Embalado Pelo sono...Vou sonhando...
"Embalo"Coisas minhas. Sem sentido.
Dou-lhes enorme importância. Mesmo que "habitem" em mim sem significação.
Adoro-as. As "coisas". Fazem-me feliz. Vivem "esticando", simpática e afavelmente, o valor que não possuo.
Amparam-me. Com ternura. Delicia. Dão sentido ao meu existir. Em consonância com o que sou.
Nunca fizeram sentido. Meros sentimentos que me incendeiam o Ser. São "coisas" preciosas. Sem sentido. "Existem" apenas.
Remeto-as para mim. Só para mim. Agarro-as. Sim! Com amor. Existem na minha interioridade. Fantasiadas. Valem o que valem.
"Saboreio-as." "As coisas". Com que me embalo.
Sozinho. Oh, desculpem!
Compartilho-as com a noite. Ninguém me deve estar a escutar? É muito tarde.
Compartilhá-las-ia com alguém. Conheço-a. A Noite. Bem demais.
Desconheço-o, Quem a criou...? À noite adentro. Talvez, Ele a tenha criado.
Não! Só para mim. Não!
Há "fantasmas" nela. Por isso lhe quero tanto. Imenso!
Há pessoas que optam por ela. Criam. Criam Arte de Sentir. Ser. Estar.
Na sua imensa pacatez. No seu profundo e precioso silêncio. Que adoro "sentir"!
Ouço a sua bonança agradável. Terna. Cúmplice. Amiga.
Majestosa de pureza. De beleza.
Enternece-me, acreditem?
Os Poetas de sonho vivem nela como um estar delicioso. Lindo. Com uma estética poderosa no "sentir". Inspira-os.
Criam. Criam algo criativo. Significativo. Da Criação...Bela. Adorável. Com um significado que não possuo.
E, eu, aqui...Adormecido. Quase.
Quase "tombo". Soçobro. Sou, apenas. Nada mais. E, adormeço-me. A mim. Às ideias. Ao pensamento que é meu.
Esforço-me. Dou um forte “puxão de orelhas” nas ideias. No sentimento. No pensamento.
“Visto” o Sonho. Embá-lo- o. O sonho. Sim! Com um incalculável esforço. Uma manifestação do que penso. E "sou".
Tento soltá-las. Às palavras. Hoje, não saiem. Nada de mim. Do que sou.
Esforcei-me. Como o faço sempre. Caio. Não, da cadeira abaixo. "Caio" em mim, somente.
Tudo? De nada. Sim!
Há alturas... não saiem mesmo.
Haverá alguém que me escute...? Que horas de nada. Nada saí.
Deve ser culpa da horas. Que não me dizem nada. São intemporais. "Sou" sem relógio. "Sou" sem horas.
Nem alvoroçadas. Nem por alvoraçar.
E, as ideias...? São sempre alvo de alvoroço. Aflicção.
Sai um fumo . Acinzentado. Perceptível.
Do cigarro que não devia sair. Existir. Disseram-me.
Ligo sempre ao que me dizem...disseram-me, para ligar...o que me dizem....!
É noite. Adentro. Muito tarde.
Quase adormeço só por querer adormecer. São "coisas" minhas...Possuo-as com Amor em mim.
Serão oportunas. Será que alguém...?
Embala o sono. O sonho. Assim...?
Acendo o aparelho da televisão. Não!
Fecho os olhos...
Vou-me deitar...
Ninguém, embala o sono assim... Embalado Pelo sono...Ir sonhando...
"Coisas" só minhas. Sem sentido. Mas, considero-as preciosas. Ninguém mais as considera desta forma.
Uma vez, um anónimo não identificado chamou-lhes, às minhas "coisas", LIXO!
Serão. LIXO!
Se ao menos me tivesse dito que era LIXO simpático, agradecer-lhe-ia...Não disse...
Serão LIXO, sem ser simpaticamente.
Mas, preciosas. Minhas. Ofendeu-me se calhar com razão... se calhar...!
Àquilo tudo. De ternura. De carinho. De amor, que construo sempre dedicadamente.
Que vai em mim. De forma simples, mas que me "faz"...
Boa Noite, sim!
Hoje, nada sai.
Também estou meio adormecido...
Pena
Serão sempre bem-vindos, mas POR FAVOR, leiam!
Se não o fizerem é mais honesto e sincero, não comentar.
Quando visito alguém leio SEMPRE!
ADORO-VOS, amigos(as) FABULOSOS DE ENCANTO!
BEM-HAJAM, pela dedicação constante ao que "construo" carinhosamente!
A horas tardias. 11 de Fevereiro de 2009. “Embalando o sono, vou sonhando...”