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Friday, May 13, 2011

Por vezes esqueço-me de mim próprio

Por vezes esqueço-me de mim próprio


Por vezes esqueço-me de mim próprio. Tenho frio e tenho calor. Visto camisolas sobre camisolas e dispo camisolas e camisolas. Nunca estou acomodado e governado para estar bem. Torna-se constrangedor. Torna-se incómodo. Possuo muitas pessoas na minha cabeça. Pessoas! Sim! Pessoas. Isso mesmo, seres humanos! Estão dentro do que eu sou. Estão dentro do que eu penso. Aquietadas. Sofredoras.

Gente de bem. Portadora de sonhos belos, deslocados, de bem e de mal com o mundo. Gente sonhadora. Nunca os esqueço. Preenchem-me totalmente. Habitam alojadas no meu pensamento. Respeito-as. Deixo-as divagar em silêncio pelo que eu sou, porque me enternecem. Passeiam de forma livre. Se não as possuísse guardadas em mim, alguém as guardaria. Sim! Tenho a certeza absoluta.

O vazio da vida que existe em mim, na lembrança e na memória delas, não faria sentido nenhum se não as amasse. Reconfortam-me e eu reconforto-as com toda a ânsia de as auxiliar, de as ajudar. Como se precisassem de ajuda? O nada far-me-ia esquecer de mim.
Por que habitam em mim? Não sei. Desconheço. Talvez, se sintam confortáveis e seguras porque as trato convenientemente. Com carinho e amor. Sim! Desmedidos. Intensamente! São preciosos.


São parecidas comigo. Estão em mim construídas. Moram em mim, no meu cérebro, sempre repleto. Não faço a reciclagem do pensamento delas. Nem do meu. Estão diluídas no tempo que percorro. Falam comigo num sussurro destemido por ser autêntico, verdadeiro, sincero. São inúmeras. São muitas. Grandes e pequenas. Convivem entre elas e em mim. Damos a mão reciprocamente porque existe entendimento entre nós, no sossego da dialéctica irreal do sonho.

São afáveis e correctas. Portam-se bem como as crianças. E as crianças têm um valor inqualificável.


Depositam-me o seu pensamento sem cessar. Pensam! Existem! Permanecem vivas porque estão alojadas. Mimadas, porque merecem. Lado a lado. Com ideias.Com a magia da poesia, do sonho, existentes nelas que não permitem usurpá-los, porque lhes pertence.


São perfeitas num mundo imperfeito. Contudo, agradam-me e é com prazer que as deixo habitarem-me. Bem resguardadas e acomodadas. São como uma família, unida e indivisível em mim. Agarram-se a mim com fervor.


Acreditam que construir sonhos é bom, maravilhoso, único. E, podem contar comigo. Preservá-las-ei enquanto puder e tiver forças! Enquanto existir!


Por vezes esqueço-me de mim próprio!


Pena


MUITO OBRIGADO pela vossa constante simpatia e amabilidade comigo.
Agradeço reconhecido de sinceridade.
Oxalá gostem?
Bem-Hajam.
Gosto imenso de vós.
Amigos:
Não sei o que aconteceu?
Alguns comentários desapareceram, assim, como este Post.
De novo vou “postá-lo”. Farão dele o que entenderem, está bem?
Desculpem, sem culpa.
Serão sempre preciosos para mim.
Se for um fim, será.
Até SEMPRE!