
Monday, July 14, 2008
As "coisas" triviais cansam as pessoas. Vou contar-vos uma história, está bem? A minha Paixão Infantil Circense!

Na cave da casa da minha avó Maria aconteciam as coisas mais surpreendentes, mais insólitas, provocadas pela nossa fértil imaginação e intensa criatividade infantis. 
Era eu, o meu irmão, o Alfredinho e, às vezes; os meus primos: o Raul e o Augusto. 
Como não nadávamos propriamente em dinheiro, arquitectávamos os mais ardilosos estratagemas para o obter. De tempos a tempos encenávamos, empenhadamente, um espectáculo de circo. 
Sim, porque nós também tínhamos as nossas necessidades económicas e os nossos compromissos monetários, ora, com as guloseimas, ora, com as pastilhas elásticas, ora, com infindáveis passeios, (por vezes arriscados e perigosos, como eram, por exemplo, a ida a pé através dos carris do caminho de ferro à quinta do Alfredinho Bem - Posto, em Alvações do Corgo, colocando o ouvido encostado à linha para pressentir se vinha algum comboio ou, ainda, atravessando uma ponte, onde este passava, suspensos pelos braços nos seus carris, somente sabedores do abismo lá baixo sem nunca o olhar), com o intuito de fazermos um piquenique. 
Se caíamos ou passava um comboio era morte certa, inevitável e inapelável.
Ora, isso, também tinha os seus custos!
Tínhamos nessas alturas de comprar o farnel e isso implicava estarmos munidos de algum dinheiro. 
A minha avó Maria e mesmo a minha mãe nunca souberam destas investidas à quinta do Alfredinho, quero querer que nem a mãe deste. Quase ninguém conhecia as nossas peripécias, por vezes, arriscadas e plenas de perigosidade.
Mas, regressemos novamente ao circo.
Começávamos por fazer a publicidade, anunciando o espectáculo e, era eu, que geralmente, fazia os cartazes que colocávamos na nossa rua ou distribuíamos às pessoas mais conhecidas. O importante era informar aqueles que nunca tinham assistido porque se o conhecessem recusar-se-iam logo a presenciá-lo, por razões que oportunamente se perceberá. 
De seguida, atribuíamos os encargos e os papéis que iríamos desempenhar. 
Todos éramos os palhaços. 
Nunca escrevíamos o guião das piadas por preguiça e, isso, causava-nos dissabores, pelas razões óbvias: Ninguém se ria! Isso também não era o importante, como nas outras prestações também não o era, pois, o que era importante era o dinheiro arranjado, além de que os assistentes, neste caso, as assistentes, eram compreensivas e nunca exigiram o reembolso do bilhete. 
Havia também o trapezista ou os trapezistas, mas nunca conseguíamos esticar bem o arame, pelo que esta cena tornava-se algo confusa e aldrabada, transformando-se numa prova de equilíbrio com o arame colocado no chão. 
Não tínhamos culpa! 
O espaço era diminuto e o arame por vezes era curto e não chegava de um lado ao outro e, se chegasse, duvido se algum de nós não partiria a cabeça. E isso, de certeza que ninguém queria, ainda por cima, as mães e as conhecidas de todas nós que assistiam, sentadas confortavelmente nas escadas, algo poeirentas da cave, conversando umas com as outras todo o tempo, alheadas do que se passava, não apreciariam nada. 
Perguntavam a todo o momento se faltava muito para acabar, pois, não prestavam atenção a nada. 
Por falar em assistentes, elas resumiam-se à minha avó, à minha mãe, à D. Gertrudes, à vizinha do lado, a D. Maria José e à Arminda, uma espécie de governanta da D. Maria José. 
Como se poderá perceber facilmente tinham que, forçosamente, ser compreensivas, zeladoras do nosso bem-estar e, agora, percebe-se porque nunca pediram o reembolso dos bilhetes. 
Isso era muito animador e estimulante para nós. 
Era um importante factor a ter em conta!
O espectáculo decorria dentro da normalidade possível, até que chegou o momento final, o momento crucial, tão ansiado por todos os que estavam naquela cave. 
Encostei- me naturalmente a uma das paredes da cave, imóvel e fechei os olhos. 
Era a cena das facas! 
Todos repararam que o meu irmão tinha na sua posse quatro facas, retiradas às escondidas da cozinha de minha avó e, agora, tornadas evidentes, reluzindo bem afiadas e, que ele, me iria atirar, rezando a Deus para não me acertar. 
Todos compreenderam, sem fazer esforço! 
As senhoras zeladoras do nosso bem-estar pararam a conversa e gritando: - Parem!, Parem! Ainda matam o rapaz! Isso não!, 
De imediato, invadiram a pista, perante o desgosto de todos nós. 
Por sua ordem o circo terminou ali, naquele instante. 
As facas foram retiradas e confiscadas ao meu irmão, sem ele compreender muito bem o porquê, pois, sempre gostara muito de mim e era muito meu amigo, amigo mesmo do peito, protector e tudo o mais, fazendo regressar as pessoas presentes à normalidade e ao sossego. 
