe.


Tinha dignidade, o meu avô, evidenciada nos actos que tomava, agindo, todo o tempo, de forma sensata e sóbria.


A sua dignidade era respeitada porque respeitava a dignidade dos outros.

Vivia “preso” à família e, ainda hoje, parece-me vê-lo esboçando um ténue sorriso de carinho só para mim e ouvir, pelas mais diversas vozes de outros, louvá-lo e enaltecê-lo pela sua conduta intocável e bela em todos os rostos conhecidos ou desconhecidos, na cidade que era sua e que eu habito, mesmo já tendo “partido”.


Meu avô conquistara os corações das pessoas e defendera valores relevantes ao seu bem-estar e à sua vida em felicidade que jamais seriam esquecidos.



“Vivera”a sua obra de amor, dedicação e solidariedade que jamais serão ignorados. Imortalizados que serão pelo tempo fora, sem desgaste pela inércia avassaladora das ideologias educacionais de vanguarda das novas gerações.



Meu avô João tinha sempre crianças por perto, mas não lhes sorria. Amava-as. Com a sua seriedade, com o seu carácter de figura de bem. Amava-as tão intensamente que se esquecia de si próprio ou do sorriso que guardava dentro de si, só para elas.



Era só para elas. “Isso”, era suficiente.


As pessoas perguntavam e intrigavam-se, perguntando onde estava o sorriso do meu avô?

Eu sorria, sem entender aquelas pessoas e, ele mostrava-se sério, parecendo indiferente e, esboçando um sorriso terno e agradecido, de soslaio, pela minha cumplicidade.



Guardarei sempre com respeito e amor a imagem do meu avô João, para os outros, Professor Pena.


Não esqueci as suas sestas.

Dava-me cinco tostões e as suas sestas eram as minhas sestas. Só conseguia adormecer com os netos no seu coração.


Quando me parecia que ele adormecera saia furtivamente da cama, sem fazer ruído, agarrando com muita força os cinco tostões na minha mão, pequena ainda, ao mesmo tempo, que escondia a minha recompensa e o meu pequeno tesouro, amplamente merecidos. Ele sentia-me abandoná-lo e, então, sorria e adormecia feliz, enternecido pela companhia valiosa que lhe fizera.


Ao jantar, quando se sentava à mesa, no lugar do topo, mandava acender todas as luzes, exclamando, com convicção:
- “Acendam todas as luzes, enquanto eu estiver vivo! Quando morrer, para mim, já não fazem falta! Enquanto estiver aqui quero tudo aceso”.
E a claridade das luzes propagava-se por todos os cantos da casa e ele parecia satisfeito, feliz, omitindo sempre a chama da sua Felicidade absoluta!


Quando o meu avô “partiu”, apagou-se uma presença maravilhosa e inesquecível no meu olhar e no meu coração. Não compreendi bem, mas…



Amá-lo-ei sempre, nem que seja em sonhos, o meu avô João, para os outros; Senhor Professor Pena!

A sua sombra de imponência baila-me cá dentro, no meu pensamento. No meu sentimento mais escondido do meu ser, com pena de ele não ser eterno.



De certo, Lá no Alto, Deus compreenderá que há certas pessoas que deviam ser eternas.

Sempre presentes em nós pelas “Obras” boas quaisquer que elas sejam em prol do bem-estar da Humanidade.

- “Até sempre, querido avô”!



Hoje, a muito custo, considero-me capaz de saber como lidar com a Vida e com a Morte, mas…



“Correu-me” uma lágrima, só uma, ao relembrá-lo.



Mesmo e, sobretudo por eu ainda ser muito pequeno e, a sua doce presença ter sido fugaz, mas de um imenso valor humano que vale indubitavelmente recordar…!



Deus saberá como recompensá-lo. Estou certo disso.



Que saudades, querido e maravilhoso Avô…!


Pena



Pena.14.11.2009. Escrito às 23.30 horas. Sábado.

MUITO OBRIGADO, incomparáveis Amigos (as) gigantes.
Um Bem-Hajam sincero pela VOSSA amabilidade e simpatia.

Gosto imenso de VOCÊS Admiráveis visitantes de sonho.