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Campanha do Agasalho 2009

Monday, June 01, 2009

Olho o Relógio Do Lugar Onde Estou. Sinto Uma Profunda Tristeza Quando Os Outros Estão Tristes...Sendo Crianças Muito Mais...!


Olho o relógio do lugar onde estou.

Bate as horas sem as esquecer ou omitir.

É o tempo que fala. Manifesta com prazer a sua presença. Também quer viver de forma visível e inequívoca.

Estou imerso numa pacatez imensa. Em tranquilidade. Uma tranquilidade preocupada com o meu Sentir. O meu Sentir porque aqui permaneço só eu.

Se estivesse mais alguém, seria para elas também o sonoro batimento. Nunca pararia a sua funcionalidade de que gosta imenso.

O bater das horas assinala-me que já é tarde. É noite. E, eu que adoro entrar noite adentro.

Esqueceu-se de certeza das minhas preferências, ele que me entende tão bem. Bem de mais.

Para mim, nunca é tarde viajar pelas palavras.

Deliciar-me com letras perfeitas. Com frases poderosamente significativas.

Significativas? Nem sei, confesso que nem sei se serão escutadas.

Brinco. Divirto-me. É tudo, sim! É tudo, nada mais.

Só sei que o deveria fazer.

Ninguém mo disse. Optei.

Aliás, nunca entendi este sonoro badalar das horas ao ritmo da escrita.

Fazem sonhar. Letras. Palavras. Frases. A sua doce e conjunta poesia fantástica e terna.

Não. O tempo deveria permanecer quietinho. Sossegadinho.

Bem arrumadinho.

Deveria não se manifestar. Incomoda-me. Mais a mais parece-me irreal.

Absurdo.

Inconveniente e despropositado, como a dor.

E, hoje sinto uma dor, sabem?

A melodia terna que escuto instalou-se no que sou.

E, eu fiquei embalado no quotidiano de mim. Do meu ser que a escuta.

Indiferente.

Absorto.

Sem escutar o som que sai da música que embala docemente.

Não sou insensível à beleza, acreditem?

A Paz invadiu-me.

Invadiu o desassossego crente e convicto que acredita na juventude. Que admiro.

Porque nutro um sentimento entendedor, julgo eu.

Pela sua deslumbrante conduta admirável que respira de vida.

Transporto-a em mim.

No que sinto. No que sou. No que penso.

No imiscuir-me nos problemas sensíveis dos jovens que acarretam e carregam sonhos de beleza e pureza em si.

Sentidos. Vividos. Existentes.

Eles levam a sério o amor e compreensão em que vivem. Gestos sinceros. Vivos. Lindos. Extraordinários. Sentidos de forma sentida. Magnificamente sentidos.

Hoje, vi uma criancinha doce verter lágrimas. Em pranto imerecido.

Teria dez ou onze anos preenchidos com a sua ternura e encanto. Chorava.

Docemente, apanhei as suas lágrimas de ouro puro.

Tentei aperceber-me de que mundo se tratava o seu precioso mundo, chorado tanto.

Senti-me tremer.

Até cambaleei de revolta por não perceber.

Aproximei-me cautelosamente da sua silhueta de insatisfação. Desassossego.

Olhei os céus pedindo auxílio apressado.

Meu Deus, se fosse eu, em vez de Ti, nunca permitiria o choro compulsivo nelas.

Aterrorizam-me.

Maltratam-nas. Sacrificam-nas sem se aperceber do seu enorme e precioso valor.

E, a mim?

Preenchem-me de dor. Sofrimento. Solidariedade.

Contagiam-me também, frágil que sou em tudo.

Na minha existência que é minha e que vivo.

Os seus rostos de encanto acalentam tanto desencanto.

Porquê?

A tristeza invadiu o meu ser inquieto.

A melodia parou. Deixou de sonhar a música que fazia parte integrante do lugar. Parei com ela.

Sem nada que pudesse discernir.

Fazer o quê?

Foi como se a ouvisse a tristeza comunicar novamente:

"Estou só. O meu Pai raptou-me. Levou-me os sonhos. Raptou-me as ilusões doces e puras. Comi restos do que as pessoas não desejavam. Sou infeliz! Imenso!"

Aquilo foi dito como uma bomba-relógio prestes a explodir de imediato ali.

Perturbou-me imenso.

Senti algo inexplicável.

Incompreensível.

De desilusão. De revolta explicável. Do sentimento mais puro compreensível que "mora" em mim. Autêntico.

Porquê, meu Deus?

As crianças e jovens, sabes meu Deus, deveriam sentir alegria. Afagos gostosos. Doces.

Nasceram com essa finalidade.

Porquê, meu Deus.

Um dia explicar-Te-Ei o porquê Disse Majestoso!

Oh, meu Deus ajuda-me, sim. Ajuda esta criança.

Não compreendo, mas seria incapaz de quebrar-lhe o "vidro" puro que a quebrou.

O vidro insensível em que habitava e que a "raptou".

Sim! Seria incapaz!

POR FAVOR, meu Deus ajuda-as, sim!

Fazes um favor a Ti e a elas.

Obrigado!

A minha ingenuidade adoraria. Acredito convicto que a Ajudarás!



Pena


Anseio que gostem, imprescindíveis Amigos(as).


Pena. Terça-Feira.02 de Junho de 2009.9 horas. "Olho o Relógio Do lugar Onde Estou...".