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Thursday, August 02, 2018


Vivo Na Intemporalidade De Que Sou Feito E Manifesto!

Sinto as horas, os minutos, os segundos perpassarem por mim. Não posso fazer nada. Estagnar e interromper a sua difusão majestosa incontrolável no mundo das pessoas. Apenas, sei que outrora tinha todo o tempo para mim. Vivia e existia rodeado de “ponteiros” amistosos do tempo que avançavam sem preocupações ou registos significativos. Vivia. Sentia. Existia. Com delícia. Aprazivelmente. Com aquela imensa ternura que me fez.
Rodeava-me de amigos do peito. Sinceros. Sentidos. De bem com a vida. Transmitiam-me paz, sossego, bem-estar e tranquilidade. Estavam sempre presentes e eram dignos de expressarem tudo o que existiam neles. Faziam-no com bondade e com aquela sensatez verdadeira e autêntica de como sentiam em si a “aventura” quase “Celestial” neste Planeta adorável e perfeito. Aquela sobriedade que eu rebuscava para mim e me fizeram tão complexo, “decorado” na ternura e carinho de como sou.
Não! Não gosto muito de me expor. Vivenciar o mundo na “exposição” de mim e do que faço com o coração nas mãos. Quando o faço deposito no Planeta tudo o que possuo de bem. Tudo o que vai no meu eu com calma e otimismo convincentes para se sentirem ajustados e adequados ao viver deles.
Hoje, posso dizer que não possuo ninguém. Não sei onde estão? Não sei o que vivem? Não sei onde moram? O número de telefone perdi-o em “terras de ninguém”? Adorava vê-los. Eram imensos. “Pautavam” a minha vida sentida neles. E, hoje, fiquei só. Sem grandes conversas de maravilha e deslumbre que se esvaíram com a magia pura do tempo e no nada atual onde moro.
Tenho muitas saudades das nossas tertúlias que encetávamos com fundamento e felicidade só neles. Não consigo deixar de pensar nessas majestosas pessoas. Entravamos noite adentro e conversávamos até à fadiga já de manhã encantados e repletos difundindo o tempo de notabilidade e agradabilidade marcantes.
Nunca os esqueci. Nunca deixei de os procurar. Nunca os esqueci na sua grandiosa e preciosa existência. Eram fabulosos conversadores. Eram notáveis pessoas com quem valia a pena aprender o “ existir”.
Vivo Na Intemporalidade De Que Sou Feito E Manifesto!
António Pena Gil
Obrigado, majestosos amigos.