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Campanha do Agasalho 2009

Monday, January 28, 2008

A Beleza Desnorteante De Um Silêncio Poderoso!



A Imensa Beleza do Silêncio
Prefiro silenciar-me perante o silêncio.
Vagueio em mim na sua pacatez e tranquilidade que me abraça e me conquista.
Consigo escutá-lo com admiração. Escuto-o atentamente, embevecido e maravilhado ao compreendê-lo, ao senti-lo, ao vivê-lo em mim.
Quando olho a sua presença suspiro e pasmo.
Tanta quietude vai nele. Tantos instantes vazios no meio de um tudo sentido.
Oh, se eu pudesse pô-lo a contar as histórias que quero contar?
As minhas histórias que não devo contar porque são só minhas. Pertencem-me totalmente!
Este silêncio que não consigo discernir fala-me de amor e com amor.
Este silêncio faz-me pensar. Faz-me recuar no tempo ao encontro de um eu desconhecido porque é e, será sempre, o silêncio de uma criança eterna que fui e quero ser e recordar.
Comporta uma felicidade verdadeira. Pura! Terna! Carinhosa!
Essa felicidade adornada nos instantes vividos e que, ignorados, seriam pena não serem escutados.
Só sei que o habito, só de o relembrar. E, habito-o na vastidão de uma felicidade imensa que calcorreio cada momenta que passa.
É uma bússola, não um relógio, mas que me orienta, que me sussurra o caminho exacto da felicidade que me abarca e percebo.
O silêncio que mora por amor em mim e, me faz deambular em meandros claros e sérios, de pensar o que sou.
O meu silêncio permanecerá sempre no silêncio feliz que me visita em noites silenciosas intermináveis.
Como amo a vida!
A vida auxilia-me e permite-me que seja tudo assim. Assim, como é. Exactamente, assim.
Como adoro percorrer o silêncio!
Será amor ao silêncio?
Não sei, nem preciso saber.
Não me custa pensar em silêncio, o silêncio. Agarro-o, com uma garra que não se explica.
Sente-se!
Só isso.

Pena.Julho.2007. "Outra vez o Silêncio"

Friday, January 25, 2008

"Visto a pele" dos Alunos/Pessoas/Cidadãos!

















Vêm todos os dias para a escola do "saber", "armados" de pesadas mochilas que não os soçobram. Agarram-nas às costas nada vergados, uns pequenos, outros maiores, outros simples e, ainda, outros mais complexos.

Armazenam nessas "sacolas" tudo o que lhes pedem, sem nenhum protesto ou desânimo.

Caminham lado a lado, sorriso nas faces rosadas da tenra idade e do tenro querer.

Vêm munidos do sonho por concretizar, inacabado, incompleto.
Interropem-lhes o sono cedo.

Ei-los a caminho mal o raiar do alvorecer desponta no horizonte que visualizam e percepcionam.
Vêm felizes. Ninguém lhes perturba nada, interrompe o sentir, o delicioso sorrir, só deles.

Jamais o permitiria, juro!

São os Alunos/Pessoas/Cidadãos.

Quando entram na escola, vêm munidos de ambições. Desejos. Sentires. Quereres.
Gosto só de os olhar e compreender.
Aliás tento ser um moderador do ensino, cuidadoso quando com eles lido. Estou atento a tudo e, desse tudo, percepciono muita coisa que me suscita apreensão, angústia, desamor que tento entender. Faço por isso.

Em mim, perdura o sentimento que devem permanecer de intocável sentir, de como são, de como íntegros deverão ser perpetuamente. Sem que nada ou ninguém interfira no seu bem-estar, harmonia doce e postura franca e inocente.

São Seres Humanos importantes. Muito!
Nunca permitiria que lhes tocassem no seu ser e sentir. Nunca! É exclusivo deles e, assim, deve continuar. São os Cidadãos da pureza.

Decidi "vestir-lhes a pele" e sentir o que sentem. Sentar-me onde se sentam. Viver o que vivem.

Vi tanta atitude errada. Impensada. Desconexa. Sem sentido.

