Os únicos e autênticos grilhões que coabitam em mim, estão pendurados nomeu pensamento. Existem e são reais. Não me esquecem ou abandonam,facilmente! Necessitam de mim e eu deles! Permanecem agarrados à avassaladorainércia das ideias, pecando por soltarem-se! Afinal, porquê? Vivem na pacateze no silêncio do quotidiano, sempre presentes e indissolúveis. Perante umanecessidade preguiçosa e parasita que exigem discrição, soltam-se e vagueiamnão muito satisfeitos na minha mente, já muito gasta e preenchida. Existempara incomodar! Sinto-me algo confuso e insatisfeito. Não! Não tem nada a vercom as pessoas! Tem a ver com a complexidade e as exigências estereotipadas domundo de hoje. Além do mais, desculpem-me, mas sobrevivo repleto de enxaquecasdesconcertantes, mas muito saudáveis e necessárias. Alertam para a vida!Fazem-me existir! São sinais reais, mas intransmissíveis de que estou aqui!Estou aqui, agrilhoado ao meu fiel e sincero pensamento, que me ajuda de noitee de dia a sobreviver. Ajuda-me a fluir na imensa multidão que compartilhacomigo os milagres de sonhar e de viver! De viver e de sonhar, lado a lado,unidos num objectivo comum, consolidar desejos e ambições. Não! Ele, opensamento agrilhoado, permanece preso por ideais, ideias por satisfazer, leale presente, mas aprisionado. Entendem? E as prisões do pensamento são comunsa todos os mortais. Eu! Sou mais um! Se o soltarmos não existimos. Omaravilhoso sentimento da existência soçobra, cai, esvai-se num vazio emorre. O pensamento é algo de precioso, é algo como um grande tesouro que noshabita e, a sua magia conduz um barco, num vasto oceano de águas puras, masrevoltas e alteradas, em face de um maremoto, orientando-o rumo a um portocalmo e seguro. Os poetas e os sonhadores compreendem o Universo que Ele criou,perfeito na sua imperfeição. Eu, aprisionado no meu pensamento, compreendo-oà minha maneira inequívoca, de o observar e de o sentir, um pouco como eles.Ele criou-o, mas esqueceu-se do pormenor de criar o pensamento comum sem seraprisionado, remetido ao nosso interior, sensível a tudo e a todos. Podemossoltá-lo um pouco e, depois? Acontece que queremos divagar, corrigir e amartambém. Algo, surge...- A imperfeição! Incompreensível nas suascontrariedades e dificuldades de ultrapassar, que exigem lucidez e prontidãode actos sóbrios e sensatos. Os mais fortes vencem e os outros? Os pensamentosacomodados e submissos na bajulação prosseguem intactos, mas os outros? Opensamento criativo, insubmisso e atento? Que fazem a esse? Nem tudo está bem.O pensamento esconde-se, retrai-se e dissolve-se! Os agrilhoes do pensamentosurgem. Mais tarde, o Universo que nós criamos, morre connosco! E com ele,morre o sublime pensamento agrilhoado! É o fim. E, libertamo-nos, finalmente!Mas, infelizmente, já é tarde demais! Acabou-se! Resta a dignidade e aseriedade, esquecidas logo, do que ele foi!
Saturday, October 28, 2006
O Pensamento Aprisionado
O Pensamento Aprisionado
Os únicos e autênticos grilhões que coabitam em mim, estão pendurados nomeu pensamento. Existem e são reais. Não me esquecem ou abandonam,facilmente! Necessitam de mim e eu deles! Permanecem agarrados à avassaladorainércia das ideias, pecando por soltarem-se! Afinal, porquê? Vivem na pacateze no silêncio do quotidiano, sempre presentes e indissolúveis. Perante umanecessidade preguiçosa e parasita que exigem discrição, soltam-se e vagueiamnão muito satisfeitos na minha mente, já muito gasta e preenchida. Existempara incomodar! Sinto-me algo confuso e insatisfeito. Não! Não tem nada a vercom as pessoas! Tem a ver com a complexidade e as exigências estereotipadas domundo de hoje. Além do mais, desculpem-me, mas sobrevivo repleto de enxaquecasdesconcertantes, mas muito saudáveis e necessárias. Alertam para a vida!Fazem-me existir! São sinais reais, mas intransmissíveis de que estou aqui!Estou aqui, agrilhoado ao meu fiel e sincero pensamento, que me ajuda de noitee de dia a sobreviver. Ajuda-me a fluir na imensa multidão que compartilhacomigo os milagres de sonhar e de viver! De viver e de sonhar, lado a lado,unidos num objectivo comum, consolidar desejos e ambições. Não! Ele, opensamento agrilhoado, permanece preso por ideais, ideias por satisfazer, leale presente, mas aprisionado. Entendem? E as prisões do pensamento são comunsa todos os mortais. Eu! Sou mais um! Se o soltarmos não existimos. Omaravilhoso sentimento da existência soçobra, cai, esvai-se num vazio emorre. O pensamento é algo de precioso, é algo como um grande tesouro que noshabita e, a sua magia conduz um barco, num vasto oceano de águas puras, masrevoltas e alteradas, em face de um maremoto, orientando-o rumo a um portocalmo e seguro. Os poetas e os sonhadores compreendem o Universo que Ele criou,perfeito na sua imperfeição. Eu, aprisionado no meu pensamento, compreendo-oà minha maneira inequívoca, de o observar e de o sentir, um pouco como eles.Ele criou-o, mas esqueceu-se do pormenor de criar o pensamento comum sem seraprisionado, remetido ao nosso interior, sensível a tudo e a todos. Podemossoltá-lo um pouco e, depois? Acontece que queremos divagar, corrigir e amartambém. Algo, surge...- A imperfeição! Incompreensível nas suascontrariedades e dificuldades de ultrapassar, que exigem lucidez e prontidãode actos sóbrios e sensatos. Os mais fortes vencem e os outros? Os pensamentosacomodados e submissos na bajulação prosseguem intactos, mas os outros? Opensamento criativo, insubmisso e atento? Que fazem a esse? Nem tudo está bem.O pensamento esconde-se, retrai-se e dissolve-se! Os agrilhoes do pensamentosurgem. Mais tarde, o Universo que nós criamos, morre connosco! E com ele,morre o sublime pensamento agrilhoado! É o fim. E, libertamo-nos, finalmente!Mas, infelizmente, já é tarde demais! Acabou-se! Resta a dignidade e aseriedade, esquecidas logo, do que ele foi!