A Euforia da Amizade
Sei que tenho poucos amigos. Mas, quando os tenho agarro-os com força. Com toda a garra que possuo e que me faz pensar. Vê-se-me no olhar com uma nitidez surpreendente.
A Amizade é uma coisa simples. Um gesto. Um cumprimento. Um "Olá!"
Estimo-os muito e desmenbro-os de atenção, os amigos. Tal a impetuosidade. O Afecto que por eles nutro. Um afecto que transcende. Abarca uma entrega. Uma dedicação fervorosa. Intensa!
Sinto-me nos amigos. Por completo. Com euforia e querer.
Torno-os visíveis em mim e no que sou.
Olho para o que me rodeia. O Mundo! Esse gira e dá voltas. Muitas voltas. A Amizade perdura. Tem que perdurar.
Apesar do Mundo girar, não "giro" os amigos. Tento só compreendê-los. Instalar-me nas suas preocupações. Nas suas indecisões. Nas suas dúvidas.
Interrogo-me sobre as suas vidas com paixão. Tento compartilhar indecisões. Tento compartilhar o seu valor. Porque têm valor. Um valor que arrebata pela delícia das atitudes. Não precisam ser muitas, mas que se vejam.
Como eu percorro com querer, um rumo certo e sincero para a amizade.
É que a guardo com carinho e não a quero perder. De forma alguma! Até, porque me dizem muito.
Apesar de tudo, na solidão de mim, fico eufórico, muito eufórico, com o desabrochar de uma amizade, seja de quem for se fizer sentido, em que confio, parece-me que o que dou é nada. Um vazio, se calhar. Mas, um vazio significativo que percorro com muita dedicação e por o inteiro em que me entreicheiro. Só eu sabedor deste acto.
O seu reconhecimento e, o meu reconhecimento, podem crer que é sincero. Muito sincero!
Fico eufórico com a amizade e com os seus gestos.
Eternizar-se-ão!
Pena. Junho.2007.