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Sunday, August 26, 2018


Hoje, Sinto Um Certo Desencanto No Meu “Existir”!

Acordei por volta das nove horas da manhã. Dirigi-me ao meu eterno refúgio onde dou vida à vida. O meu Diário silenciou-se. Coloco lá imensas “coisas” secretas que só a mim proferiria ou expressaria. É sigiloso. É meu. Comporta um mundo individualizado, pertença do que sou. Jamais diria ou transmitiria os sentimentos e pensamentos nele constantes.
Não concordo que me digam mal de mim. Como ajo. Como busco a felicidade. Como sou por dentro. Como adoro dizer bem das pessoas e dos seus universos pessoais e humanos.
A sociedade “habita-me” com delícia e num “abraço” doce e terno. Como gosto do afago dela em mim. É sincero e vive de seriedade e verdade.
Decididamente, “mora” em mim uma ternura e um carinho indesvendáveis e plenos de segredos só do meu eu que é meu. Direciono-os ao mundo. Ao majestoso Planeta. Em alegria que não divulgo ou expresso por me sentir triste. Abalado. Descrente. Indecifrável. Incompreendido.
Não tenho tempo para nada. “Decifro” atitudes e gestos com só entregaria a Deus, meu Eterno deslumbre e maravilha que me fascina, encanta porque é feito de “Majestade” do meu existir. Cúmplice Dele e de tudo o que enceto, Ele entende e compreende.
É o meu Amigo eterno de satisfação que creio está sempre lado a lado comigo. Num “compromisso” que Lhe fiz
Sim! Há imenso tempo e que me “habita” com deleite e bravura existenciais nos momentos e instantes menos bons. Ele, sabe guardar sonhos. Os meus sonhos. Os sonhos das pessoas. Os sonhos do mundo.
O meu Diário nada capta agora. Está mudo e silencioso. Assusta-me existir sem ele. É cruel e indispensável a verdade e amparo que eu não o entendo? Sem ver nada de errado nele.
E, eu que necessito tanto dele. Já era um companheiro ouvinte e falante que adora e me era precioso. Sem ele não existo. Não vivo. Não sou.
É que tudo o que sentia e era irrevelável escrevia nele. E, escrevia tanto. Sinto-me, agora, perdido, distante, sem algo que possa adornar sem contratempos ou adversidades que nele contava e ninguém contestava ou repudiava,

Estou só. Sinto-me triste com a existência em que “existo”.
As palavras “gritam” e “choram” justificadamente num existir ao acaso e sem nexo de viver.
Hoje, Sinto Um Certo Desencanto No Meu “Existir”!
António Pena Gil
Obrigado.