Orientam-me. Catapultam-me aos sonhos em que sonho.
Como me são queridos. Presentes. Autênticos. Verdadeiros. Sinceros.
Quando choro a vida, às vezes choro-a, preservam-me um carácter.
Quando eu, não sou eu.
São-me preciosos.
Já não conseguiria deixar de senti-los.
Deixar de Pensá-los. Abdicar deles.
O seu valor é imenso para mim.
No agir.
Na cabeça, quando penso.
Na miha forma de estar, quando estou.
Estão sempre ao meu lado, prontos a corrigir, emendar os erros, as inconveniências que, por vezes, me saiem e não deviam sair.
Assusta-me não os ter na minha companhia. Habituei-me muito a eles. Viciei-me neles.
Sou dependente deles. Necessito muito deles.
Preenchem o que sou. Sim!
Já fazem parte das minhas condutas, quando faço o que não devia fazer.
Protegem-me a minha constante ansiedade, a minha dignidade, se as possuo em mim.
Penso em só sorrir-lhes. Só!
Arrasto-os comigo na minha multifacetada maneira de abraçar uma existência, repleta de heterónimos, repleta de pensar, repleta de sentir e, até, repleta de amar.
Não necessito apelar por eles. Chamá-los. Falar-lhes ou telefonar-lhes.
Os meus Anjos-da Guarda acompanham-me e mostram-me o caminho exacto por onde devo seguir. E, eu, sigo-os, fiel a eles e, à sua sensatez e sobriedade do que são, e em que me transformo.
Sim! A sua presença é indubitavelmente valiosa.
Um tesouro imenso.
Uma relíquia meiga. Doce!
Eles sabem quem eu sou. Já conhecem o que vai em mim.
Decidiram não me deixarem ao acaso da vida.
Nunca poderia passar sem eles.
Oxalá nunca-me esqueçam.
Um Bem-Hajam, pelo que são.
Eu ficarei eternamente grato!
Sentido!
Feliz!
Pena. Janeiro 2008. "Um Fim-de-Semana em busca de Anjos-da-Guarda". 22 horas.