Sobre a vida? Procurei em mim.
Talvez, tenha alguns requisitos, embora tenha procurado muito.
Esforcei-me na sua busca. Rebusquei tudo! Mas, mesmo tudo, numa introspecção intensa. Era necessária.
Não sei!
Andei às voltas infindavelmente no pensamento. Nas ideias que me assolam. Nas atitudes. Nos gestos. No que sinto.
Apesar de não sobrar muito, estou presente em mim.
O que faço? Sei lá o que faço!
A vida que Ele me deu, não é só minha. É de todos!
Adoro a noite. Amo a noite. A sua tranquilidade. O seu bem-estar. O sossego.
Será normal que o crepúsculo do entardecer o veja com deslumbre e querer?
Dizem-me que devo fazê-lo, porque o seu significado e a sua beleza me conquistam.
Arrebatam-me!
Talvez, Deus quisesse que o fizesse desta forma. Quando lhe pergunto, não me responde! Só acena com a cabeça. Só me diz que poderei ter um pouco de sucesso.
Mas, pouco!
Ele sabe?
Vá lá. É claro que sabe.
Olho tudo e olho-me.
Por que és assim? Olhem, porque sou! Tinha de ser de alguma maneira!
O tempo passa. Não espera por ninguém, ou será que espera?
O profundo valor da existência que está patente em mim, conheço-o.
Bem demais!
Coabito na compreensão dos que me amam. Sinceros. Puros. Ternos. Entendedores.
Não vou falar do amor, porque há amor. Estou certo disso. Disso posso estar certo e convicto.
Certas palavras belas, maravilhosas, estão vivas. Presentes!
A vida que Deus me deu?
Claro que entendo e Lhe agradeço.
No espaço sossegado e aprazível da minha casa respira-se, vive-se, sente-se, o amor.
Lá fora, não sei bem, mas penso e acredito que pensarão e acreditarão no que sinto.
É para eles também.
Ele deu-me uma vida e vivo-a.
Sou FELIZ!
Pena, Outubro de 2005
(retirado de muitos dos meus escritos que encontrei abandonado)