Saturday, August 18, 2018
The Lamb Lies Down In The Broadway!
Estava escuro em
Cascais. Na véspera havíamos pernoitado num vão de escadas numa casa
desconhecida. Fazia frio. Éramos muitos ali. Ninguém levara cobertores. Foi uma
“Noite Branca” a conversarmos todos e todas.
O Pavilhão da cidade de
Cascais parecia chamar-nos para ir ao seu encontro. Creio, que foi o último
concerto dos Genesis juntando todos os seus briosos e mágicos músicos. Depois,
seguiram todos eles carreiras a “solo”.
À medida que íamos avançando
ouvia-mos os sons de apuramento dos instrumentos ou alguma melodia que tão bem
conhecíamos.
Os Génesis haviam
juntando para si todo o fulgor de eletricidade que deixara Cascais à luz das
velas.
Iriam tocar todo o
álbum majestoso e perfeito denominado: “The Lamb lies down on the Broadway.
Crescia em nós a genial
e fantástica ansiedade de vê-los atuar ali ao “vivo”. Sabíamos de cor todos os
seus LPs da genialidade e encanto que eles mostravam agora em Portugal.
Entramos no Pavilhão.
Eram os seus anos dourados de tanta beleza e majestade que neles continham. Sentamo-nos
todos em lugar diferente, pelo que no final, cada um seguiu só para o seu
destino aprazível e de perfeição da obrigação consumada. Perdemo-nos uns dos
outros.
Parece que os estou a
ver. Phills. Collins e Peter Gabriel.
Mostravam, pela derradeira
vez um fascínio teatral e imenso do seu valor ímpar que nos extasiava de
felicidade e alegria. Era uma atitude ímpar e única que nos fazia suar de
maravilha e delícia.
Todo o Álbum foi tocado.
Ai, aquela geração fabulosa!
Preconizei um sonho de
muitos sonhos existentes em mim.
Quando terminaram,
afaguei e abracei a ternura do sonho.
Cascais já recuperara a
sua luz, uma vez, eles terminados de utilizá-la no Concerto, num gesto sublime
e notável de toda a sua esbelta sensação fabulosa e ímpar de agradar. De
enternecer. De deslumbre imenso.
Foi a última vez.
Lisboa recebera esta
preciosa banda que jamais esqueceria ou omitiria do que sou.
The Lamb Lies
Down In The Broadway!
Até sempre extraordinários amigos.
António Pena Gil
Cada vez gosto mais de vós.
Obrigado.