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Sunday, October 12, 2014


Um Professor. Uma Criança. Um Professor. Uma caneta Uma Criança.

Sem palavras mais.

António Pena Gil (Pena)
Diário de um Professor de hoje: (14.05.2014):
  
Notei que à entrada na minha sala onde iria decorrer a aula um burburinho simpático e
 amável com a minha chegada. Agradeci àqueles Seres Humanos extraordinários que eram todos os alunos, mas todos.
  
Como vou tomando conhecimento a quem me lê, ambiciono que estejam felizes e em harmonia com o mundo.
   Foi Ele que me segredou com os anos de serviço que possuo exercendo o meu mister às ordens e conselhos que Ele me segreda quanto ao certo e ao errado que faço com o coração nas mãos quando me dirijo a eles e a elas.
   Como é frequente o barulho e a música inspiradora eram e marcavam as suas presenças, onde com a idade aprendi que nada havia a fazer com esta situação, senão difundir harmonia, sensatez, respeito e bem-estar.
   
Sem eles detetarem observei-os melhor. Com maior atenção.
   Mesmo sentada à minha frente estava uma “cara-linda” (Não sei o nome de todos, pelo que para mim são todos(as) “caras-lindas”) triste, muito triste que me sobressaltou de pânico e preocupação.
    Aproximei-me dela, cautelosamente.
  
Disse-lhe, de forma confidente, já perto dela, o que se passava? Se tudo estava bem com ela? Teve forças suficientes e retorquiu-me com os olhos ensopados de água que sim, que tudo estava bem.
    Não fiquei sossegado e perguntei-lhe, de novo: Podes contar-me que não digo nada.
   Fiquei a pensar na sua “mentirinha”.
   A aula decorria como era possível. Habitual. Com interesse e empenho deles e delas felizes. Como eu gosto.
  Pensei, para mim: Passa-se algo, tenho a certeza.

 A colega do lado dela chamou-me com uma delicadeza, que faz parte do seu ser extraordinário e confidenciou-me: Olhe, Sr. Professor, ela tem os pais divorciados. Separaram-se e o pai e a mãe seguiram caminhos diferentes com famílias feitas diferentes, daí a tristeza, onde outrora “morava” a felicidade e encanto de existirem juntos e de viverem felizes lado a lado. A família havia-se “desmoronado” totalmente.
   Quando a chamei de pronto para esclarecer a situação que apurava agora, caiu-me no colo num pranto de choro que eu entendia, como Deus também. Deixei-a chorar à vontade, desabafou comigo e disse-me por que motivo me interessava tanto por eles?
   Abracei-a e disse-lhe que hoje conquistara uma amiga linda e que a ajudaria sempre que ela me solicitasse.
  
Hoje, num intervalo escolar, sem ter aula comigo, veio assistir a outra aula tendo antes me dado um beijo e o seu MUITO OBRIGADO!
  
Creio que fiz o que devia fazer. Deus atribuiu-me cargos e funções que tento resolver e esclarecer fazendo todos felizes.
  Desta vez, foi uma realidade. Agradeci-Lhe e disse-Lhe que me tinha ajudado bastante.
  
Hoje, via feliz. Brincando. Saltando. Jogando.
  Foi então que sorri ao Alto e direcionei-Lhe um agradecimento.
Um agradecimento sério. Um agradecimento por confiar tanto Nele.
Bem – Hajas, Amigo Precioso Deus! Só Tu conseguiste transformar as coisas cá baixo com a Tua Enormidade invisível.



António Pena Gil (Pena)