"Fui um Aluno/Pessoa". Desci ao seu ser. Senti o que sentem. Vivi na "pele" deles o que vivem.
Apreciei o que é ser doce. O que é ser "comandado" sem o pedirem. O que é ser "ralhado" sem motivo para ralhar. Aprendi o que vai neles porque eu "fui" um deles.
"Vesti-lhes a pele".

Em tempos atrás vivi a sua alegria, o seu sonho.
Agora, sentado onde se sentam permaneci igual a eles e ao que sou. Entendi o seu "Mundo". Maravilhoso. Lindo!!!!!!!!!!!!!!!

Um sonho que já foi meu e que repeti para entender.
Entendi.

Como adorava que os entendessem. Como adorava que se preocupassem. Como me fascinaria "sentir-lhes" a felicidade e falta dela. Como "amaria" que fossem "amados".

Sinto em mim uma revolta que me silencia. Por lhes extravasar por completo a minha dedicação, que é minha e que não é universal, humana, sentida, profunda.

Quando deixei a sua "pele" senti-me à deriva.
Sim! Por tantas exigências que lhes fazem sem eles entenderem. Por tantas injustiças que se esforçam por aceitar, mas humildemente aceitam. Por tantos queres que querem impor-lhes e eles correspondem e esforçam-se por corresponder, sem entender.
São tão simples estes "Cidadãos" que dá para pensar. Só anseiam viver, estarem alegres, felizes!
É imprescindível que vivam a vida porque optaram. Que seleccionaram. Que ambicionaram.

Digo: Estas "PESSOAS" merecem o mundo. Merecem que vistam a sua linda e terna "pele". Que compreendam a sua vida, a sua ternura e o seu sentir.
Por mim: respeitá-los-ei. Permanecerão íntegros. Intocáveis.

Sabem a razão?
Porque são Alunos. São pessoas. São Cidadãos!
Um bem-Haja a eles. Terão sempre um "amigo" a quem recorrer.

Parabéns Alunos de sonho!
Parabéns PESSOAS!
Parabéns Cidadãos do Mundo!

Pena. Janeiro, 25 de 2008. "Os Alunos/Pessoas/Cidadãos". 20 horas e cinquenta minutos de um dia importante.

Tuesday, January 22, 2008

É com imenso carinho e amizade dedicadas que indico os Prémios que me atribuiram. São VOSSOS!!!








A Imensa Significação do Universo das Pessoas
Toco com leveza as ideias. Ocorre-me muita coisa. Abro o meu Mundo ao Mundo.
Olho à minha volta. Tudo vive a pacatez do momento.
O meu filho mais novo chama-me. Isto é muito importante.
Outro dia descobri-o a sorrir enquanto dormia. Isso é muito bom. Magnífico!
Acorro, pensando no que vai no meu pensamento, no seu pensamento, no pensamento das pessoas.
Ele representa um Universo que possuo no coração. Presentei-o com um afago, como afago tudo. Não! Não tenho a meiguice dele. Tenho a minha meiguice. E, que representa e comporta seres humanos, objectos de uma enorme significação.
São gente.
Gente que possui a garra, a força, a atitude, o Ser que tem todo o meu respeito e admiração. Vivem as suas vidas. São muito importantes.
Merecem tudo. O meu amor. A minha sincera solidariedade do que sou.
O vagabundo do meu sentir, consegue traduzir nitidamente o que me ocorre.
Por que és assim, sim, tu? Eu?
Não consigo discernir a razão. Dissecá-la. Abri-la. Mostrar o meu interior que vale o que vale.
Vivo preocupado só sei isso.
As pessoas, a gente, o meu e, o mundo das pessoas calcorreia-me, abarca-me, faz sentir-me real. Possuir uma existência.
Uma existência que agarro com ímpeto para não me fugir por aí aos beijos a todas as pessoas.
As pessoas? Adoro-as!
Um Bem-Haja ao que fizeram comigo, ao meu simples eu.
Vivo uma plenitude de deslumbre por amar, assim, a vida.
A minha vida de amor para dar. Uma vida das pessoas que nutrem algo pelo que sou.
Tenho uma imensa significação em mim, pelo "Universo" das Pessoas.
Merecem-se essa significação.
Adoro pessoas!
Não sei por quê?
Talvez, por serem pessoas. Pessoas repletas de encanto!
Entrego-me ao Mundo. Sim! Com a pureza e ingenuidade de uma criança.
Do seu primeiro grito ao nascer!
Quem sou eu?
Um tudo feito de nada.
pena.Julho.2007" O Valor das Pessoas"
Todos os Prémios que me foram atribuidos são para vós. Admiráveis leitores. Fantásticos. Grandiosos. Ímpares de encanto e ternura.
Um Bem-Haja do tamanho do mundo.
OBRIGADO por existirem!
Humildemente, queria agradecer às minhas Amigas de fascínio: Paula Raposo e Áurea pela indicação do Prémio: "É um blog muito bom sim senhora".
Queria agradecer também à minha adorável e linda Amiga Fátima pelo Prémio: "Diz que até não é um mau blog". A ela o meu sincero apreço.
O Prémio: "Amizade Virtual" foi-me carinhosamente indicado pelas fascinantes e lindas amigas: Sophiamar e a doce amiga Elvira. Para elas a minha eterna veneração e deslumbre imenso.
Por último, a minha talentosa, maravilhosa e muito terna Amiga Elvira congratulou-me com um selo criado e personalizado com doçura por ela que se expressa assim: " Um coração repleto de Amizade". Este prémio não o repassarei por ser muito pessoal.
A todas elas as minhas desculpas, desejos de bem-estar e compreensão por não colocar esta dedicatória logo de início.
Como Seres Humanos gigantes na compreensão e na enormidade do seu carácter de bem, sei que me perdoarão. Um Bem-Haja de ternura por todas elas, sim!
Pena. 22horas e trinta minutos e trinta segundos. Janeiro/dia 24.2008




