Como me haveria de esquecer? Impensável...!!!
O nosso voo Porto via Frankfurt para a Polónia foi calmo e fantástico.
Aqui e ali pequenas “turbulências”lá no alto.
Aterramos em terras polacas.
Nesse mesmo dia, depois da visita acompanhada por peregrinos do país que respeito imenso, a um lugar sagrado de culto católico em Czestochowa, o Santuário mais importante da Polónia e a veneração à Santa Negra com hinos e música tradicional dos habitantes religiosos, cantando, dançando e brincando, mas repletos de fé, sentimo-nos fascinados e deslumbrados.
De seguida e, nesse mesmo dia, passamos pelo oposto da visita encantada.
Com características fantasmagóricas, trágicas, mas sem esquecer os aspectos aventureiros necessários ao local onde ocorreu o massacre judeu da ganância condenável e de imensa loucura de Hitler, ganhamos forças e entramos.
O seu horror era visível em Auschwitz cujas barracas tresandavam a carne humana queimada. Isto é verdade. Impecavelmente limpas, mas com um cheiro enorme e poderoso sentido, de mulheres e de homens que ali foram, injustamente, calcinados e enterrados.
Pensem no tempo que já passou e aquele cheiro condenável de morte persistia.
Insuportável. Condenável. Revoltante.
A “aventura” , que não tem nada de “aventura” naquele mostruoso lugar, prosseguiu e, agora sim, seguiu o sonho há muito pensado e inscrito em nós.
Surgiram como por magia as “Minas de Sal” bem no interior profundo das terras polacas. Compenetradamente dissertadas e explicadas, num inglês perceptível, por um diligente guia auxiliar polaco. Fazia frio, mas lá dentro encontramos de tudo um pouco. Uma Catedral abobada com explendor, que continha a imagem idolatrada de joão Paulo II “empedrada” de sal e um restaurante com comida característica polaca.
Comemos sofregamente uma das muitas sopas que na Polónia existem. Creio, que em casa dos nossos simpáticos anfitriões, experimentamos todas as diversas sopas celebrizadas da Polónia. Um prodígio gigantesco de gastronomia incomparável, acreditem?
A simpatia daquela família era imensa.
Visível. Manifesta e sentida.
A imponente Cracóvia esperávamo-nos.
Parece que a vejo e a sonho com deslumbre.
Encontrava-se repleta de gente apressada e com uma direcção bem definida atravessando A Praça Principal do Mercado, local onde convergem todas as pessoas rumo ao encanto deste País lindo de sonho, onde tudo é imprescindível visitar.
Começamos por marcar a nossa presença, calcorreando a pé o imponente Castelo Real ,que visitamos em pormenor, bem como o seu rico e imenso valor acumulado e, constantemente reposto com imenso carinho e dedicação já habituados, a tudo "erguerem" de forma plena de orgulho e de brio sucessivo pelos polacos, (Foram saqueados três ou quatro vezes pelos invasores nas guerras que os atormentaram e fizeram sofrer intensamente) e, ainda a visita fugaz, mas agradável, à Catedral gótica onde na sua majistral cripta estão enterrados muitos dos Reis da Polónia.
Seguiu-se um gelado, bem no coração da cidade, no Mc Donalds local, bem "americanizado", mas que não nos convenceu nem foi refrescante como deveria ser, sobre um Sol estonteante, desnorteante e forte.
(Os Polacos têm uma forte admiração pelos americanos/salvadores do poderio Russo, cujo seu exército acabava de invandir a Geórgia.)
A Polónia deu imediatamente ordens de colocação de anti-mísseis americanos no seu solo, contra o controverso poderio naquela região do leste Europeu do poderio e da hegemonia dos Russos.
Respirava-se um ambiente tenso, incomodativo e flamejante na atmosfera já por si abafada pelo intenso calor.
Prosseguimos decididos na abrasadora temperatura de Cracóvia, em direcção ao Mercado dos Tecidos, onde fizemos a grande maioria das compras para os nossos amigos e familiares.
Visitamos ainda a Igreja de Santa Maria e a sua magnífica Torre Hejnal, onde soa a hora, hora a hora, A Igreja Dominicana, a Torre da Câmara Municipal.
Perto de Cracóvia vi a Casa onde nasceu o ex-PAPA de boa memória, já falecido e que era oriundo deste País que fiquei a entender melhor.
O seu berço alvo e pequeno e as suas imensas relíquias cedidas pela sua família, para enriquecer esta Casa/Museu em sua honra.
Outras preciosidades foram solicitadas pelos seus entes queridos mais directos, orgulhosos do Seu nome e importância.
Jamais esqueci este sonho sonhado há muito.
Necessário e imprescindível e, cujo povo se orgulha de ser como é e quem é.
Perante tantas situações adversas, carinhosamente tentavam reconstituir tudo ao pormenor, tudo o que fora trucidado pela força da brutalidade humana indesejável e execrável de intensidade de praticar em qualquer local do Planeta que habitamos.
À noite sentavamo-nos olhando os céus daquela fantástica terra que já foram preenchidos totalmente por aviões de guerra inúmeras vezes , sem o merecerem.
Olhei os céus muitas vezes sem esperar pela compreensão humana, mas pela companhia que surgia e me deliciava com a sua imensa beleza e pureza.
Adorei!
Encontrei uma Polónia de sonho.
Estou grato por poder concretizar um sonho inesquecível de maravilha e deslumbre.
Bem-Hajas, sensacional Polónia!
Estamos-te eternamente agradecidos e plenos de satisfação.
Inesquecível momento de momentos.
Agradecido por tudo o que sucedeu, adoro-te e adoro as tuas gentes, minha Polónia que não és minha.
Trago-te Polónia e trago as tuas gentes, recordando ternamente o que me proporcionaste, tu e a tua surpreendente e maravilhosa gente que jamais esquecerei.
OBRIGADO, doce Polónia!