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Tuesday, July 03, 2007

Como sinto e vivo a Educação


Como sinto e vivo a Educação

Sempre nutri pela Educação, de crianças e de jovens, uma apaixonante sensação de dar um sentido ao vazio vivificado no quotidiano da minha vida que só eu sei. Preencher as lacunas existenciais que frequentemente me assolam sem pedir explicações ou pedir razões mais que válidas.
Só optei. Só senti que queria aquilo. E, foi aquilo que escolhi.

Hoje, perdi os sentidos na desilusão da minha escolha.
Falam-me em Educação.
Retenções sucessivas…Abandono escolar…Falta de maneiras…
É um constante desabafo! Sentido! Profundo! De pessoas que vendem e apregoam o significado deste pensamento. Destes pensamentos que suporto até me cansarem.
Tenho a consciência tranquila e as ideias no lugar, onde elas devem estar. Estou certo disso.
Porquê? Porquê tudo isto?
- Não respeitam regras! Não se comportam como deve ser! Não conseguem aprender! – Ouço os comentários desesperados de vozes, como a minha.
- É árduo. É difícil! – Digo, contemporizador.
- Assumi um pacto de tolerância que não se compadece com os tempos de hoje. – Vou pensando. Paciente. Amigo.
Sofro, mas não desisto desta empreitada da vida com facilidade.
Não esqueço. Fiz um pacto! É para ser cumprido. Integralmente!
Sofro. Mas, …
Jurei-lhe fidelidade, à Educação. Prometi quando contrai matrimónio com a Educação.
É para cumprir.
Às vezes, faço-me surdo. Faço-me mudo. Não escuto. Não falo.
Sofro.
Também desabafo. Arrelio-me. Dou berros. Manifesto o meu desagrado.
Mas, tudo acaba rapidamente. Passa.
Recomponho-me e vou à luta pela Educação. De novo. Recomeço tudo, novamente! Recomeço onde foi interrompido o sonho. O meu sonho. O sonho deles. O sonho de todos. O sonho que para alguns se tornou num imenso pesadelo. Um imenso pesadelo de desilusão.
Sofro. Sim! Como eles. Não sou diferente em nada.
Sinceramente, em que isto se tornou? Tão diferente dos meus tempos? Tão distante do que eu fui? Tudo tão diferente? Aconteceu num ápice.
Porquê? Porquê? Porquê?
Só sei uma coisa: Agora não vou desistir! Tenho força, podem crer! Tenho esperança!
Amanhã, quando o sol raiar, bem cedinho, vou de novo à luta! Eles vão aparecer de novo.
Porquê?
Porque acredito neles. No futuro deles. Nos meus e nos sonhos deles.
Sofro.
Mas, …
Não desisto facilmente!
Se hoje estou mal, amanhã tudo voltará à normalidade e acredito que estarei bem.

Vale a Pena!

Fui eu que escolhi! Fui eu que optei! Ninguém me mandou.
E vou conseguir! Tornou-se um desafio pessoal que deverei resolver, equacionar e encontrar a solução.
Sem equívocos! Irei para vencer e, depois, ficar de bem comigo próprio e com a consciência que me habita. Ficarei mais tranquilo, podem crer!
Pena. Reposição de um Diário de um Professor. Janeiro.2007