Friday, January 18, 2008

Como Não Prescindo Dos Meus Eternos Anjos-da- Guarda. Preenchem-me!

Os meus imprescindíveis Anjos-da-Guarda são muitos. No entanto, sinto só poucos, alguns, por serem muitos.
Orientam-me. Catapultam-me aos sonhos em que sonho.
Como me são queridos. Presentes. Autênticos. Verdadeiros. Sinceros.
Quando choro a vida, às vezes choro-a, preservam-me um carácter.

Quando eu, não sou eu.
São-me preciosos.

Já não conseguiria deixar de senti-los.
Deixar de Pensá-los. Abdicar deles.

O seu valor é imenso para mim.
No agir.
Na cabeça, quando penso.
Na miha forma de estar, quando estou.

Estão sempre ao meu lado, prontos a corrigir, emendar os erros, as inconveniências que, por vezes, me saiem e não deviam sair.

Assusta-me não os ter na minha companhia. Habituei-me muito a eles. Viciei-me neles.
Sou dependente deles. Necessito muito deles.

Preenchem o que sou. Sim!
Já fazem parte das minhas condutas, quando faço o que não devia fazer.

Protegem-me a minha constante ansiedade, a minha dignidade, se as possuo em mim.
Penso em só sorrir-lhes. Só!

Arrasto-os comigo na minha multifacetada maneira de abraçar uma existência, repleta de heterónimos, repleta de pensar, repleta de sentir e, até, repleta de amar.

Não necessito apelar por eles. Chamá-los. Falar-lhes ou telefonar-lhes.
Os meus Anjos-da Guarda acompanham-me e mostram-me o caminho exacto por onde devo seguir. E, eu, sigo-os, fiel a eles e, à sua sensatez e sobriedade do que são, e em que me transformo.
Sim! A sua presença é indubitavelmente valiosa.


Um tesouro imenso.

Uma relíquia meiga. Doce!

Eles sabem quem eu sou. Já conhecem o que vai em mim.

Decidiram não me deixarem ao acaso da vida.

Nunca poderia passar sem eles.

Oxalá nunca-me esqueçam.

Um Bem-Hajam, pelo que são.

Eu ficarei eternamente grato!
Sentido!
Feliz!

Pena. Janeiro 2008. "Um Fim-de-Semana em busca de Anjos-da-Guarda". 22 horas.

Monday, January 14, 2008

Um Sorriso Significativo!


