Tuesday, January 19, 2016
Vivo uma “Anestesia” Existencial!
Sou ideias. Sou sentimentos. Sou
pensamentos. Sou sonhos.
A cabeça. Sim! A minha cabeça.
Comporta inúmeros Mundos. De fascínio. Afagantes. Deliciosos. Doces.
Sei que há certas atitudes ou gestos
pessoais que jazem nelas inertes. Mudos. Infrutíferos. Descabidos. Nada
significativos. À solta de mim.
Nutro pela vida um desejo majestoso e
agradável.
As pessoas vão, sem o saber, dando-lhe
um significado bem visível. Vão construindo o meu eu imensamente planetário. De
bem comigo. Vão sonhando os meus sonhos imensos. Muitos.
Sou tão pouco inexplicável. Tão pouco
inerte. Vejo as pessoas rirem. Dar-lhe um significado extraordinário. Eu não
consigo. Há momentos que “expludo” de alegria e felicidade para dentro do que
sou. Não exteriorizo o que me vai na Alma com facilidade. Temo certas atitudes.
Certas situações. Certas condutas que me abarcam e me fazem rumarem até junto
da segurança e proteção Dele. Sim! De Deus. Ele gosta. Eu gosto.
Sou transcendente nos gestos. Nas
atitudes. Nas posturas razoáveis e que vivem dessa razoabilidade.
Que possuem uma fabulosa atitude de
vida. E, vivem-na. Rindo. Chorando. Alegre. Triste. Emocional. Sem emoção.
Vi a ciência e o seu valor num simples
Cidadão/ médico. Curava pessoas. Vivia a vida para isso. Com preocupação ou
satisfação. Afinal, “remendava” seres humanos como ele. Protegia-os. Com
coragem contei-lhe um pouco de mim. Do receio da vida. Da inexactidão de Ser.
Da insegurança do mundo. Do meu mundo. Só meu.
Ouviu, atentamente. Não franziu o
sobrolho. Sorrio. Apenas e só.
Depois de saber ouvir. Fez aquilo a
que se chama o diagnóstico.
Para ele foi simples. Depois de
apurar o que lhe contei. Deixei para mim muito que não lhe contei. Olhou-me e
falou. Para ele eu precisava de uma “anestesia” existencial. Uma “anestesia” da
vida.
Decidido. Virou-se para mim e contou.
Não pare de escrever. Não para de ler. Nunca. Em circunstâncias adversas ou
outras melhores. Está proibido de parar. Faz-lhe mal, entende? Leia. Escreva.
Chamou-lhe “anestesia” existencial.
Fixei isto e disse a toda a minha família. Ao princípio não acreditaram.
Pensaram. Se isto der… está cá “baixo” depressa. Num instante. Larga olhar as
nuvens, por instantes, e torna-se bom. Fica curado.
Pensei como fora sensato aquele “especial”
“cidadão”.
Se fosse essa a solução, tudo seria
extraordinário para mim.
Recordei os remédios dele. Daquiele
esecial cidadão: Ler e Escrever. É o que tenho feito.
Fiquei imensamente em bem-estar e
alegria.
Ele chamou-lhe: “anestesia”
existencial.
Entendem? Sei que sim.
Sejam felizes.
António Pena Gil Janeiro 2016