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Saturday, June 21, 2008

O Ritual De Pacatez Dos Momentos Harmoniosos Da Minha Existência!

O Ritual De Pacatez dos Momentos Harmoniosos da minha Existência!

Contrariando os instantes belos do descanso, de que necessito e a que me entrego para o meu bem-estar pessoal, hoje ergui-me do leito muito cedo.
A semi-madrugada envolveu-me. Com um sentir incrédulo de maravilhar.
Todos estavam embalados no sono. Viviam nele. Embalavam o descanso ternamente. Recolhidos nele. Com Amizade ao sono. Agradecendo-lhe generosamente a sua dádiva maravilhosa que podiam usufruír!
Olhei-os. Só de olhá-los embalados no sono, estarreceram-me de encanto..
O Astro-Rei dormia ainda. Recolhido em si e no poder de comando enorme da inércia de Deus.
Envolveu-me um sentimento aprazível, prazenteiro, que desejo que me habite constantemente. De uma força poderosa incrívelmente linda. Gigante!
Afinal, a simbologia da madrugada assinalava e demarcava o ciclo normal da vida. Nada mais.
Olhei demoradamente tudo. Tinha-se instalado um silêncio convidativo. Um instante belo e ambicionado, seguido de instantes decorados com a pacatez dos momentos harmoniosos, sentidos e sinceros. De pureza e incrível beleza.
O alvorecer ia-se definindo no “horizonte” de mim e do Universo.
No lugar onde estou existe uma semi-obscuridade propositada que foi decorada com carinho, para ser digna e perfeita.
O meu sentido carinho imperfeito, entenda-se!
Vivia do seu deslumbre instalado. Tamanha a agradabilidade do que vejo e sinto. Sentida e observada em mim e no que sou.
Podia apreciá-la calmamente. Gigante no silêncio. Convidativa ao nada que sou.
Relembrei o Mundo na “A Montanha Mágica” de Thomas Mann. Não sei porquê? Também não tenho de explicar.
Será que algum dia de vida necessitarei de me mudar para lá?
Para aquele livro e lugar tão poderosos, mas tão absurdos de conceber ou imaginar?
Preciso de pensar em alguma coisa. Urge em mim.
À minha frente, bem posicionada, uma tela partilhada na sua concepção por mãos de ouro. Fazia-me relembrar a inocência da expressão artística de “Miró”, digna de ser apreciada.
Talvez, as obras ímpares de beleza e talento daquele pintor/Ser surrealista Catalão.
Talvez, uma delas. “O Jardim de Miró” ou a admirável e bela obra“A Pedra Filosofal”.
Quem saberá?
Como a vi no Museu do Prado em Madrid. Injénua. Doce, por parecer fácil.
Desta vez, foi pincelada pelas mãos carinhosas dos meus dois filhos. Partilhada ternamente. Perfeita. Que mais podia ver? Nada senão um maravilhoso sentimento pelo que significa. Encanta-me imenso observá-la atentamente. Um encanto injénuo no seu imenso valor. Fantástico pela simplicidade. Pela ternura de mãos hábeis que contornam obstáculos e desencantos incrédulos com o seu imenso e poderoso Estar.
Explico-a pelo empenho de imensa ternura dos meus doces pintores de enternecer. Sim! Os dois! Dedicados a mim.
Na partilha encantada dos seus sentimentos e pensamentos que são pertença deles. Únicos. Ímpares. Por serem só deles.
Vivem e sentem como eu. Daí a similitude fantástica. Que amo. Que adoro! Que nem sequer consigo explicar por ser imensa?
Não! Não me esqueci de mim? Do que sou?
Sou um quadro há muito pintado. Visto. Revisto.
Talvez um dia eles expliquem o meu sentir? Por o entenderem. Por o compreenderem.
Por me conhecerem demasiado bem.
Por o sentirem em si sem dúvidas ao que faço sem perfeição.
Um conhecimento que me enche de alegria por eles o conhecerem. Bem de mais!
Também entreguei-lhes tudo o que possuo. A minha vida dedicada a eles, por inteiro. O meu inconfundível, presente e inequívoco amor.
Quando expresso o que sinto perpassa por mim um ritual pacato dos momentos harmoniosos da minha existência.
Bem-Hajas, VIDA! OBRIGADO sentido e sincero!
Cada dia que passa construo um momennto indefinível que comporta a minha existência.
Cada vez mais a albergo. Deslumbra-me de morar nela, na vida.
Estimo-a com fervor e dedicação.
Agarro-a com garra forte por me justificar e justificar os meus.
Guardo-a ternamente em mim, agradecido ao Mundo. Agradecido a todos.
Reconhecido pela relíquia preciosa que define o sentir do Mundo inteiro.
O meu Ser sincero.
O meu Amor real que habita na irrealidade de mim!
Nunca me arrependi do que penso sobre ela.
Eu respeito tanto a vida. A vida que sou.
A vida que me concederam.
Como sou feliz em viver, acreditem?
Pena.Junho.2008. 21 de Junho. “Belos e Inesquecíveis Momentos de Vida”