Um Sorriso Do Tamanho do Mundo!
Como é delicioso um sorriso.
Comporta um Mundo. De encanto ou sofrido.
É bom sorrir. É delicioso observá-lo. É pertinente e imprescindível amá-lo.Habita nele encanto. Habita nele uma imensa ternura que afaga corações despedaçados.Um sorriso faz sair da intempérie dos maus momentos.
Sair da intempérie da dor. Do sofrimento! Dos instantes. Do tempo onde mora a incerteza e o pavor de existir.Um sorriso mora nas pessoas que se abrem.
Que se abrem ao enorme e infinito Firmamento com estupefacção e surpreza dialogando com ele de forma terna.Um sorriso habita na felicidade, por auxiliar os outros com uma força avassaladora de bem-estar! Um bem-estar de sossego. Um bem-estar harmonioso. Belo!
O sorriso do sonhador. O sorriso risonho de ser e de estar. Da compreensão. Da espera ansiosa. Do bater na porta da simpatia, com simpatia. Do bater no relógio fazendo o relógio parar para o observar. Lindo!
É um momento delicioso porque sugere uma entrega, uma recíproca devolução com uma significação bem visível porque é correspondido, esse deslumbrante sorriso.Gosto de ver o Mundo sorridente, A sorrir. Enternece. Arrebata. Conquista!
Se a eternidade de um sorriso fosse constante, verdadadeira, autêntica, eu viveria sorrindo.Eu amo sorrir e, se amo sorrir, é um sinal de felicidade, maravilha e mistério.
Quando uma criança sorri eu sorrio também, sensibilizado por parecer entender o seu sorriso encantado.Como adoraria poder existir sempre a sorrir.Sorrir, por amar a vida nos seus mistérios perfeitos que desconheço.
Só sei que tenho guardado em mim, quase sempre, a alegria e a magia de retribuir um sorriso quando ele é para mim!
Parece decorar-me. Parece estar a ilustrar-me ou a desenhar-me!Comove-me de surpreza e embaraço. De felicidade imensa por ser para mim.
Por se preocupar comigo!
Pena.Janeiro de 2008. "Gosto de Sorrir com a Vida". Escrito num dia de Janeiro à noite"

Saturday, January 12, 2008

A Cidadania. O Civismo. A Educação.




(Prémio Escritores da Liberdade gentilmente oferecido com carinho
pela simpática Amiga "Marias" do blog:"Amor Infinito".OBRIGADO, doce Amiga!)

(Prémio "Diz que até não é um mau blog" oferecido carinhosamente pela Linda Amiga Elvira do Blog:"Sexta-Feira". OBRIGADO! Ficar-lhe-ei eternamente agradecido!)

A Cidadania. O Civismo. A Educação.
Ser bom Cidadão. Possuir um Civismo exemplar. Ser Educado.
Sim! Os livros deram-me pormenores importantes. Seleccionei-os!

A vida deu-me algo mais. Optei por pormenores, por posturas, por formas de agir adequadas ao vivê-la. Senti-la!

Ao sentir, apostei por condutas que me tornassem de bem com ela.

Sim! Escolhi a vida que vivo, que me dá forças para entender o que se passa comigo, que entendo, que me valoriza.

Não! Não vivo ao acaso.
Não! Não prescindo dos meus Princípios e Valores de humanismo, da correcta percepção da realidade que me envolve.

Há PESSOAS nessa realidade!

Eu? Tento existir somente.
Tento existir numa atitude de conduta pessoal e social consolidada na harmonia, respeito e solidariedade que abarca todos os Seres Humanos.

Custa muito?

Oh, meu Deus!
O que custa ser bom Cidadão? Possuir Civismo? Ser Educado com as pessoas?

Quando descortino e revejo a minha prática Educativa com os jovens, penso.

Não lhes vou ajudar a pensar nada que não saibam, mas sinto em mim três palavras com que nunca me dei mal: OBRIGADO, POR FAVOR e DESCULPE!
Não! Nunca tive problemas com essas palavras e eles também não.
Ensinei-lhas, essas palavras, e eles não se admiraram, nem se espantaram.
Se calhar estavam fartos de as conhecer. Utilizar. Viver lado a lado com elas. Com essas palavras!

Acataram-nas com prontidão, acreditem? É por isso que gosto deles. Desses Seres Humanos Enormes.
Abraçaram-nas, as palavras, e deram-lhes um gigantesco valor. Adoração. Vivem-nas com intensidade.

