Friday, August 03, 2018
Existo, apenas!
Não sei, mas sinto e vivo como todos neste mundo tão
existencial. Tão emocional. Tão humano.
Mas, tão perturbamente exigente. Digo-o como uma confissão
assumida e sensível. A Deus. À vida. A vós.
Potencialmente desajustado. As palavras tentam rebuscá-las
para expressar o que sou e o que vai em mim. Jorram, saídas dos diversos
heterónimos meus. Tento decorá-los no que sou e sinto. No contexto do que
sonho. Sempre sonhei. Daquele eterno sonho que era a minha ânsia e o meu desejo.
Por vezes, “expludo” da entrega de letras díspares que não
devo efetuar. Que me inquieta, é certo. Creio que devia expressar E, era tão
óbvio no que sou…!
Conseguido de forma comovente. Fácil. Que se tornou complexo
e tão preenchido profundamente.
Em que vivificou o meu pensamento incaracterístico? Era um
viver paradisíaco. Um “existir” doce e feito de ternura e simplicidade. Feito
de harmonia. Feito de paz.
Mistificado numa invulgaridade que adoro. Sensibilizo-me
sempre tão facilmente.
Creio encontrar-me desorientado no tempo/espaço. As letras “fogem-me”.
Não consigo apanhá-las. Crio-as totalmente e afagadas em mim. Crio-as numa “bússola”
do Mundo que sempre me deu forças. Inércia. O carinho mágico de pureza e
encanto que é para vós.
Talvez, não devesse pensar assim, como penso. Sim! Consigo “abanar”
os meus sentimentos puros e de deleite.
É uma grandiosa honra escrever para vós.
Olho o Céu. Lá no Alto vejo um enorme pássaro cinzento feito
de nuvens cinzentas.
São 20 horas. Divago sobre tudo o que a minha mente comporta.
Perpassam por mim ilusões que a vida erradicou. Eram sonhos que ainda recordo
de uma paixão e encanto gigantescos. Sinto que o meu cérebro é sustentado por
alavancas que comunicam entre si levantando e baixando ao ritmo do mundo.
Só sei que falo e escuto com atenção aos pormenores que
comunicam sofregamente.
Existo, apenas!
António Pena Gil
Obrigado, amigos.