Tuesday, January 02, 2007
O Meu Natal
O Meu Natal
(Escrito pelo meu filho Pedro, onde já lhe reconheço queda literária)
Faltavam só escassos instantes para a Meia-Noite! A hora de sonho para pequenos e grandes. O momento tão ansiado por todos os que ali estavam. O momento desejado desta noite mágica!
Havíamos ceado. A nossa ceia constara, como é ritual todos os anos e, é tradição, de batatas cozidas com bacalhau e couve. Tudo regado com azeite.
Em animada conversa esperávamos pelo Pai Natal. Sabem, eu acredito no Pai Natal! Nunca O vi, mas acredito. É bom acreditar no Pai Natal! Torna os rostos mais alegres e as pessoas mais bem dispostas!
No sino da Igreja, mesmo ao pé de minha casa, soara a meia-noite!
Tinha chegado a altura!
Agora era a vez do Pai Natal aparecer. A Árvore continha vários presentes, embrulhados em papel colorido que lhes davam enorme beleza.
Abrimo-los!
À minha volta a animação crescia. Ecoaram alguns gritos de alegria e satisfação.
Os meus olhos brilharam também. Havia recebido tudo o que pedira!
Nesse instante, lembrei-me de todos aqueles que não têm Natal. Os sem-abrigo, os que não têm família, os que vaguem pelas ruas fruto do acaso da vida, de todos aqueles os que não têm o conforto de um lar ou de uma lareira acesa para os aquecer. Sim! Lembrei-me também deles!
Senti uma grande tristeza em mim!
Eu gosto de ver as pessoas felizes e, embora seja ainda pequeno, o meu coração é grande e pensa neles também.
O Mundo deveria ser bom também para eles! Eu penso assim. Sempre o pensei!
O sino tocava outra vez. Desta vez era a chamada para a Missa do Galo.
A minha terna avó, em silêncio meteu-me o braço no seu e contentes, dirigimo-nos à Igreja.
Acontecera mais um Natal de sonho!
By Pedro Pena Gil, 10 anos de idade, mas com a ternura e a meiguice de alguns mais, bastante mais).