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Thursday, September 22, 2011

A minha Interioridade e os Jovens!



A minha Interioridade e os Jovens!

Sempre fui complexo na minha simplicidade. Observo-me com atenção.
Nunca abdiquei de certas prioridades do meu eu sensível. Perscrutador. Observador atento e que vive em mim.
Os jovens! Esses são como eu. Habitam seres, pessoas, habitam na rebeldia do seu intenso sentir, amar, existir.
Entregam-se à existência com fulgor. Entregam-se com ansiedade. Com desejos.
Aspiram pouco e muito da vida, mas com seu intenso deslumbre da descoberta do seu poderoso querer algo, que sabem poderem obter. Que sabem poder abraçar. Amar!

Ouso dizer e ouso afirmar que a minha identidade se descortina semelhante, quase idêntica à deles.

Sinto que a sua forma de ser é parecida com a minha.
Instalou-se em mim, na compreensão com que os sinto e na forma como eles me compreendem e sentem.
Sussurram-me e segredam-me confidências que pareço entender. E, eu faço por compreender. Faço por descortinar estratégias de os auxiliar no que posso, mas com determinação, sentimento e emoção no meu querer. Até me sinto bem. Muito bem. Auxiliar jovens é simples porque eles são simples e presenteiam-nos sempre com a sua amabilidade, simpatia e alegria.

Sinto-me abarcar várias cumplicidades com eles. Afinal, não têm iniquidade. São puros de Alma.
Os seus actos, atitudes, formas de conduzir a vida misturam-se na ternura, na insegurança, mas com verdade, autenticidade e de forma decidida e útil para si..
Tal e qual como eu! Tal e qual como anseio ser!

Será por isso que enveredei por ser Professor e Educador de jovens. Talvez, porque me corre no sangue arterial e no sangue venoso a sensação de que lhes corre no coração o mesmo sangue.

Sim! Pareço-me, assemelho-me tanto a eles e à sua difícil busca da sua interioridade e da sua identidade.
Dispenso o "Freud" para os explicar. Só traria complicações. Dispenso-o em mim também.
Não traria nada de novo, acredito. Nem para eles. Nem para mim. Para muitos o "Complexo de Édipo" passou há uma eternidade. Não gostaram dele. Detestaram-no! Detestaram a sua presença em si.

Os jovens têm uma interioridade e eu tenho uma simples interioridade por ser uma complexa interioridade.
A minha ternura, a minha sensibilidade, a minha autenticidade vive em mim com fulgor.
O fulgor deles é parecido com o fulgor de mim. Essas encontram-se, descobrem-se e estão lado a lado. Respeitando as diferenças e os papéis que assumimos perante uma existência que se diz incompreensível e, eu entendo tão bem, tão bem que verto lágrimas incrédulas de tanto os perceber.

A minha interioridade e as dos jovens assemelham-se muito. Mesmo muito!
Acreditem ou não.

Sou um Educador e tenho por dever e obrigação entendê-los.

Assim, tal e qual!

Respeito-os tanto! Porque ouso afirmar que os compreendo na sua difícil compreensão!

Pena

MUITO OBRIGADO pelas vossas visitas tão fabulosas e admiráveis.

Fico-vos imensamente grato. VOCÊS fazem o meu mundo.

Bem-Hajam, todos (as)! Fascinam, sabiam?