Olhando, percorro o lugar. Percorro-me. Talvez, ao acaso!
Nada me pertence. Sou um Firmamento que me percorro.
Percorro-me olhando, por amar a vida.
Adoro a magia da vida.
Das pessoas. Dos seus encantos. Dos seus mistérios.
Percorro o Firmamento de mim, com convicção, embevecido pelas gentes que atravessam decididas os meus instantes presentes.
O bater das horas na máquina do tempo imparável.
Calcorreei o lugar que mora no sabor da brisa que passa em mim, que me sacode, com dúvidas por desvendar.
Imensas dúvidas. Inconstantes. Inexactas. Imprecisas! Vagabundas! À solta!
Completamente à solta, num espaço que não sei se entendo. Por ausência de entendimento!
Amo demasiado as pessoas. Os seus gestos. Os seus sentimentos. Os momentos que definem a sua ímpar beleza e, me conquistam, mesmo sem compreender.
A melodia terna e doce da vida atravessa-me de lado a lado por tudo o que sinto e olho.
E, tenho tanto a dizer. Que fica por dizer. Tenho tanto a explicar que fica por explicar.
A Vida! A Vida é-me preciosa. Não consigo defini-la por ser simples demais a sua definição.
Adoro-a, a Vida. Adoro-a, a sua existência, a existência em mim. Diz-me tudo. Tudo que não consigo exprimir ou explicar.
Fica assim! E, fica a viver comigo. No que, verdadeiramente, eu sou! Assim mesmo!
Percorro-me no Imenso Firmamento de mim.
Poliedro.Maio.2007