Vagueio em mim na sua pacatez e tranquilidade que me abraça e me conquista.
Consigo escutá-lo com admiração. Escuto-o atentamente, embevecido e maravilhado ao compreendê-lo, ao senti-lo, ao vivê-lo em mim.
Quando olho a sua presença suspiro e pasmo.
Tanta quietude vai nele. Tantos instantes vazios no meio de um tudo sentido.
Oh, se eu pudesse pô-lo a contar as histórias que quero contar?
As minhas histórias que não devo contar porque são só minhas. Pertencem-me totalmente!
Este silêncio que não consigo discernir fala-me de amor e com amor.
Este silêncio faz-me pensar. Faz-me recuar no tempo ao encontro de um eu desconhecido porque é e, será sempre, o silêncio de uma criança eterna que fui e quero ser e recordar.
Comporta uma felicidade verdadeira. Pura! Terna! Carinhosa!
Essa felicidade adornada nos instantes vividos e que, ignorados, seriam pena não serem escutados.
Só sei que o "habito", só de o relembrar. E, "habito-o" de forma mágica. Na vastidão de uma felicidade imensa que calcorreio cada momenta que passa.
É uma bússola, não um relógio, mas que me orienta, que me sussurra o caminho exacto da felicidade que me abarca e percebo.
O silêncio que mora por amor em mim e, me faz deambular em meandros claros e sérios, de pensar o que sou.
O meu silêncio permanecerá sempre no silêncio feliz que me visita em noites silenciosas intermináveis.
Como amo a vida!
A vida auxilia-me e permite-me que seja tudo assim. Assim, como é. Exactamente, assim.
Como adoro percorrer o silêncio!
Será amor ao silêncio?
Não sei, nem preciso saber.
Não me custa pensar em silêncio, o silêncio. Agarro-o, com uma garra que não se explica.
Sente-se!
Só isso.
Pena
Pena.Julho.2007. "Como O Silêncio Me "Fala"..Torna-se .Aconhegante ...Num Harmonioso "Sentir"...!"