A casa encontrava-se imersa na mais profunda da pacatez. O silêncio havia mergulhado nela com uma cumplicidade de afabilidade.
Já arranjei uma solução para compor o grandioso candeeiro. Assemelha-se agora a uma estrela radiosa do Firmamento sem fim. A uma estrela esplêndida. Emite uma grandiosa luz sossegada. De astro Universal tranquilo. De ténue Galáxia Dele. Distribuí conforto. Faz pensar. É uma luz aprazível e milagrosa. E, eu, que penso tanto mesmo com ela apagada. Quando a ligo sou real feito de sonhos reais. E, hoje, liguei-a.
As moscas foram-se. Esvaíram-se em direcção incerta. Não estão presentes na minha lucidez. Sobriedade. Na minha pacatez existencial. Só me mergulham mais em mim. Na minha náusea desmaiada. Incomodativa. Indesejada.
Há tempos atrás transpirei um segredo aos meus alunos. Algo de autêntico. Verdadeiro: O meu coração poderia pregar-me um susto. Poderia cair ao chão sem me levantar mais!
Só o desabafaria com eles. Os adultos não entram nas minhas confidências. São os grandes, sem sensibilidade como eles e elas.
Por me sentir cansado não fui a uma aula. Sentia-me exausto, sem motivos aparentes de mal-estar. Só cansado. Fatigado no meu Ser e Estar.
Talvez, por pensar demais. Por reflectir o irreflectido sem razões aparentes de reflexão. Faço-o inúmeras vezes. Gosto de pensar a vida. Fico fatigado, mas sinto paixão em pensar o existir.
Descansei num cansaço que me cansou.
Quando, mais tarde, nesse dia, fui à escola e subi as escadas que me conduziriam à sala de aula, fizeram-me “uma barreira humana juvenil”. “Atiraram-se” a mim, chorando. Abraçando. Houve uma criança que me deu um beijo e fugiu. Ficamos muito tempo assim, abraçados, sem os outros alunos puderem passar.
“Isto” é real.
Temeram que eu tivesse “desaparecido” do Mundo! Temeram que não estivesse em casa só pensando. Temeram pelo afecto que vive comigo e “expludo” com seriedade e verdade neles tivesse acabado. Tivesse um epílogo, naquele dia, para sempre.
Depois de me explicar, largaram-me, felizes.
Hoje, segredaram-me que uma aluna havia ido chorar para um lugar onde não pudesse ficar visível a sua tristeza.
Senti-me sem saber o que pensar, acreditem?
Será que mereço atitudes como esta? Eu?
Fatigado e repleto de gratidão a estes “homenzinhos” e “mulherezinhas”, pensei, modestamente: Caramba, afinal Faço falta! Creio que nunca mudarei. Para os alunos: afecto, amizade e felicidade que tento transmitir-lhes. Jamais mudarei, podem dizer o que quiserem dizer.
MUITO OBRIGADO, alunos. Mas, fiquei preocupado. Não sou o único ali, pensem?
Existo Apenas Num Sonho Perpetuamente Sonhado!
Pena
11.11.2010
MUITO OBRIGADO amigos (as) pela vossa extraordinária simpatia e amabilidade para comigo.
Passa tanta gente aqui, porque não deixam um testemunho?
É simples.
Espero que gostem?
Gosto imenso de vocês, sabiam?
Bem-Hajam, pela vossa preciosa visita.
Agradeço sempre a todos. Tarde ou cedo, retribuo-o a visita, podem estar certos?
Penso que é um pouquinho de má educação não comentar quando são comentados.
Desculpem, mas sou assim?
Estou-lhes imensamente grato.
