Discurso sobre a afectividade...Sou a afectividade, por inteiro...! Nunca me Abandonou, sabem...?
De que sou feito.
Os comentários, esses, são cúmplices. Amigos. Sinceros!
- Porque sobrevives dos teus comentários? – "Reza-me" uma voz, que costuma amparar-me.
Em tudo o que mexe! Em tudo o que existe! Em tudo o que sentes! – Repetiu, com maior intensidade. Avassaladora. Amiga. “Companheira”. Uma voz sonhadora e, que eu, sonho, em mim!.
Olhei. Demorada e atentamente para dentro do meu eu.
A voz tornou, voltou à carga: - Porque comentas tudo. Tudo o que existe em ti com empatia ao fazê-lo! Ao fazer-te. Sim! A ti. Aos outros.
Por jorrar da tua Alma de maneira infinita.
Rumo ao desconhecido sentido que amas. Sem mesmo o conhecer?
Oh, meu Deus! Eu que me desfaço em “lágrimas afectivas” em tudo o que faço.
As pessoas, que são pessoas, "suportam-me". São belas. Ternas e meigas. Encantam!
Suportam-me tudo, até o “choro”. Por que razão sou feito desta dimensão humana que “sente”...?
- Tu deves é Sentir-te só a ti. São “coisas” tuas. Só tuas, entendes? – Insistiu, com amizade, a voz, vinda dos confins da consciência, do ermo distante das minhas ideias que eu conheço tão bem.
Bem, demais.
Vou tentar esforçar-me.
Parei para pensar. Ao menos faço alguma coisa de jeito: Penso que penso! Já não é mau de todo.
As lágrimas escorrem-me com muita frequência. Facilidade. E, a afectividade?
Confesso: Sou afectivo. Pronto, já disse.
- Vive e sê menos o que és. Não sejas o que tu és! “Esconde-a”,” Esconde-te”, um pouco! – Ecoou a voz, nesta altura do desamparo. Quando funciona sempre para me amparar.
Aquilo doía nas ideias: A pura atitude afectiva constante de mim!
Resolvi “abrir” a cabeça. Espreitá-la. Certificar-me de que ela, a afectividade, lá estava? Esperei.
Estava.
Quase escondida.
Sim! Vejam só isto?
Caramba. Tinham razão!
E, eu, que sei sempre as coisas que me vão no meu eu.
No sonhar, afectuoso. Afectivo!
A minha voz anjo-da-guarda comanda-me. Com precisão. Aconselha-me. Vive o que vivo.
Conformei-me.
- Afinal, vivo de afectividade! Tinham razão! Sempre vivi de afectos, confesso. - fiz por pensar com o meu eu.
Debati-me com ela. Debative-me com a afectividade. Como um “guerreiro” com pertinácia e querer.
Como numa guerra onde vence o mais robusto e corajoso lutador. Julgo que saí "derrotado" do confronto. Venceu a afectividade. Por KO técnico inevitável. Era mais evidente e sóbria!
Está bem...
Sou! “Sou” Afectivo. Peço desculpa.
Desculpem-me quando comento e não comento.
E, tudo isto, porque sou muito Afectivo e “morar” na afectividade de mim.
Descobri que, talvez, não seja tão mal fazê-lo, mesmo, lado a lado, com os afectos.
É que sou e sou assim!
E, gosto de ser assim...tal e qual...
Assim..., entendem?
Eu “moro” nos afectos.
E, os Afectos "moram" em mim.
Está bem, ...assim?
Desculpem!
Pena
Pelo VOSSO caloroso e simpático carinho de tanta amabilidade, SEMPRE...!
Pena, 18 de Março 2009.12h32m.“Discurso sobre a afectividade...Sou a afectividade, por inteiro...! Nunca me Abandonou, sabem...?