A minha presença na imensa Blogosfera deixa recados. Não ferem. Nâo magoam. Nunca!

É composta por figuras, fisionomias, alojadas na minha interioridade e no meu eu, que respeito carinhosamente e trago com adoração comigo. Sempre!

São puros(as). Lindos (as). Essas PESSOAS!
É por isso que existo e me justifico na vida deles e na minha.

Preenchem-me, por completo!

Apostarei sempre na exemplar Cidadania. No perfeito Civismo. Na postura de uma Educação escolhida e sentida que sinto em mim.

Não! Existem no que sou há uma vida.

Há muito que existem? Desde o desabrochar do meu perpétuo sentir.
OBRIGADO, POR FAVOR e DESCULPEM.

Sou como sou! Assim!
Pena. Janeiro. 2008. 16 horas, 1 minuto e quarenta e cinco segundos de um dia de fim-de-semana introspectivo.

Tuesday, January 08, 2008

Aquele "Brilhozinho" era Diferente. Era Especial!




Aquele "Brilhozinho" era Diferente. Era Especial!

No alcatrão da estrada fazia-se calor. Ludibriei-o com coragem, mas sem excentricidades ao volante.
Acelarei um pouco o veículo, dando-lhe competência para o fazer, credibilidade e, conduzindo-me até ir parar a uma aldeia não ignorada, que sempre me trouxe boas recordações e encantos.

A minha Aldeia amada e estimada de sempre!

O seu nome repousa em mim secretamente, por amor a ela.
Os campos, outrora trabalhados com ardor, asseados, cultivados e resplandecentes, estavam agora desertos.

Abandonados. Ao triste acaso.

Os seus habitantes haviam-se "levado" para o estrangeiro na busca de melhor qualidade de vida.
Entendo esta atitude na perfeição e, compreendo a ânsiedade do gesto das suas gentes sofridas, pondo-o em prática, em evidência visível, tentando levar a cabo um acto concretizado numa profunda dor.

Destaco: Numa profunda dor! Só eles a saberâo, mais ninguém. Confidências silenciosas guardadas para si.

Senti um aperto no peito. Que saudades do tempo do passado! Como tudo estava agora diferente!

O empedrado da estrada era mais um caminho acidentado repleto de buracos e fissuras perpétuas. Tanto havia sido prometido àquelas gentes, um asfalto condigno, quando das eleições para a liderança da autarquia.

Promessas. Só promessas!
Que enganam um povo sincero, humilde, trabalhador e honesto.

A casa, a casa que fora de sonho em tempos idos, não aparentava nem por sombras, o que viveu, as conversas que escutou, as confidências que as suas paredes sigilosamente guardam e continuarão a guardar para si. Só para si. Só para o seu interior. Necessita com urgência de arranjo. Está quase a desmoronar-se e não o merece. Nunca!

Dei a volta com o automóvel no chamado Largo do Relógio, cuja designação dá o nome ao Largo, sem o ver. Havia desaparecido. Teria "sido levado" também? Como era ancestralmente belo e propriedade dos seus habitantes, que falava pelo sol a hora do dia, pude constatar algo perturbado e intrigado, pela sua ausência soprada em mim. O Largo perdera um amigo do peito, a sua maior significação e, companhia inseperável, de um tempo infinito que não pára.


Eu, parei.
Para meu espanto, vieram três pessoas, silhuetas humildes e olhares de espanto, ao meu encontro.

Eram as "três" uma família enorme. Para mim, eram!

Saudaram-me. Verifiquei com admiração que me olhavam, olhar bem direito e levantado.
Adorei!

De imediato, sem dar tempo a que pudesse esboçar qualquer gesto, conduziram-me a uma casa em construção. A casa sonhada. A casa ambicionada. A casa que sempre ambicionaram na sua rica imaginação de pobres economicamente, mas ricos e gigantes nos sentimentos e formas de ser.
Deixei-me levar. O que me estava a acontecer era enternecedor, mágico de encanto que causava um imenso bem-estar e alegria, que não lhes ocultei. Nunca o faria, por amor a tanta bravura, a tanta luta, a tanta felicidade.

