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Monday, October 30, 2017


A Minha Difícil Existência!



Quando me olho com pormenor e minuciosamente penso o que faço aqui?

Sou uma pessoa pouco significativa. Vivo como todos os Seres Humanos de bem. Nem mais. Nem menos.

As pessoas dão-me pouca credibilidade ou dotado de algum valor. Quando choro, “vestido” de vida choro para dentro de mim.

Conseguem humilhar-me. Maltratar-me. Fazem “caçoada” do que sinto que não vale nada. Conseguem fazer algum tipo de “bowling” que me faz desvanecer.

A minha presença neste mundo é pouca ou nenhuma. Não reajo a nada. Adorno o meu querer e, até já não respondo que aquilo tudo, bate na capa da minha indiferença.

Adoram e esperem que eu reaja. Que responda aos seus impropérios para que fale. Que me exaspere. Que me irrite. Não! Não vivo à medida deles. Não sou feito de circunstâncias. Não vivo como elas.

Possuo um carácter. Possuo a minha família. Possuo os meus ternos e adoráveis filhos.

É tudo o que vai em mim.

Por vezes, indignam-se com o meu silêncio.

Então são agressivos. Violentos. Cruéis. Podem entendê-los como uma grande dose de “violência psicológica” de gozo e de maltratar.

Respondo: - Quero ir para casa!

E, dirijo-me para lá, ultrapassando todos os “obstáculos humanos” que me barram a minha passagem. Neste desenlace, sinto-me inútil. “Um peso” para a minha existência.

Sobrevivo a muito custo. Ando sempre sozinho. Penso só. Ajo só. Sinto-me só. Estou e estarei sempre só.

Se tivesse ao menos algum valor já mo tinham dito?

Que faço eu aqui “decorado” por um Planeta tão majestoso e esbelto?

Se aproveitassem algo do que faço aqui, do que sou, já mo tinham dito ou feito alguma coisa, não acham?

Caio “desmaiado” de desgosto.

Nada do que faço se aproveita, sabem?



Apesar de enaltecer e elogiar sempre a Humanidade não presto. Não valho nada.

È tudo.

António Pena Gil



Sejam felizes, sim, amigos preciosos?