Em casa da minha mãe nunca demos grande importância ao ano
Monday, January 04, 2016
Partida do Ano de 2015 e chegada do Ano Novo de 2016
Em casa da minha mãe nunca demos grande importância ao ano
Novo.
Talvez, porque corria sempre mal.
É certo que havia uma certa agitação entre nós.
O Natal era tudo para nós que conseguíamos, à volta da fogueira, contarmos histórias da vida marcantes e desejáveis, sem cansaço e sempre alegres e bem-dispostos.
A Festa de Passagem do Ano nunca lhe prestávamos grande importância ou riscávamo-lo do Calendário sem pena dele.
Pensávamos todos nunca vivê-lo porque as posses monetárias do meu pai e de minha mãe eram sempre escassas e, eles lutavam com fulgor e notória impetuosidade em que tudo corresse pelo melhor.
Era sempre o mesmo. Repetia-se, cada vez, que passava sem grandes melhorias. Marcávamos uma presença juntos até o sino da Igreja baladar , ao ritmo de imensos desejos formulados, comendo passas e, mais passas, inofensivas até mudar o Ano.
Eu, conversava muito com Ele. Falávamos um pouco de tudo e tratávamo-nos por Tu. Era meu amigo. Eu dizia-lhe: - Oh, Maravilhoso Deus porque não Ajudas a nossa família? Ele nunca falava. E, eu nunca compreendi essa atitude Dele.
Eu, era pequeno. Um belo rapaz aos olhos da minha mãe. Afável. Doce, compreensível com todos. Mantinha-me sempre nas graças Dele por ser assim como era.
António Pena Gil