Autênticos, que existem na autenticidade São meus. Tenho-lhes fé. Uma sentida fé.
Tenho poucos sentires que se repartem, mas esses são os de maior valor. 
São aqueles que lhes dou maior valor. Maior atenção. 
Coabitam comigo e vivem de sinceridade. De seriedade.
Quando a noite cai invadem-me. A sua penumbra assola-me. 
Com intensidade e fervor.
Talvez, pelo imenso silêncio. Melancolia. Alegria. Vivência.
Um Sentimento expresso sem receio do que virei descobrir! 
Do que virei a encontrar em mim. Não sei bem discernir com exactidão. Como hei-de saber? 
O Mundo parou nesta noite. Parou para eu pensar. 
Só eu moro noite adentro. Sozinho.
É por isso que sinto uma certa felicidade. Sinto-me bem. Gosto dela, da noite. É ímpar no desvendar o desvendável.
Ouço os seus sons. Ouço a sua quietude. Ouço o seu bem-estar.
Noites sucedem-se a noites. Sucedem-se numa audição de flauta ou harpa mágica sublimes na melodia doce. Terna. Bela. Deslumbrante. Linda. Excepcional.
Melodias invisíveis.
Só existentes naquele instante de preciosidade e de universalidade sentidas. que concebo, sem perceber bem. Com precisão.
Consigo apurar o ouvido e ouço.
O que descortinas nesse ouvir? 
Sei lá o que ouço. 
Se ouço ou não, não importa. Desvendo-me a mim mesmo, disso estou certo. 
Estou convicto. Talvez, certo. Preciso. Exacto. 
Há uma ligeira certeza que seria total, se soubesse quem sou. Só tenho uma ligeira certeza. Só ligeira. Apressada e sentida. A correr. Profunda na exactidão dos gestos.
Coerentes. Sóbrios. Lúcidos. 
Bem lúcidos, bem coerentes, bem sóbrios! 
Só acredito que um dia, dentro de uma noite, hei-de conhecer-me. 
Hei-de conhecer-me bem ou mal, mas conhecer-me. 
Aposto em tudo, menos na minha sensação visível e certa do que sinto.
Tavez, me faça uma prova.
Uma prova de que existo por solidariedade. Por Amor.
Acreditam?
Ainda bem!
Até porque consigo estar melancólico e alegre ao mesmo tempo, não sei como?
Sinto-me com um olhar repartido, passeando por mim adentro!
Sim!
Só passeando.
Passeando no jardim puro de mim e de forma adentro de mim.
Adentro do que sou.
Isso, sei.
O resto?
Não percebo, nem nunca perceberei, com sinceridade!
Com a minha inequívoca sinceridade, sim?
Vá-se lá saber o que nunca perceberei em mim?
Tudo!
OBRIGADO GIGANTES AMIGOS DE UMA VIDA.
A minha vida!.
Jamais vos dispensarei de mim.
Creio, que isso é tudo!
Isso percebo e sempre perceberei.
A arma bélica que utilizarei será de flores. Só dispararei pétalas que preencham o Mundo. O meu e o vosso mundo.
Preencherão o relvado do jardim existencial do mais puro néctar de amor.
Depois se verá o que pensam do que sou e do que sóis.