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Saturday, April 14, 2007

Uma História feita de Amor


Uma História feita de Amor

Maria crescera, entregue ao encanto e ao magnetismo dos seus sonhos.
Maria fora sempre uma deliciosa e terna pessoa, triunfante nos actos, acatando prontamente como exemplar filha, o perfeito encaminhamento, aconselhamento, dos seus pais que, viriam a contribuir para a sua íntegra Formação e plena Educação. O sucesso de Maria em tudo ficou a dever-se a essa constante presença. Inesquecível!
Entretanto, os anos passaram. O tempo cimentou a sua fascinante pessoa. Maria casara e tinha agora uma esbelta e saudável filha de dez anos, a Mariazinha
A Mariazinha tinha a pureza e o encanto, quer nas feições, quer nos gestos, quer na amabilidade para com todos, de sua mãe, Maria.
O marido amava intensamente as duas, compenetrado da harmonia e bem-estar do lar e no que elas lhe provocavam de beleza como num sonho mágico, belo.
Uma história real de príncipes, princesas e principescas princesas pequeninas, entenda-se.
Não habitavam o Palácio Real, como supostamente se esperaria.
Haviam decidido morar numa confortável casa, distante do Palácio, com a necessária paz e conforto para os três.
Maria incentivava a sua filhinha com procedimentos sensatos e plenos de sobriedade, apesar da tenra idade. Não poderemos nunca nos esquecer que tinham sangue real. O pai, discreto e terno, tudo observava, desvanecido e embalado pelo sonho da brisa suave do amor. Sentia um amor pelas duas, indescritível e intransmissível de arrebatamento, só pertença sua. Só de vê-las conversar ficava extasiado, mas sereno e pleno de bom-senso. Então, o seu olhar cintilava de alegria.
Um dia, a pequena princesa pediu à mãe que lhe explicasse o que fazia ela com dez puros anos de idade.
A mãe, a princesa Maria, esboçou um sorriso que só ela conhecia. Que fora sempre seu e a definia. Tremeu ligeiramente, embalada como que, por uma melodia muito bela e disse:
- Filha! Senta-te aqui. Vais ouvir uma história que nunca ouviste. Senta-te no meu colo. – Era a pergunta que, a princesa Maria queria ouvir, escutar, da voz da filha.
A pequena, mas singela figura da princesa aconchegou-se no seu peito e no seu colo que parecia protegê-la e ampará-la, com imensa prontidão e curiosidade em ouvir.
Com a voz comovida, embargada pela emoção e satisfação, a Princesa Maria começou a contar:
- Sabes, Mariazinha, eu vivia a sonhar! Com os teus doces e puros dez anos. Eram sonhos de encantar. Magníficos! Adorava os livros e o que eles contavam. Cavalgava, a maior parte do meu tempo, em cavalos alados que me ensinavam o sentimento de existir, em longas e intermináveis viagens, sítios deslumbrantes incertos, mas bonitos, conhecendo pessoas que nunca vira, que me narravam com encanto os seus pensamentos e emoções, visitavam as minhas ideias e, acima de tudo, eu gostava de ser como era. As melodias sábias desses livros transportavam sempre mensagens, mensagens que nunca esqueci e, me ensinaram, a ser o que sou agora. Também escrevia. Escrevia com a minha alma e o meu coração, entendes? Está tudo aqui no meu cérebro, assente em mim, no meu caderno da vida, entendes? Também me dedicava com fervor a tocar piano e, a entender, a magia linda que transmite a sua sonoridade, compreendes?
A Mariazinha sorriu maravilhada, com aquele inconfundível sorriso tão parecido com o da mãe. E, disse:
- Gostava de ser como tu, mãe? Gosto de ter uma mãe como tu, assim como és. Sinto-me muito orgulhosa. Ensinas-me a compartilhar o bem, a viver num sonho, como descobrir nos livros, lugares desconhecidos e os pensamentos de uma imensidão de gente? Podes ensinar-me a viver, a viver a amar a vida e a viver a amar as pessoas? – Proferiu, aconchegando-se mais ao peito da mãe e ao seu maravilhoso colo protector.
A Princesa Maria sorriu de novo. Um lampejar fascinante brilhou-lhe no olhar e retorquiu:
- Sim! Eu vou aconselhar-te em tudo. Levar-te a conhecer sonhos, lugares, pessoas. A magia simples e transparente da vida. Mas com uma condição:
A pequenina sobressaltou-se, esperando o que se seguiria. Apertou o seu franzino corpo contra o da mãe, parecendo não querer sair de lá mais.
A Princesa Maria ganhou força e disse:
- Nunca deixes de sorrir!


Mensagem: E, acima de tudo, se perpetuou uma vida. Uma vida que auguro de satisfação e de imensa alegria. É o meu desejo sincero.


Poliedro. Abril.2007 Com Dedicação por ti, Maria
(Os nomes foram alterados para salvaguarda das personagens)!