O MEU PAI POSSUÍ NETOS - A MINHA MÃE É A MINHA DOCE MÃE - ENFIM, A MINHA FAMÍLIA...
O meu pai possui netos.
A minha doce mãe é a minha doce mãe.
Para mim, são representativos, inigualáveis. Constituem uma presença importante aos meus olhos, aos olhos da nossa vasta família, que os tornam imprescindíveis, imortais.
Só por pensar neles, adquiro a magia do sonho que se impõe à realidade e me alimenta o pensamento. Consolida-me as ideias. Consolida-me a aprazível sensação de viver e existir. Ela faz parte de mim e do que sou.
Assim, tudo está bem. Assim tudo está certinho. Maravilhosamente certinho!
O meu pai ama a vida, com um fulgor de um adolescente irrequieto, inconformado, rebelde. Tem constantemente inúmeras coisas para fazer, mesmo que não as tenha para fazer. Penso que perdurará para lá do infinito, entrincheirado nele e na sua saúde de ferro.
O meu pai não nasceu para morrer. Não aceitaria. Ninguém o aceitaria. Nasceu para viver e amar a vida. E, assim, é que deve ser. Assim, é que é: um exemplo de pertinácia e querer, para todos nós!
A minha mãe é a minha doce mãe. Governa carinhosamente as nossas ideias. Todas as ideias da família. Fomenta-nos os conselhos, a ternura, o amor!
É uma excelente mãe! Anda sempre por perto de nós, por nos amar!
E, fá-lo por amor! Por amor à família que somos nós e que somos muitos!
E, por pensar que somos muitos, governa-nos e tem-nos amor.
Quando olho para os dois, acalenta-me o ardor de os abraçar. Mas, abraçar muito. Aconchegar-me de encontro aos seus peitos e permanecer ali toda a vida. Toda a minha vida!
Fá-lo-ia, sem hesitar. Sem pedir licença a ninguém, porque comandam o amor que há neles, o amor que têm em mim, o amor que têm em nós!
Não! Não pediria licença a quem quer que fosse. Penso que todos nós ficaríamos bem naqueles doces colinhos.
Ficaríamos todos assim durante muito tempo, apesar de sermos muitos! Penso que eles, estes colos afáveis, nos dariam uma outra perspectiva de vida, de amor, de aconchego.
E, caberíamos todos, tenho a certeza!
Para sairmos seria mais difícil, mas eu seria o último a sair. Ficaria só mais um bocadinho.
Só mesmo mais um bocadinho.
Depois, julgo que encararia melhor a vida. Compreenderia melhor as pessoas.
Compreenderia melhor o Mundo!
Compreenderia melhor a minha vasta família que, às vezes, não entendo lá muito bem!
Porquê?
Não sei! Só sei que não sei!
(Dedico um beijo enorme aos meus pais)
By Poliedro, Janeiro de 2007, numa agradável manhã de descanso.