Ouvi dizer que não sabia escrever porque pintava e sentia as Pessoas numa exagerada descrição que era simpática.
Não sei. Se calhar não sei.
Nunca soube escrever porque cintilam alto a que não conseguem chegar.
Sou assim! Têm razão, não sei escrever.
Os "quadros" que pinto com ternura, roubam-mos. Vêm buscá-los. Não servem porque não sei expressá-los. A doçura não serve. Não encaixa. Não se ajusta num sentir que sinto. Que conto!
Que faz parte de mim!
Senti um vazio enorme. Visualizei sombras. Visualizei gestos desarticulados.
Sonhos reais sentidos soçobrados em mim que não compreendo, nem nunca entenderei.
Cores belas. Palavras. Atitudes que primavam pelo elogio com que tentava difundir o meu sentimento construtivo.
Atónito, verifiquei que não gostavam de sílabas doces como o Firmamento e simpáticos carreiros de frases enfiladinhas com ternura.
Sei que me senti confuso. Distante de um Mundo porque tentei enfeitar e decorar Seres Humanos e atitudes belas, com imensa beleza e encanto.
Colegas que primam pela maravilha e deslumbre! Não se enquadram neles. Sim! As palavras!
Qerem que jorre pedregulhos insensíveis que não consigo expressar, nem dizer ou sentir.
Decididamente, não gostam. Querem objectividades que não sei construír.
Só percebo de ficção e de sonhos lindos!
Disseram-me: Não se ajustam. Não prestam. Precisam remendo. Reestruturação objectiva.
Imediata! Não se enquadram. Vivem de um sentimento puro. Trabalhado. Suado! Muito sentido. Têm que se deitar fora. Vivem dum versejar lindo, subjectivo e sensível que não apreciam.
Têm razão.
Não nasci para criar objectividades.
Não me entregarei. Jamais!
Preferia morrer a entregar o sonho em que habito com dedicação. Com simpatia. Com emoção!
Só sei:
Não sei ESCREVER!!
Pena. Num Desabafo de Professor ao fazer uma acta que foi recusada.. Novembro.2007