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Friday, January 25, 2008

"Visto a pele" dos Alunos/Pessoas/Cidadãos!

















Vêm todos os dias para a escola do "saber", "armados" de pesadas mochilas que não os soçobram. Agarram-nas às costas nada vergados, uns pequenos, outros maiores, outros simples e, ainda, outros mais complexos.

Armazenam nessas "sacolas" tudo o que lhes pedem, sem nenhum protesto ou desânimo.

Caminham lado a lado, sorriso nas faces rosadas da tenra idade e do tenro querer.

Vêm munidos do sonho por concretizar, inacabado, incompleto.
Interropem-lhes o sono cedo.

Ei-los a caminho mal o raiar do alvorecer desponta no horizonte que visualizam e percepcionam.
Vêm felizes. Ninguém lhes perturba nada, interrompe o sentir, o delicioso sorrir, só deles.

Jamais o permitiria, juro!

São os Alunos/Pessoas/Cidadãos.

Quando entram na escola, vêm munidos de ambições. Desejos. Sentires. Quereres.
Gosto só de os olhar e compreender.
Aliás tento ser um moderador do ensino, cuidadoso quando com eles lido. Estou atento a tudo e, desse tudo, percepciono muita coisa que me suscita apreensão, angústia, desamor que tento entender. Faço por isso.

Em mim, perdura o sentimento que devem permanecer de intocável sentir, de como são, de como íntegros deverão ser perpetuamente. Sem que nada ou ninguém interfira no seu bem-estar, harmonia doce e postura franca e inocente.

São Seres Humanos importantes. Muito!
Nunca permitiria que lhes tocassem no seu ser e sentir. Nunca! É exclusivo deles e, assim, deve continuar. São os Cidadãos da pureza.

Decidi "vestir-lhes a pele" e sentir o que sentem. Sentar-me onde se sentam. Viver o que vivem.

Vi tanta atitude errada. Impensada. Desconexa. Sem sentido.

"Fui um Aluno/Pessoa". Desci ao seu ser. Senti o que sentem. Vivi na "pele" deles o que vivem.
Apreciei o que é ser doce. O que é ser "comandado" sem o pedirem. O que é ser "ralhado" sem motivo para ralhar. Aprendi o que vai neles porque eu "fui" um deles.
"Vesti-lhes a pele".

Em tempos atrás vivi a sua alegria, o seu sonho.
Agora, sentado onde se sentam permaneci igual a eles e ao que sou. Entendi o seu "Mundo". Maravilhoso. Lindo!!!!!!!!!!!!!!!

Um sonho que já foi meu e que repeti para entender.
Entendi.

Como adorava que os entendessem. Como adorava que se preocupassem. Como me fascinaria "sentir-lhes" a felicidade e falta dela. Como "amaria" que fossem "amados".

Sinto em mim uma revolta que me silencia. Por lhes extravasar por completo a minha dedicação, que é minha e que não é universal, humana, sentida, profunda.

Quando deixei a sua "pele" senti-me à deriva.
Sim! Por tantas exigências que lhes fazem sem eles entenderem. Por tantas injustiças que se esforçam por aceitar, mas humildemente aceitam. Por tantos queres que querem impor-lhes e eles correspondem e esforçam-se por corresponder, sem entender.
São tão simples estes "Cidadãos" que dá para pensar. Só anseiam viver, estarem alegres, felizes!
É imprescindível que vivam a vida porque optaram. Que seleccionaram. Que ambicionaram.

Digo: Estas "PESSOAS" merecem o mundo. Merecem que vistam a sua linda e terna "pele". Que compreendam a sua vida, a sua ternura e o seu sentir.
Por mim: respeitá-los-ei. Permanecerão íntegros. Intocáveis.

Sabem a razão?
Porque são Alunos. São pessoas. São Cidadãos!
Um bem-Haja a eles. Terão sempre um "amigo" a quem recorrer.

Parabéns Alunos de sonho!
Parabéns PESSOAS!
Parabéns Cidadãos do Mundo!

Pena. Janeiro, 25 de 2008. "Os Alunos/Pessoas/Cidadãos". 20 horas e cinquenta minutos de um dia importante.