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Thursday, September 06, 2007

Diário Final de um Turista ocasional 2 - Florença existe!


Eram seis horas da manhã quando nos concentramos em frente do Hotel, em Florença.

Havíamos dormido um sono profundo, mas curto.

Todos concentrados, aguardávamos a chegada do brioso guia, Rui. Íamos conhecer o centro de Florença que deteria por completo a nossa imensa e bem desperta atenção.

O autocarro que nos conduziria estava silencioso, parecendo ainda descansar o olhar feliz, de enormes cidades já percorridas e vistas.

O motorista esperava junto a nós, sempre bem-disposto e agradecido por poder compartilhar connosco dois dedos de conversa.
Quando sorria era porque nós sorríamos.
Quando ficava sério era porque nós facávamos sérios.
Achei engraçado este Senhor.

Tinha um nome algo insólito, Sinhõr Autista!

Passados breves instantes chegou o simpático Rui, sempre com um ar resoluto, mas cordial e simpático para nós.
Um a um entramos no autocarro. As Senhoras em primeiro lugar e os jovens em último.
Uma atitude praticada por todo o nosso unido grupo, que louvo e aprovo com satisfação e encanto.

Já em andamento, sentimos o ar fresco do ar condicionado da vivida viatura entrar em nós, com uma sensação agradável e bemfazeja. Agradecemos o seu afago e abraço prazenteiro, em uníssono. Nunca soube se o escutou!

Escutamos a voz bem timbrada e sempre fresca do Rui, empunhado de microfone:
"- Florença constituí um tesouro do Renascimento, o despertar artístico e cultural do séc.XV. Escritores como Dante, Petrarca e Maquiavel são daqui oriundos e encontram-se aqui sepultados. Contribuiram muito para a herança literária grandiosa do Mundo de todas as épocas, embora fossem os pintores e escultores como: Botticelli, Miguel Ângelo e Donatello que consegiram transformar a cidade numas das maiores capitais artísticas do Mundo".
Escutávamos atentamente as palavras que ecoavam por toda a viatura, deslumbrados pelas informações que surgiam sem serem lidas, saíam directamente do pensamento admirável do Rui. Este, continuou, com sabedoria e isento de cábula:
"- Em Florença existem dois pontos de referência e importância a visitar que aconselho vivamente, pois, vão ficar entregues a vocês próprios e terão muito a descobrir, são: o Convento di San Marco e a Galleria dell´Accademia. Para lá disso, acrescento que, a Ponte Vecchio, datada de 1345 sobre o rio Arno, separando a cidade em duas margens. Numa delas existe uma grandiosidade de ouriversarias cintilando ouro autêntico, repletas de fascínio e luminosidade onde poderão gastar todo o vosso dinheiro e regressar a casa depenados por completo."- Acrescentou em tom brincalhão e muito bem-disposto.

Comecei a sentir encanto por esta cidade e pelo que ela me revelava. Comecei a apaixonar-me por ela, com fervor e desmedidamente, quando, já para o final do dia visitei e adorei tudo, mas tudo, com que ela presenteia os seus visitantes.
Visitei, particularmente, o Convento di San Marco, visualizando o Duomo e Baptistério. O Duomo considerado o símbolo de Florença que atribuí àquela, ser a quarta mais importante Catedral da Europa. O Baptistério, conhecido através das Portas do Paraíso de Miguel Ângelo, recheia-se e orgulha-se, possuir coloridos mosaicos do séc. XIII representando o Juízo Final.

Ao calcorrear as suas ruas, ao conversar com as suas gentes, ao visitar as suas relíquias, Florença ficará eternamente no sonho de mim, pela pura enorme beleza e gigante majestade de ser.

OBRIGADO, Florença!

Regressarei um dia. Prometo.

Pena. Agosto.2007. Escrito algures em Florença. Itália.