Penso. Penso muito.
Agarro o meu pensar com toda a força que tenho. Jamais desistiria dele.
Sente “coisas” que me definem. Existem. Filtro sempre o que sinto gostar de pensar.
Sim! Com dedicação. Até amor. Até delicia. Até pensamentos inabordáveis, mas que penso e sinto.
Pela madrugada, assisto sempre ao seu procedimento de se virar para mim e me explicar.
Me fala de interioridades sentidas de que gosto. Que ternamente me explica o que estou a fazer. A construir. A edificar, cimentando a alegria. A tristeza. O encanto. O desencanto.
Vivo nele e ele em mim.
Hoje, tive um sonho. Sonho constantemente.
As cidades não se sonham. É indelicado sonhar com elas.
Arregalei bem os olhos para mim. Esperei por explicações que se demoravam a explicarem-se. Tu pensas cada coisa?
Vi de alto, voando num avião imaginário do pensamento aquelas ruelas e ruas encantadoras.
Pensei agora, como amava todas aquelas pessoas e todas aquelas “peças de Arte” visíveis lá do alto.
Como adoro viver aqui.
E, posso afirmar, que V. R. Sonho-a agarrada ao meu peito.
Bem-Hajas V.R.!
Aqui nasci. Aqui cresci. Aqui senti. Aqui amei.
Orgulho-me de a ter sonhado, acreditem?
E, sabem porquê?
Ninguém, mas ninguém, sonha com cidades.
Eu sonhei com a minha.
A minha cidade de V.R.!