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Tuesday, January 05, 2016

Existe Sempre Um Dia Seguinte.

Torna-se sempre difícil e complexo explicar o Dia Seguinte. Com precisão. Com a ilusão dos maravilhosos dias anteriores.
Já pensei arranjar uma bússola que me orientasse. Embora oriente o tempo é semelhante ao vazio. Vácuo. E, eu que procuro sempre o meu sentir e ser verdadeiros. Sim! Autênticos.


A vida escasseia-me neste Planeta perfeito. Sem mácula. Pertença do lindo Firmamento. Ou Dele. Com Ele sussurro. “Espraio-me” num doce existir. Falo com Ele sempre o que me vai nas ideias. Trato-O sempre por Tu. Penso não ser inconveniente para Ele na sua grandiosa azáfama em que só O complico. Falo-lhe ao coração. Sim! Com amparo e afago que jáConhece em mim. 

É o que sei só dizer. É o que sei fazer. Talvez, na busca da minha incompreensão. Na busca de um Mundo cada vez mais complexo e exigente.
Custa tanto encarar o Dia Seguinte.
Desapareceu a magia do “pinheirinho” com as luzinhas a piscar. Que me fez esquecer um pouco as estrelas lá no Alto. Pertença só Dele. Das rabanadas. Da alegria da família. Da incompreensão dos que regressaram às ruas do desencanto traçado com dureza. Da alegria do seu cheiro. Da sua beleza imensa que amamos.
Da imensa família que comporta a alegria. Visíveis. Aconchegantes. Magistrais de compreensão de nunca dizer nada. E, tudo, aceitar. Sem protestos ou proferir inconveniências.

Não! Não devia existir o Dia Seguinte.
O meu bater cardíaco acelerou. Por incompreensão.
A parafernália do mundo que corre com pressa. Com insensibilidade marcante. Sem passar pelo dia seguinte que custam em aceitar.
A magia carinhosa e repleta de encanto e ternura das pessoas não existe mais como nos dias anteriores ao Dia seguinte.
Custa imenso o Dia Seguinte.
É como o desabar da existência dos esquecidos e omissos dum mundo imperfeito que é o nosso. Tudo foi com o Pai-Natal. Com Deus que falo por Tu. Com a minha sensibilidade apurada. Que consegui detectar O seu imenso valor lindo e puro.
Sou sério. Sou lúcido. Sou uma pessoa.
Custa-me tanto encarar o Dia seguinte.

Talvez, porque a felicidade “montou” a magia bela e fantástica das pessoas incrédulas que sentem a vida com dedicação e amor.
Sim! Todas as pessoas! Expliquem-me, porque custa tanto o Dia Seguinte?
Tanto.
Sejam felizes, está bem?
Existe sempre um desencantado Dia seguinte de amargura e infelicidade.

António Pena Gil . Janeiro 2016