Notei o jovem. Não teria mais de treze anos e frequentava a escola, sem nunca esquecer as lides do campo e a ajuda à família em tudo.
Tinha um computador! Um computador onde escrevia. Disse-me que a sua vida também morava e passava por aquele aparelho. Pago a prestações com suor e trabalho fora do tempo passado na escola.
Escrevia.
Escrevia nele.
Escrevia sonhos. Escrevia histórias.
Escrevia ideias!

Na casa, que crescia aos poucos, lentamente, tinha os seus livros e os seus sonhos.
Requisitava-os na escola e lia, sôfregamente, à luz de uma lâmpada difusa e pouco clara, à noite, para os entregar de novo dentro do prazo estabelecido, sem pagar quiasquer multas.

Notei-lhe inteligência, vivacidade, amor aos seus e amor aos sonhos, que passavam por aquele computador. Por aqueles livros. Pelos rascunhos da sua escrita.

Sim! Fiquei deslumbrado parecendo ir desmaiar de alegria e arrebatamento.

Falou...Falou...Falou...Encantou o que dizia.

E, quando me despedi cordialmente para regressar à pacatez do que sou, sim!, notei-lhe um "Brilhozinho" nos olhos Diferente.
Diferente, porque era Especial.
Havia neles vida. Inteligência. Alegria. Magia. Sonhos puros. Ideias.

Agradeci a Deus e ao que Ele fez. Agradeci tê-lo conhecido! Agradeci por presenciar um Ser Humano Feliz. Eternamente Feliz!

Quanta Felicidade ia no rosto daquele jovem. No seu olhar destemido e levantado.

Regressei a casa, sempre olhando para trás agradecido a Ele e, pensando:

Jovem, mereces tudo. Mas, tudo!
Fiquei prostrado com este episódio real de eterno deslumbre de uma vida!
Valeu a pena recordá-lo para sempre.
pena. Junho. 2007 "Viajando por Trás-os-Montes"

Saturday, January 05, 2008

Como Vejo o Amor...!!!


Outro dia fui sozinho a um Hiper-Mercado da moda de hoje.
Procurei.

Não descobri lá o Amor. Havia simpatia que não é o Amor.

Fiquei incomodado. Muito!


Caí em mim. Havia uma certa lógica: o Amor não se compra lá, nem em síto nenhum.


Uma dádiva de uma flor, sentarmo-nos num banco de um jardim rodeados pela sua quietude, expressar um gesto sincero, tornar as palavras caladas observando um mútuo, lindo, silêncio, refletir conjuntamente nadas que são tudo por serem deslumbrantemente significativos, uma respiração sôfrega compreendida na perfeição por ser a dois, uma ajuda sem recompensa esperada por temer uma obrigação que existe inexistente, representam o Amor.


Conversei muito comigo.

Conversei com o meu eu que é ignorante e só aceita preciosismos verdadeiros.


Dissipei para bem longe tudo o que não era Amor.

Detectei instantes únicos de verdadeiro Amor. Onde estão alojados. Onde se vivificam. Onde sussurram baixinho confidências.

Onde as atitudes sobrevivem no meu Ser. Onde os passarinhos voam no céu claro e de que são os donos, sem ser ao acaso, mas com um rumo perfeitamente definido. Onde marcas invisíveis e secretas, sensatas e delineadas por belos jardins mudos, moram no meu eu.
Sim! Creio ser isto o Amor! Que mais podia ser?


Olhei o Sol majestoso e poderoso, lá longe.

Perscrutei a Lua brilhando com um cintilar doce sempre presente.

Perguntei-lhes pelo Amor?


Disseram-me que procurasse. Era fácil. Fácil ou difícil, fiquei ofendido porque eles sabem onde ele habita.

A sua morada? Eles conhecem-na. Bastava esclarecerem-me.
Um, primeiro. Outro, depois.
Seriam preciosas ajudas de que tanto necessito em afundar-me, embrenhar-me e, acima de tudo, entender.


Só sei que facilitaria, mas Alguém disse que se tinha que o sentir?

Esse Alguém vive para além das nuvens, confundindo-se com elas. Sabe tudo!

Cada vez que me olho, perpassa-me uma verdade indissipável: SOU FELIZ! TANTO!
Creio que não sou para entender. Imponho-me sempre inconvenientemente, à frente do tempo que passa, dos ponteiros imparáveis dos relógios sem sentido, dos instantes feitos meigamente.