Apesar da emoção sentida e das controversas situações, o importante é que tínhamos conseguido o dinheiro para os nossos gastos!
Toda a gente suspirou de alívio! 
Esteve prestes a acontecer um homicídio, sem culpa dos artistas daquele insólito espectáculo circense, mas valioso às nossas bolsas desfalcadas e desprovidas do necessário ao nosso sustento infantil. Sim! Também tínhamos as nossas necessidades, imprescindíveis e inadiáveis!
Pena, Janeiro 2005 "Paixão Circente Arriscada"
DESCULPEM a extensão do texto, mas espero o leiam porque vão saber que não sou um anjo.
Os Anjos, digo-o novamente, são "coisas de Anjos"e eu nunca o fui.
Sempre grato a todos os meus simpáticos visitantes. É para vós que escrevo carinhosamente e empenhadamente o melhor que sei e posso.
POR FAVOR se comentar, leia.
Nunca fiz nenhum comentário num blog sem o ler. Seria indelicado e incorrecto. 
OBRIGADO pelo vosso apreço ao que faço, SEMPRE!
OBRIGADO sincero e repleto de seriedade.
Bem-Hajam, amigos!
POR FAVOR; PEÇO IMENSA ATENÇÂO PARA O ÚLTIMO COMENTÁRIO/RESPOSTA QUE EFECTUEI, PEDINDO QUE NÂO COMENTEM MAIS. O PALHAÇO QUE SOU NÃO O MERECE! POR FAVOR IGNOREM ESTE POST. AS MINHAS DESCULPAS PELA INSENSATEZ PARA COM ESTA ENORME PESSOA/SER HUMANO QUE ATÉ ME CUSTA DIZER O NOME. AS MINHAS DESCULPAS SINCERAS E QUE ELA ENTENDA A MINHA LACUNA INDESEJADA E QUE EXPRESSEI DE FORMA INDECOROSA E DESELEGANTE: DESCULPE AMIGA, SIM!
O palhaço faz piruetas para os olhos
Querendo afagar o coração
Encanta rostos enlevados
Sorrisos abertos...
É aclamado com paixão
Talvez contracene com a própria dor
Vestida com as roupas da superação... 
"Cartas de Alforria
Escritos de: Regina Coeli Rebelo Rocha(Retirado do Blog: "Plágio" - Posted by Ana Luar.)
O Título que lhe dei e, que coloco agora aqui, é da minha integral responsabilidade.
Deixei lá um comentário que "rezava" assim:
O que escreve é de uma profundidade enorme. Todos somos palhaços, um pouco, no palco da Vida. Talvez, também inclusivé de nós próprios. 
Apesar de verter lágrimas quando são de verter, amo a Vida, o sonho, a magia e o encantamento de existir. 
Perante, esta forma grandiosa de expressar o seu pensamento, senti um calafrio respeitoso e verdadeiro percorrer-me pela espinha abaixo, a que não pude suster-me indiferente. 
Desculpe a intromissão, mas sou sensível às realidades que merecem apreço. 
Parabéns! Abraço.
(Dedico com carinho e respeito à linda pessoa que é a ANA MARTINS que comentei indevidamente e insensatamente. Para ela o meu eterno sorriso de gratidão que na altura não o entendi claramente.)
À minha sensível e linda Amiga "Circe" um bem-haja pelo ALERTA do comentário indesejado.
Muito Obrigado, amiga! É linda!
Apelo à vossa compreensão. As ofensas não fazem parte de mim, nem do que sou, acreditem?
Foi um lapso, a que tento recuperar.
A todos sem excepção o meu apelo à Vossa compreensão.
Em Agosto, dia 6,  vou visitar a Polónia. Mal posso esperar. Vou descansar em casa de amigos polacos em retribuição da sua visita a minha casa.
São pessoas encantadoras, estes deliciosos amigos.
Creio que estou a precisar de Férias.
As minhas DESCULPAS por alguma coisa que tenha dito de forma inoportuna e indevida.
Com carinho por todos VÓS, sem omitir ninguém, um único que seja, todo o meu fascínio e admiração sincera e sentida.
Fui sempre verdadeiro, fiel ao que sou e, entendo que, talvez, não entendam nada.
MUITO OBRIGADSO, sim?
Necessito muito da Vossa Amizade, ajuda e paciência.
Como adoro escrever...! Sinto-a viva e presente em mim.
Extremamente necessária. Urgente. Imprescindível! Saudável.
Agora, ofender alguém, jamais. São pessoas gigantes/Seres Humnos lindos.
A todos os que me visitam e não visitam, Um - Bem haja do tamanho do Mundo, sim?
DESCULPEM!
pena. 23horas 52minutos e sessenta segundos.
OBRIGADO!











































