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Campanha do Agasalho 2009

Saturday, December 26, 2009

Recordações de Infância. Ri-me a valer...É tão bom recordar...!



O choro áspero e irritante da bebé vinha do quarto escuro, onde eu costumava estar a meditar, entregue às delícias da pacatez e do silêncio.
A bebé era minha prima.
Chamavam-lhe Pilha nunca soube por quê?
Eu teria 5 ou 6 anos, não me recordo bem?

A ajuda provocada por aquele chamamento incomodativo tardava. Ninguém parecia incomodar-se ou preocupar-se.


Decidi que tinha de ser eu a agir de imediato.
Ela invadira o meu território e ainda barafustava.
Primeiro, pensei em cometer um crime, mas depois apostei, somente, em silenciá-la, mas eficazmente.

Saí da cozinha com duas rolhas na mão e dirigi-me para o meu refúgio, onde ela se encontrava, usufruindo do meu recanto exclusivo para pensar. Não hesitei. Acerquei-me dela e do seu protesto e, sem sequer pestanejar, meti-lhe com perícia e destreza, uma rolha na cavidade anal e outra na cavidade bocal.

Aquele gesto surtiu efeito.

A Pilha calou-se!
Quando pensava que o barulho havia terminado, constatei que toda a minha família corria desenfreadamente à minha procura. Pensei que, como era habitual, o silêncio jamais seria reposto sem a minha prestação.
Enganei-me, por completo.

Após ter deixado o quarto, a minha Tia Lena não gostou nada da minha intervenção e avisou a família do meu acto. Incrédulos, correram todos no meu encalço, prontos a fazer justiça.

Queriam matar-me! Encetaram a perseguição.

Minha mãe blasfemava contra a vida.

Meu pai resmungava com todos, porque queria sossego. Minha Tia gritava: - Onde está o Peninha? Só poderia ter sido ele! Agarrem-no!
A princípio, consegui esquivar-me do castigo, mas quando minha mãe me encontrou e eu confessei o crime, bateu-me onde eu tinha enfiado a primeira rolha na minha prima, com quanta força e genica tinha.

Aprendi a lição, embora pensasse sempre que praticara um gesto de solidariedade, com direito a recompensa, perante uma família que não zelava pelo silêncio e meditação necessários ao seu bem-estar, nem compreendera o acto destemido e útil que eu praticara para pacificar toda aquela gente do barulho incessante que se fazia ouvir. Eu não era mauzinho como todos diziam.

Só queria um pouco de paz pensei, comigo próprio, indefeso e inconformado.

Lembrem-se, POR FAVOR, eu teria 5 ou 6 anos. Não existia o intuito de fazer mal.
Só mora a maldade em quem a vê como tal. Com aquela idade...?
OBRIGADO! Pensem...!
E Riam imenso, se o desejarem...!
Pena

(“Isto” estava perdido. Encontrei-o por acaso.)
Pena.26 de Dezembro.2009.12 horas.

MUITO OBRIGADO PELO VOSSO ENCANTO.
ESTOU-LHES ETERNAMENTE GRATO, AMIGOS (AS) PELO CONSTANTE CARINHO.
BEM-HAJAM!

UM EXCELENTE FIM DE ANO DE FELICIDADE PARA TODOS!
QUE O ANO NOVO DE 2010 SURJA REPLETO DE BEM-ESTAR E AGRADABILIDADE IMENSA PARA TODOS (AS).
OBRIGADO.