Só sei que: AMO UM AMOR! UM GRANDE AMOR!
Só sei que lhe serei eternamente fiel, indubitavelmente fiel.

Porque falei disto?
Acho que foi porque os outros também falam dele. Sim! Do Amor. Eterno. Necessário. Arejado. Sincero. PURO!


Posso dizer que AMO muito, mas mesmo MUITO!
O Amor é a Plena Entrega na Reciprocidade das Emoções.
Sim! Acredito nele, no AMOR! Por completo!

(Dedico este Post à minha amiga A. Filoxera do blog: "Escrito a Quente" pelo carinho com que me atribuiu o selo acima colocado. Não por Amor. Podia embaraçá-la, mas pela amizade gigantesca que nutro poe ela.
Obrigado, doce amiga, sim?)

Os meus Grandiosos(as) Amigos(as), que carinhosamente sempre me leram com uma atenção pronta e incondicional que me desculpem a concepção um pouco irreal que faço do Amor, essa chama que arde intensamente, de forma fantasiada e algo insólita. É a minha concepção construída criativamente com respeito e dedicação.
É também a pensar em todos vós com sinceridade e inequívoca ternura. Está bem?
Desculpem-me, por favor.

Pena. Agosto.2007

Wednesday, January 02, 2008

O "Frenesim" Ao Compasso Da Vida Que Recomeça!

Ninguém me exige um balanço sobre a vida. Também nunca o faria.

Amo-a, sei só isso.

Qualquer balanço lógico, sensato, coerente, fica guardado no meu pensamento.

Na minha secreta interioridade. Lido com ela, com a minha interioridade com amor. Com dedicação. Com o amor e respeito sentido que abarca Pessoas que respeito, que me provocam bem-estar. Que me auxiliam quando delas necessito. Sei que não o fazem por obrigação. fazem-no por amabilidade. Por amizade. Por nutrirem por mim algo que não sei se mereço. É por isso que lhes guardo um imenso Sentir. Uma eterna dedicação. Uma Entrega incondicional. Agarro-as com garra forte em tudo o que faço ou enceto com paixão.

Construo, o meu Mundo, com aprazível sentimento e pensamento. Sei isto. É verdadeiro. Autêntico. Sincero! Vive e coabita comigo com ternura e carinho que me fazem falta para Ser o eu que sou, que preservo e sei que mora, acordado ou adormecido, mas com encanto e magicamente afectivo em mim.

Os amigos expressam no que sou uma gigantesca adoração. Veneração. Provocam-me uma indiscutível e uma bela razão para existir. Nunca abdicarei deles. Sei só isto. A enormidade dos seus Seres são um pouco meus também, constato com aprazível sensação.

Qualquer balanço seria desnecessário.

A vida?

Essa, a vida, que me enriquece, tenho-a presente na sua imensa ilógica, complexa, perto ou distante, que nem sempre entendo. Nem sempre compreendo bem. Nem sempre deslumbro no seu imenso deslumbre. Vive presente em mim. Faz das Pessoas um "poço" de amor por não conseguirei nunca compreender, mas sei que o seu intenso cintilar, é o meu lógico brilho que me povoa e me torna vivo.

Deus?

Não sei se existe. Mas, consta do meu pensar. Do meu amar. Do meu viver.

Daqui em diante, tudo será assemelhado ao Primeiro Dia da existência. Ao Primeiro sentimento da entrega. Do diálogo que me enternece. Que meigamente me abraça. Consolida tudo o que o que vou apostar nesse complexo recheio de instantes bons. Extraordinários. Um Mundo sentido, feliz e belo que me coloca eternamente ao seu lado. Sempre!

OBRIGADO, por existirem, AMIGOS. Digo-o com sinceridade e com toda a minha seriedade.

Obrigado vida!

Obrigado!

Hoje será o Meu Primeiro Dia dos outros que irão inevitavelmente suceder e que constarão do calendário perfeito da existência!

Amo a vida e os amigos no seu "frenesim" que agora começa.

Renasço. Renasci!

Pena. Janeiro.2008. "Um Ano que Recomeça"