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Saturday, January 03, 2015

O Delicioso Baile Das Palavras!

Ficaria feliz com a vossa presença. No maior respeito. PENA

Necessito de me expressar.
Refugio-me nas palavras com fervor. Dedicação.
Converso sobre a solidariedade com elas.
Sobre a vida porque lhe dou vida. Sempre!
São doces. Lindas. Tão simpáticas e aprazíveis.
Sabem, reconhecem-me. Sabem quem sou?
Sou eu que lhes peço, com amabilidade, que me falem. Elas conversam, conversam.


Contam-me como vivem. Contam-me como respiram.
Enfim, as palavras são mesmo assim.
Vivem e respiram. Sentem.
E, eu sinto-as. Dou-lhes um valor precioso. Dou-lhes e concretizo os seus apelos.
Não podem estar quietas. Não querem. Não admitem ou consentem.
Mexem-se. Agitam-se.
Bailam com amor, em mim.
Uso-as com frequência quando sonho.
Agarram-se a mim, as palavras, e pedem-me atenção. Pedem-me que eu sonhe. Sonhe com elas. E, eu sonho.
Dou-lhes toda a minha atenção como num sonho belo. Puro. Quando eu sonho.
Com uma paixão. Indescritível!


E, eu sonho muito. Até exageradamente.
As palavras sabem preencher as pessoas. Preenchem-nas quando sentem. Quando vivem. Quando amam.
E, amam também.
Moram alojadas lá nos seus corações doces.
Habitam as emocionais habitações dos Seres Humanos.
Metem-se nas suas cabeças quando contam histórias belas.
Histórias alucinantes de ternura.
De um paradisíaco sentir. Fascinante.


Conto sempre com elas. Não! Não as conto. São imensas!
Deslumbram-me. Acariciam-me. Afagam-me.
Vou-lhes contar um segredo que lhes segredei: Elas fazem parte do que sou.
Porque razão não lhes daria a  atenção que elas merecem?
São demasiado importantes para mim.
Preenchem o meu inconstante Ser. O meu inconstante pensar. O meu inconstante sentir.
Talvez, me compreendam em absoluto. Talvez, elas compreendam o que vai em mim.
Quando as uso, nunca sinto fadiga ou cansaço.
Convidam-me sempre para o "baile" delicioso que encetam no meu olhar. O "baile" delicioso do meu sentir.


As palavras "bailam" como princesinhas no melodioso compasso da minha vida.
Sim!
Sem elas, sem a sua imensa doçura, não sobreviveria.
Vou sempre ao "baile" lindo que encetam no meu olhar.
Maravilham-me. Encantam-me.
Como?
Por simples magia arrebatadora de carícia que vai nelas e eu gosto. Tanto? Imenso!
São imprescindíveis.
Escuto-as. Mesmo quando estão silenciosas. Mesmo na alegria como as vejo.
Vou sempre com elas para todo o lado.


Como nunca visto vivem e sentem.
Habitam o sonho irreal que não prescindo.
Amo-as, as palavras!
Tenho-as sempre bem presentes no meu coração, as palavras com que falo docemente às pessoas.

PENA 

Pena. "As Palavras". 2008. Abril.