Friday, November 09, 2007
BOM DIA! Conversa Com O Alvorecer Que O Mundo Concebeu...!!!
Ainda meio sonolento, sorri afavelmente à madrugada que me abraçava.
Aconchegava o meu Ser nos seus braços protectores e vigorosos.
Olhei-a demoradamente e ela fez o mesmo. Existia reciprocidade idêntica. Uma surpreendente interioridade mútua. Discreta!
O dia principiava. Mais um dia em mim, seguindo o seu Ciclo belo, puro e terno! Normal!
Fui presenteado com a sua imensa estima. Entranhou-se em mim, mais uma vez! Com delícia e encanto. Agarrei-o humildemente. Manuseei-o e senti-o!
Sorri à nova madrugada que despontava e ela sorrio-me num gesto de retribuição. Simpática, a madrugada. Afectiva! Presente em mim.
Acerquei-me com esforço da estreita janela que, gentilmente, me convidava e visualiazei o Mundo lá fora fluindo lentamente ao sabor da brisa e do encanto que se espraiava no meu campo de alcance visual.
Só encontrei um magnífico Sentir. Gigantesco na amabilidade. Ternura!
Havia que demostrar-lhe o meu afecto. A minha capacidade de me apaixonar. Sentir. Ser. Amar!
Nas frondosas árvores tocadas pela vida, vi uma beleza que nunca sentira nem imaginava que assim fossem.
Descobri também as flores e emocionei-me pela sua maravilha. Vivas de pureza. Encanto!
Nascera com gritos abafados uma nova madrugada que nunca tive intenções de omitir ou ignorar.
Fez-se um silêncio maravilhoso no lugar onde estou. Entrei com decisão e convicção num Mundo de coisas e pessoas deslumbrantes, em mais um alvorar terno e doce da minha existência.
Olhei o imenso Universo de mim, perplexo. Intrometi-me nele. Senti-me ainda deslumbrado pela maravilha sentida que não surgiu por acaso. Ele, o meu Mundo, sabe que eu o conheço e lhe dou um poderoso valor..
Afinal, eu habito-me. Moro na minha vida como um Ser Humano desperto e lúcido.
Instalei-me lá, feliz.
Como adoro reconhecer-me desta maneira.
Fez-se um silêncio enorme de veneração à vida, à imensa consideração que nutro por ela, à intensidade que lhe dedico.
Sim! À vida!
Acenei-lhe sensibilizado sem ser por obrigação e decorei-a como o meu Ser. Desenhei os seus contornos muito lindos com cuidado, com um singelo gesto de prazer e com uma vénia de cortezia, dedicação e respeito.
Um imenso respeito e dedicação!
Adquiri uma garra determinada para entrar nela. Tenho razões para amá-la. Tem-me dado algum valor que não sei se o mereço.
Não sei. Mas, sempre a agraciei.
Apetecia-me entabular diálogo com ela. Conversar, somente.
Mas não. É demasiado linda e por isso lhe sorrio, lhe dou valor, sinto-a apenas e somente.
BOM DIA!
pena. "BOM DIA". Novembro.2007.