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Wednesday, September 19, 2007

Diário de Viagem a "Castelo Gondolfo": Estive tão, tão perto, do Sumo Pontífice da Religião Católica!


Diário de Viagem a "Castelo Gondolfo": Estive tão, tão perto, do Sumo Pontífice da Religião Católica!

Quando no dia anterior visitei o lugar de"Castelo Gondolfo", residência do Papa de Verão , cheirava ao misticismo e quietude do lindo poder de Deus.

Nunca fui um "beato" da Igreja. Nunca senti o imenso poder da sua palavra, mas respeito e admiro a sua capacidade angelical e divina. Muitos crentes acreditam, de forma intensa, na sua importância e no seu poder. E, eu, respeito-os. Lá têm as suas muito próprias convicções.

Recordo instantes mágicos somente. Parece que estou a ver o imponente Castelo em que, por acaso, o Papa estava presente e de férias.

Havia um brilhozinho lindo e sentido no olhar das poucas pessoas que concentravam a sua atenção ali.

Sentia-se a imponência e o cheiro de Alguém muito importante e, a nossa atitude, era de fascínio e de mistério. Sabiamos que ali, a dois passos, estava um defensor da bondade, da igualdade, da fraternidade, entre todos os povos do Mundo.

Ver o Sumo Pontífice seria um momento único. Imortal. Maravilhoso pelo que representava no nosso ser ansioso e deslumbrado por tudo o que nos estava a acontecer.

Sentámo-nos numa esplanada bem perto do Castelo majestoso. Por entre gestos e mais gestos que exprimiam a língua que não era a nossa, pedimos um café.

Notava-se amabilidade por todo o lado. Conforto no cheiro especial.

Olhamos para lá. A Guarda Suíça, composta por dois valorosos seres, vestidos, trajando as suas vestes tradicionais e peculiares, surgiam bem marcantes na sua função encarregada de proteger o local, embora não fosse mesmo necessária. Podia prescindir-se. Anular-se.

Se o Papa temesse qualquer coisa, tenho a sensação que a resolveria à sua maneira bem doce e sincera de homem de bem.

E, àquela hora aquele espaço tão representativo limitava-se a três dúzias de pessoas que apareciam aqui e ali, de forma aprazível, curiosa e interessada. Não iria acontecer nada de mal, tinha a plena certeza.

O café absorvido por nós, teve um sabor tão agradável, tão agradável que, nos sentimos viver a irrealidade de um sonho impensável, talvez, por estarmos ali, observando os Guardas e observando tudo, mas tudo. Paramos. Estivemos parados a sonhar. E, que sonho! Bastava colocar o olhar em frente e entrar no sonho simples e mágico só de sonhar e encaminhar o olhar. Nem um movimento, nem um gesto ousavamos executar para não perturbar aquele lugar tão mágico, distante e vivo , na imaginação de todos nós.

Só nos permitiamos a nós próprios olhar! Como uma imposição milagrosa: só olhar!

Permanecíamos como petrificados de encanto. Verdadeiramente conduzidos pelo fascínio de nos lermos e ser lidos. Descobrindo o sentir que, maravilhosamente, sentíamos.

O Papa Bento XVI não apareceu. mas também o compreendiamos na sua majestosa ausência.

Estava lá o lugar, o odor, a vida. Tão lindo foi estar ali.

O céu estava em tudo. Presente em nós. Desperto pelo poder misterioso e mágico. Sentido! Autêntico!

Hoje, ainda pestanejo incrédulo pelo olhar, pelo sonho, pelo céu.

Bento XVI esteve tão perto, tão perto! Tão próximo de mim. Esteve no mesmo céu de mim. Ali. Vi-o em pensamento. No sentir. No odor. Na eterna e deslumbrante partilha comum do lugar.

Estive tão perto, tão perto, de ver o Papa. Senti o meu eu incrédulo. Estupefacto!

Emerso na beleza encantada só do olhar.

Eu sei que me viu, embora não a tenha, a certeza absoluta.

Mas, viu!


Pena. Visita a Castelo Gandolfo.Setembro.2007


Mais tarde consegui vê-Lo em Pessoa na benção das Quartas-feiras na Basílica de S. Pedro!

Fiquei sem falar! Muito tempo!