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Thursday, July 08, 2010

O Que me vai cá por dentro


O Que me vai cá por dentro

É Sexta-Feira. Um dia da semana em que decidi que seria para escrever. Escrever o quê? Não sei. Só escrever!
Estou com uma enxaqueca tremenda, desnorteante mesmo. Os termos mais correctos são: uma dor de cabeça avassaladora! Escrever não se torna fácil, brincar um pouco, jogar e entreter-me ternamente com as palavras para lhes darem a dignidade e a eloquência que elas e as pessoas merecem. Merecem mesmo, sempre. Atenção e encanto.

Assolado como me encontro tento despejar frases com um contexto lógico significativo que não vão suscitar interesse a ninguém. De certeza! Também não é o que pretendo! Que poderei dizer, então? Tenho que as soltar. Desprenderem-se. Agirem soltas, indo ao encontro do contexto que as fazem comunicar, expressar e fazer pensar! Essencialmente pensar! Nunca abdicarei de lhes prestar a pureza e a beleza imensas de atenção que merecem.

O meu filho convidou um amigo para, em conjunto, “lutarem” ferozmente, com a Playstation 2. Fazem uma algazarra desmedida, imbuídos numa brincadeira inofensiva para meu infortúnio e desgraça mental, colocando-me numa situação angustiante para me concentrar. Estas coisas deveriam ser proibidas ou então, a “carnificina” do jogo deveria ser silenciosa. Emitem risinhos de entusiasmo.

Sinto-me como se alguém me desse uma paulada na cabeça, com pontaria certeira para travar o pensamento e as ideias, mas insisto em fazer isto. Escrever é mesmo complicado, extremamente infrutífero, se não for ao desenrolar normal da pena, ao encontro das palavras, numa batalha fluída, leal, que consista em formar frases com sentido e coerência. Disputo umas e outras e digladio-me com elas deliciado, tentando construir significados que me parecem fugir, escorregar, rumo ao absurdo existencial e entranhando-se bem no seu seio. Afinal porquê?

Deveria estar sossegadinho a um canto, sem fazer nada, bem feliz, mas à beira de um ataque de preguiça, de nervos, ou a dormir tranquilamente na minha cama, compensando noites brancas, repletas de vazio e de nada, difíceis de digerir. Se calhar ocas do meu significado! Ocas de conteúdo meu!
No entanto, palavras é o que povoam mais a minha desgraçada cabeça e alguma coisa terá que sair, para me libertar das frases imaginárias que me consomem e que me desgastam constantemente os já poucos neurónios que se agitam em mim.
As imensas palavras coabitam comigo. Não se desprendem. Insistem que as ordene. Anseiam por me serem úteis. Servirem para alguma coisa. Guiarem-me com precaução e dedicação. Fazerem parte de mim!
Tento manter a calma.
Decidi já há muito tempo que teria de fazer boas acções, como um dedicado jovem escuteiro dos meus tempos e comportar-me convenientemente.
Ser capaz de estabelecer diálogos e conversas.
Prometi a mim mesmo que iria fazer isso, sem dúvida nenhuma! Assumi isso como um compromisso de honra ou um desafio imposto a mim próprio, sem hesitações e, plenamente convicto, de que me irei sair, bem isento de exaustão ou cansaço visíveis!
Sou assim!
Também vivo e sou sensível. Somente sou isto!
Entretanto, o crepúsculo abate-se, pausadamente, sobre a minha frágil silhueta e sobre a minha adorada cidade, vislumbrada através da janela do lugar onde estou.

Acendo um cigarro e aspiro uma longa baforada. Sei que não devia fazê-lo.
Fi-lo, pronto!
É tudo.

Pena. Julho. Dia 08. 2010

Um Bem-Haja, sentido a todos Vós, admiráveis e simpáticos Amigos (as) de sonho..
Oxalá gostem e leiam.
Tudo o que faço é a pensar na VOSSA deslumbrante amabilidade para comigo que é recíproca.
MUITO OBRIGADO sincero e sentido.
VOCÊS têm para mim um valor ímpar. Fascinam, sabem?
Pelos gestos e atitudes de sonho.
O meu agradecimento sensibilizado.
Reforço o meu AGRADECIMENTO. Sóis insuperáveis em tudo. Tudo mesmo.
Um Excelente Fim-de-Semana e uma Semana perfeita e de maravilhar vos desejo.