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Friday, January 15, 2016

Como me sinto às quatro da manhã!


Sei que sou desastroso em informática.
Luto, arduamente com o computador. De forma desigual.
Sou muito conhecido. Valho o que valho. E, fico por aqui.
Sonho com a noite. Cúmplice de ouro. A quem nutro grandiosa amizade.


O silêncio dela mete-me medo. Assusta-me imenso.
Plano por ela com amor. Dedicação. Persistência. Vontade.
Aguento-me. Salvaguardando “coisas” minhas. Impessoais. Intransmissíveis. Pertenças  minhas e cúmplices de mim.
Nestes instantes, seguido por todos, metia-me num “avião da incompreensão”  e ia para lugar incerto. Levaria uma arma para os inconvenientes.


Tenho uma crise de choro. De incompreensão com todos. Porque não posso aceder e dispor das minhas “coisas” que são minhas? Tenho filhos e esposa que me dão força e ânimo. Se não fosse isso saltaria do avião numa queda mortal. Não hesitaria um só instante.
Agarro-me à cadeira metaforicamente de mim e penso com consciência. Existe uma panóplia de vida injusta, não desejável, nesta imensa rede social.
Reflicto e Reflicto que onde estou, todos ouviriam tristes, melancólicos. Padecidos.
Diriam a viva voz: - Fumava de mais! – Somente “isto”. Nada mais.
Que faço aqui se não me deixam aceder nem às minhas “coisas”. Gozou-me, gozou e gozou. Radiante da vida. Podia-me gozar mais se quisesse, mas aquilo bastou para a minha revolta. Indignação. Ainda se rio e poderia rir-se mais. Com hipocrisia. Cinismo. Com sarcasmo. Acintosamente de mim?
Pronto. Que surja o seguinte. Passará ele ou ela por “isto”? Será o mesmo, Senhor trocista do “trabalho” das pessoas?
Não sei?

Podem ter a certeza que “outra” não me fará mais?
Fez-me à vontade dele, com uma certa simpatia que em mim vivia, um revoltado com a insanidade e doença mental do Senhor. Perdi quatro horas com ele.
Oh, meu Deus que fiz eu?
A menina do “adoçante” não quero vê-la mais.
“Isto” surgiu para a minha revolta. Que não mais se repetirá?

Será assim, no gozo, que Portugal avança.
Não creio.

Tenho a certeza que não creio? Seremos eternos gozos uns dos outros.
Conseguiu.
Agora vá adiante e veja com olhos de ver quantos ficarão aqui se lhes fizer o que fez a mim.


São cinco horas da manhã. Fez-me perder o sono.
Não tem educação nenhuma, sabia?

António Pena Gil      Janeiro 2016