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Friday, August 10, 2007

O Amor é a Plena Entrega na Reciprocidade das Emoções!

Outro dia fui sozinho a um Hiper-Mercado da moda de hoje.
Procurei. Não descobri lá o Amor. Havia simpatia que não é o Amor. Fiquei incomodado. Muito!

Caí em mim. Havia uma certa lógica: o Amor não se compra lá, nem em síto nenhum.

Uma dádiva de uma flor, sentarmo-nos num banco de um jardim rodeados pela sua quietude, expressar um gesto sincero, tornar as palavras caladas observando um mútuo, lindo, silêncio, refletir conjuntamente nadas que são tudo por serem deslumbrantemente significativos, uma respiração sôfrega compreendida na perfeição por ser a dois, uma ajuda sem recompensa esperada por temer uma obrigação que existe inexistente, representam o Amor.
Conversei muito comigo. Conversei com o meu eu que é ignorante e só aceita preciosismos verdadeiros. Dissipei para bem longe tudo o que não era Amor.
Detectei instantes únicos de verdadeiro Amor. Onde estão alojados. Onde se vivificam. Onde sussurram baixinho confidências. Onde as atitudes sobrevivem no meu Ser. Onde os passarinhos voam no céu claro e de que são os donos, sem ser ao acaso, mas com um rumo perfeitamente definido. Onde marcas invisíveis e secretas, sensatas e delineadas por belos jardins mudos, moram no meu eu.

Sim! Creio ser isto o Amor! Que mais podia ser?

Olhei o Sol majestoso e poderoso, lá longe. Perscrutei a Lua brilhando com um cintilar doce sempre presente. Perguntei-lhes pelo Amor?
Disseram-me que procurasse. Era fácil. Fácil ou difícil, fiquei ofendido porque eles sabem onde ele habita. A sua morada, eles conhecem-na. Bastava esclarecerem-me.
Um, primeiro. Outro, depois.
Seriam preciosas ajudas de que tanto necessito em afundar-me, embrenhar-me e, acima de tudo, entender.

Só sei que facilitaria, mas Alguém disse que se tinha que o sentir?

Esse Alguém vive para além das nuvens, confundindo-se com elas. Sabe tudo!
Cada vez que me olho, perpassa-me uma verdade indissipável: SOU FELIZ! TANTO!
Creio que não sou para entender. Imponho-me sempre inconvenientemente, à frente do tempo que passa, dos ponteiros imparáveis dos relógios sem sentido, dos instantes feitos meigamente.

Só sei que: AMO UM AMOR! UM GRANDE AMOR!

Só sei que lhe serei eternamente fiel, indubitavelmente fiel.
Porque falei disto?
Acho que foi porque os outros também falam dele. Sim! Do Amor. Eterno. Necessário. Arejado. Sincero. PURO!
Posso dizer que AMO muito, mas mesmo MUITO!
O Amor é a Plena Entrega na Reciprocidade das Emoções.
Sim! Acredito nele, no AMOR! Por completo!

Pena. Agosto.2007