(Deliciem-se com estes Paul Simon & Garfunkel. São fabulosos!)
Gosto de ouvir o silêncio. Sim! Atentamente! Escuto-o! Os outros? As pessoas? Não sei. Sinceramente, não sei. Nunca mo disseram?
É fascinante porque parece brincar comigo. Gosto de o manusear, escutá-lo, senti-lo quando entra em mim e me absorve intencionalmente com fascínio.
Não! Não me atemoriza. Não estou só. Tenho-o, o silêncio, só para mim.
Olho à minha volta e tudo é feito de silêncio. Até a casa está a pactuar com ele e comigo, ajuda-o, ajuda-me.
Consigo pensar nas coisas mais incríveis e fantasmagóricas feitas de silêncio porque, lado a lado, vou com ele para onde ele me leva.
Todos estão mudos, menos ele, que se expressa em mim e comigo na avalanche de sonhos e encantos da vida. É por isso que o escuto em tudo o que me rodeia, em tudo que vejo e faz parte carinhosamente e amigavelmente da minha existência.
Sei que me compreende, porque eu compreendo –o.
A telefonia calou-se. Resta-me escutá-lo e cavalgar na ilusão de que, de tempos em tempos, só eu e ele, o silêncio e eu, unidos, podemos magicamente sonhar na quietude dos instantes, das horas, do descanso dos relógios que pararam para nos dar um espaço de dignidade.
O silêncio tem dignidade! Acredito na dignidade e na majestosa importância dele, do silêncio. Podia-se estudar. Aparecer nos manuais escolares e nos manuais da vida, mas, penso eu, que iriam maltratá-lo, ignorá-lo, não o compreender. Quem é que compreende o silêncio?
Só o compreende quem consegue escutá-lo, amá-lo, estudá-lo, enfim, vivê-lo! Vivê-lo, plenamente.
Faz-me entrar num mundo que me faz sentido. Imenso sentido, sabem?
Depois, foi feito para amar sem ruído, numa atitude única de bem-estar e conforto direccionado a todos os que o escutam, Não! Ele não faz mal. Faz pensar. Só pensar! E pensar é bom, penso eu?
Eu adoro escutar o silêncio! Sinto-o! Compreendo-o! Faz parte de mim!
É como um afago sincero! Uma carinhosa melodia escutada, dificilmente transmissível. Só para mim!
Acreditem, porque é!
Gosto da cumplicidade do silêncio para comigo, sabem?
Necessito muito do silêncio. Ele já faz parte integrante e plena de mim.
Já faz parte do que sou.
Não! Nunca abdicaria dele. Conforta-me, na imensa vastidão de mim.
UM BEM-HAJAM DE AMIZADE DO TAMANHO DO MUNDO.
NENHUM COMENTÀRIO FICOU POR RETRIBUIR.
LEIAM, TALVEZ GOSTEM, QUEM SABE?
MUITO OBRIGADO PELA VOSSA AMABILIDADE E SIMPATIA CONSTANTES.E PERMANENTES.