Fantasmagóricas, na maioria das vezes, mas que me preenchem por completo.
Monday, May 12, 2008
Como A Percebo, À Noite!!!
Um crepúsculo de deslumbre, já há muito se dissipou no horizonte.
Imponente. Majestoso. Belo!
Ganho tempo. Muito tempo. A observar a noite.
As suas sombras inconfundíveis.
Fantasmagóricas, na maioria das vezes, mas que me preenchem por completo.
Fantasmagóricas, na maioria das vezes, mas que me preenchem por completo.
Hoje, neste preciso instante seguido de outros instantes habito a noite.
Moro nela. A noite alberga-me. Acolhe-me. Abraça-me com a sua bela cumplicidade.
Os ponteiros dos relógios pararam há muito, para mim. Mesmo há muito.
É tarde, eu não vejo como.
É leal. Nunca contei as horas.É afagante. Provoca-me uma sensação doce. Linda. A noite é linda.
Sinto que vai ser mais uma noite branca. Exalto de emoção pela sua amabilidade. Sentida. Vivida. Existente em mim.
A escuridão acolhe-me no seu seio de ternura. Alegre. Bem disposta que até me faz sorrir.
A noite faz-me sorrir poque a vejo sorrir com o seu inconfundível trejeito de sorrir.
Aberto. Amigo. Bem perto do que sou.
Essa escuridão de que falo e sinto, provoca-me um bem-estar enternecedor que acolho aprazivelmente.
Conquistou-me. Enlaçou-me.
Absorveu-me. Fez dar vida às palavras. Aos actos. Ao ritmo cardíaco de existir.
Faz pulsar forte o meu coração. O meu pensamento. O que vai em mim com beleza.
Uma pacatez bela!
Não admite, não consente, a fadiga, eterna e doce companheira de que não prescindo.
Jamais!
A eterna felicidade do Ser. Do eterno Sentir. Do deslumbrante Estar!
Olho à minha volta. Discreto. Posso agir incorrectamente sem o desejar.
A escuridão alumia-se por entre uma melodia e uma lâmpada acesa de escuridão.
Olho, de novo.
A minha visão abarca bem o que sinto. O que penso. O que faço.
Sinto necessidade de dar vida ao sonho.
Um sonho belo. Incontestavelmente, belo! Entrincheirado na noite há muito ansiada.
De forma Sentida. Vivida agora.
Costumo mimar a noite.
Falar-lhe ao ouvido carinhosamente.
Costumo nunca faltar à noite.
Delicia-me.
Não! Nunca lhe faltei. E, ela a mim! Nunca!
É ponto assente. Indiscutivel.
Angustia-me pensar, sentir, um dia fazer-lhe algum mal.
Porque o faria? Nunca, à Noite! À noite nunca!
A noite reflecte o que sou!
Partilho com ela, com a sua imensa escuridão, o silêncio, Sinto-me bem no silêncio dela, da noite.
Sopra-me sussurrando, só para o meu eu, uma melodia encantada da vida.
De viver.
De viver dentro do sonho!
Sem a noite, morreria!
Morreríamos todos, creio.
Mas, eu principalmente!
Morreria por não suportar a dor da sua ausência. Intensa.
Sofreria, até sucumbir nos seus braços de acolhimento e amparo estendidos maravilhosamente para mim.
Braços doces. De magia.Que enfeitiçam. Que nos fazem sonhar.
Sonhar o possível. Sonhar o impossível.
A noite fala-me. Diz tudo. Tudo o que lhe vai. Tudo o que me vai.
A noite dá vida à vida! Com a sua presença e com o seu doce afago.
E, eu não prescindo dela.
Quatro paredes. Uma melodia terna. Uma porta. Uma janela aberta ao Mundo. Um lápis. Um papel. Uma lâmpada difusa cintilante.
A escuridão arrebatadora que se exprime e que nos presenteia.
Cúmplice do sonho. Da vida.
Amo a noite!
Obrigado noite!
E, obrigado pelo que és, pelo que sou!
Obrigado!Fico-te eternamente grato, noite!
Porquê?
Simplesmente, por seres noite!
Pena, Uma Noite Branca de Encanto. Março.2007